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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os ribeiros da minha Aldeia

A serra do Açor é fértil em barrocos, ribeiros e ribeiras.
Na serra da minha Aldeia, cada fio de água que por ela escorre vai-se juntando a outros até formar pequenos e depois grandes rios, de tal forma que podemos sentir no Tejo, aqui tão longe, um pouquinho das águas da nossa serra.
Eis uma descrição feita em poesia por um poeta da serra do Açor.
Os ribeiros da minha Aldeia

Na serra da minha Aldeia,
brotam lindos fios d'água,
ir p'ró mar, sua odisseia,
demanda de sonho e árdua.

Brotam: o Souto, o Cabeiro,
o do Meio e o Tornadouro,
afluentes do ribeiro,
o Cebola,  um leito d'ouro.

Porque ao Cebola rogaram,
passagem para seu fim,
por seu leito demandaram,
rumo ao caudal do Porsim.

Em Porsim já instalados,
vão por curvas sinuosas,
e em modos extasiados,
beijam as ribas formosas.

Mas, seu estado retraiu,
quando para forte espanto,
um grande caudal surgiu,
sorvendo o sublime encanto.

Era o Zêzere o caudal,
que bem lesto se aprontou,
e num gesto paternal,
em sua água os montou.
Longo percurso vencido,
e fatigante viagem,
foi p'lo grupo decidido,
repousar numa barragem:

A do Castelo de Bode,
manto d'água aquietada,
em que no seu seio eclode,
um encanto de pousada.


E pós poiso repousante,
em caudal, fluxo cerrado,
levaram demanda avante,
rumo ao sonho desejado.

Pelo Zêzere alertados,
sobre um gigante caudal,
os ribeiros agrupados,
se induziram de moral.

Agrupados e sem pejo,
alma aberta, sem pavor,
afluiram para o Tejo,
o Caudal Adamastor.

O Tejo, monstro amoroso,
na junção, logo os amou.
e num gesto generoso,
para o mar os transportou.

E eu, o José Loureiro,
da minha casa em Almada,
olho o Tejo, prazenteiro,
pois em si, há terra Amada


Já bem no mar envolvidos,
desfrutando nova vida,
os Fios são esquecidos,
e demanda concluída.

Singular contradição,
pois na minha bela Aldeia,
mesmos fios brotarão,
retomando a odisseia.

É a vida em movimento,
os ciclos d'água em função,
dar aos fios alimento,
numa eterna mutação.
José Loureiro

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Carnaval no Soito da Ruiva



O Soito da Ruiva, uma das aldeias mais dinâmicas da freguesia de Pomares continua a ser um dos maiores divulgadores  da região por esse país fora. Desta vez,  o seu Grupo de Danças e Cantares participou no V Encontro Intercultural de Saberes e Sabores  realizado no Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho (Corroios). De 27 a 29 deste mês,  mostrou também os saberes e sabores da nossa serra, tendo actuado no dia 27 pelas 19h e merecendo destaque    no programa Portugal no Coração da RTP, onde dois dos seus elementos foram entrevistados.

Soito da Ruiva  
  
Continuando o seu excelente trabalho, prepara-se já para um novo evento. Desta vez é a Direcção da sua Comissão de Melhoramentos que vai organizar o Carnaval na sua aldeia, com um animado convívio cujo programa será inspirado na tradicional matança de porco. 
Para tal, vai realizar uma excursão que sairá do centro Sul (Almada) no dia 18 de Fevereiro (Sábado) pelas 14 h e regressará no dia 21 (Terça Feira), estando prevista a partida do Soito da Ruiva para as 15 h.
Soito da Ruiva   

O preço por pessoa será de 40 €, incluindo transporte e todas as refeições e as crianças até 12 anos e estudantes não pagarão. Para quem não utilizar o transporte o preço será de 20 €.
Este é mais um evento aliciante que a Direcção da Comissão de Melhoramentos põe à disposição de quantos os quiserem acompanhar. A alegria de certeza não faltará.
Quem pretender participar, pode fazer a sua inscrição para:
Teresa Neves 963949800 ou geral@soitodaruiva.com


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Plante o seu jardim




Plante seu jardim

e decore sua alma,

ao invés de esperar

que alguém lhe traga flores.



E você aprende

que realmente pode suportar,

que realmente é forte,

e que pode ir muito mais longe

depois de pensar

que não pode mais.



E que realmente

a vida tem valor

e que você tem

valor diante da vida.



WILLIAM SHAKESPEARE



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


Notícias de Pomares

Em meados do século passado, a televisão era um luxo nos lares portugueses.
Na serra do Açor, muitas  aldeias  ainda nem  energia eléctrica possuiam mas a sede de freguesia, já se encontrava electrificada
Esta, foi a notícia saída no jornal "Notícias de Pomares" em Janeiro de 1960.



