O passado Sábado foi dedicado à visita cultural, que todos os meses faço com um grupo de amigos.
Desta vez, a escolha foi para o Museu da Farmácia, a funcionar num bonito palácio oitocentista, situado no alto de Santa Catarina, no local onde outrora existiu a primitiva Igreja de Santa Catarina.
Desta vez, a escolha foi para o Museu da Farmácia, a funcionar num bonito palácio oitocentista, situado no alto de Santa Catarina, no local onde outrora existiu a primitiva Igreja de Santa Catarina.
Inaugurado em 1996, o Museu da Farmácia é um espaço onde se pode apreciar uma magnífica colecção de peças, que nos permitem fazer uma viagem pela história da saúde, desde o homem das cavernas até aos nossos dias.
A ideia do museu começou a ser posta em prática, após a doação da colecção particular do
dr. Salgueiro Basso à Associação Nacional das Farmácias. Esta ideia foi seguida por outros associados que cederam uma grande parte do acervo, actualmente patente ao público.
A visita começou no rés-do-chão onde pudémos observar uma reconstituição da farmácia portuguesa, desde as que funcionavam nos conventos até ao século XX.
Primeiro uma farmácia
conventual que pertenceu ao Mosteiro de Paço de Sousa
(Penafiel) onde os
medicamentos eram conservados em vasos de faiança abertos, sujeitos a receber toda a espécie de micróbios que pairavam no ar. À frente do balcão, semelhante a um altar, existia um crocodilo embalsamado, do qual eram feitos alguns medicamentos que se julgavam ter propriedades curativas.
Na farmácia seguinte, os
medicamentos ainda eram conservados em vasos de faiança ou frascos de vidro mas já com tampa, o que os tornava mais higiénicos.
Do século XX, pudémos apreciar a Farmácia
Liberal, que em tempos funcionou na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde, para além de medicamentos, se vendiam produtos de higiene, papas para bebés...
Neste conjunto de reconstituições, destaca-se a farmácia tradicional chinesa, do final do
século XIX, a Tai Neng Tong, que funcionou até 1998, na Rua 5 de Outubro, em Macau. Tem as paredes forradas a madeira ornamentada com madeira exótica trabalhada em
talha dourada.
Neste piso, pedémos ainda observar reconstituições de laboratórios de pequenas farmácias, várias
máquinas e aparelhos para fabrico de medicamentos, uma
área dedicada à Farmácia Militar, outra aos cartazes publicitários dos séculos XIX e XX, utilizados em Portugal.
Subimos ao primeiro andar e aí tomámos conhecimento da história da farmácia a nível mundial.
Recuámos até às origens da Humanidade, onde o Homem procurava curar as suas maleitas recorrendo aos feiticeiros, que usavam plantas para sarar feridas e outros problemas de saúde.
Para exemplificar, pudémos observar um dos primeiros almofarizes que foram utilizados para esmagar as plantas, que depois espalhavam sobre as feridas.
Recuámos até às origens da Humanidade, onde o Homem procurava curar as suas maleitas recorrendo aos feiticeiros, que usavam plantas para sarar feridas e outros problemas de saúde.
Para exemplificar, pudémos observar um dos primeiros almofarizes que foram utilizados para esmagar as plantas, que depois espalhavam sobre as feridas.
Passámos depois ao Egipto onde observámos o mais antigo sarcófago existente em Portugal, bem como vários objectos que usavam para fazer os seus medicamentos e produtos de beleza.
Seguiram-se as civilizações do Médio Oriente, Grécia e Império Romano.
A medicina das civilizações maias, incas e aztecas estão também presentes no museu com com vasos, estátuas e outros objectos usados para tratamentos e fabrico de medicamentos .
Igualmente presentes, as medicinas orientais e islâmicas bem mais avançadas que as europeias.
Igualmente presentes, as medicinas orientais e islâmicas bem mais avançadas que as europeias.
Chegados ao século XVII e ao aparecimento dos microscópios, dá-se uma revolução no conhecimento médico-farmacêutico que conduziu a várias descobertas importantes nos séculos seguintes. Vacinas e anestesias, entre outros, vão conseguir extinguir doenças, até então, incuráveis.
Do século XX, encontra-se patente uma das mais importantes peças do museu: uma cultura de penicilina do próprio
cientista inglês Alexander Fleming, testemunho da descoberta da penicilina, precursora da era dos antibióticos.
De regresso ao piso térreo, terminámos a nossa visita com a observação das farmácias espaciais usadas pelos americanos no Space Shuttle “Endeavour”, na última viagem do século XX e pelos russos na Estação Orbital Mir.
Com
um espólio valioso, o Museu da Farmácia vai decerto ser dilatado. As descobertas dos produtos farmacêuticos não vão cessar, pois ainda há
doenças incuráveis que aguardam o fármaco que as cure.
1 comentário:
Muito interessante. Desconhecia completamente.
Obrigada pela partilha
Abraço
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