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Memórias

Essa noite mal dormira e levantara-se bem cedo. Ansiosa saíra de casa rumo à escola onde iria iniciar a sua vida profissional.
Logo à saída de casa, os futuros alunos aguardavam-na e saudaram-na entusiasmados. Retribuiu a saudação com um sorriso nervoso, tentando manter  as aparêncas.
Seguiu com elas pelo caminho que conhecia há muitos anos. As palavras não lhe saíam com a fluidez costumeira, as  pernas fraquejavam e uma forte pressão no peito fizera com que perdesse algum do entusiasmo que sentira nos dias anteriores.  Alguns pais das crianças, que afinal eram seus amigos, foram-se juntando e  a sua conversa animada não a fez  esquecer a ansiedade e receio que sentia no momento. 
Mas, por que razão resolvera concorrer para a Escola da  aldeia natal da sua mãe? Todos a conheciam, crescera no meio deles e iria ter alguma dificuldade em manter o respeito.
As crianças alheias ao seu nervosismo, percorriam o caminho  correndo, saltando e soltando sonoras gargalhadas, olhando para ela de quando em vez. 
Junto ao portão da escola, adiantaram-se e juntaram-se aos que já lá se encontravam.
- Bom dia minha Senhora! - gritaram todos em uníssono, à sua chegada.
Ela muito a custo conteve uma gargalhada. Afinal, aqueles que iriam ser seus alunos eram seus conterrâneos, sempre a trataram por tu e, naquele momento, o "minha senhora" saído das bocas deles, não soara nada bem.
Ergueu a cabeça e viu em frente, a aldeia natal do pai. Dum lado, a terra da mãe, do outro a do pai seguiam os seus primeiros passos na  vida profissional. 
Curioso. Há muitos anos atrás, os seus pais deixaram a serra para se empregar em Lisboa e, agora, ela deixara Lisboa para se vir empregar na serra.
Desta vez, um sorriso aberto aflorou nos seus lábios e abriu a porta da Escola confiante, iniciando assim um novo ciclo de vida.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Serra do Açôr, a beleza em passarela!

É conhecido o meu gosto pela poesia e vários têm sido os poetas que passaram pelo Açor. Uns bastantes conhecidos, outros nem tanto. O poema que se segue é dum amigo  poeta da serra do Açor, o José Loureiro, autor do blog  Alma Mineira .


Serra do Açôr, a beleza em passarela!

Verde serra, altos montes,
linda Serra do Açôr,
d'inspiração minhas fontes,
de meu jardim, celsa flor.


Por filha de um Deus Maior,
em coito e terna paixão,
te quedas, qual Altar Mor,
local culto de oração.


De poeta, Albergaria,
seio amigo, aconchegante.
D'inspiração poesia,
fantasia a cada instante.

Porque Musa e minhas fontes,
porque vida e meu alvor,
que me acolham os teus montes,
aquando eu desta me for.

José Loureiro

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bem-vinda Julieta

Logo de manhã cedo recebi um telefonema do meu filho a dizer-me que a minha nora estava já no hospital em trabalho de parto. Arranjei-me e, num ápice, cheguei ao hospital dos Lusíadas.
As horas passaram devagar. A recepcionista, habituada a ver muitas pessoas nestas esperas prolongadas, tentou ajudar a passar o tempo fazendo comentários acerca de partos anteriores.
De vez em quando dava entrada a novas parturientes e tentava animar os maridos que chegavam nervosos e apreensivos. Ela bem tentava pô-los à vontade e eles apenas esboçavam um sorriso e lá entravam para o bloco, com ar apreensivo. Já não consegui ver o meu filho antes da sus entrada mas, penso que ele estaria mais ou menos como aqueles futuros papás.
O povo é sábio quando diz: "Quem espera, desepera".  E, foi o que me aconteceu hoje bem ao contrário de outras  manhãs que passam a correr. Mas hoje, os ponteiros não avançavam. De cinco em cinco minutos lá estava eu a fixar o mostrador da recepção do bloco de partos.
Já passava do meio dia quando o meu filho apareceu cansado mas muito feliz. E eu, duplamente feliz, por mim e, especialmente por ele que, orgulhoso, me mostrava o telemóvel com a fotografia do novo membro da família.
Obrigada meu filho e  nora por me terem proporcionado mais um momento de grande felicidade.
Sê bem-vinda Julieta.



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Festinha da Leonor

Nos aniversários dos meus filhos sempre fiz uma festinha onde juntava familiares e amigos, adultos e crianças, transformando o dia num grande convívio. Os dias anteriores eram passados na grande azáfama das compras e confecção de bolos, doces e salgadinhos.
Para quem trabalhava, era uma grande canseira e, no final era outra para limpar e colocar tudo nos seus devidos lugares.
A minha filha já não está para se preocupar com tudo o que estas comemorações exigem. Actualmente há empresas que organizam estas festinhas em locais onde são proporciponadas às crianças, para além do lanchinho, as mais variadas brincadeiras e actividades sob a supervisão de monitores abalizados. Foi num destes locais que se comemorou o 5º aniversário da Leonor. Eis algumas fotos:




Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Parabéns Leonor

Hoje é o dia da   Leonor.
Foi há 5 anos que nasceu e veio trazer a toda a família uma nova alegria.
O seu sorriso ora meigo e tímido ora irónico e descarado, conforme as ocasiões,desarma-nos por completo.


Parabéns Leonor!
Os teus avós desejam-te tudo de bom. Sê feliz.

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Termos Regionais

O dia amanheceu  com  Sol maravilhoso mas muito frio. Aos poucos o céu escureceu e, sem vontade de sair de casa, acabei por ficar no Facebook a trocar mensagens com amigos da minha aldeia e de aldeias vizinhas, que se foram juntando durante o  desenrolar da conversa. A língua portuguesa é muito rica e, para o mesmo objeto aparecem vários vocábulos conforme a região. Mesmo em localidades vizinhas, aparecem  palavras diferentes. 
Daquela conversa, surgiu a ideia de se fazer um dicionário de termos próprios de cada região para um determinado objeto. Gostaria de tornar este tema um pouco mais abrangente e, como  o Açor  também é lido por amigos do Brasil,  seria ainda mais enriquecedor se  também pudesse alargar o tema ao português do Brasil.
Se resultar, penso abrir um novo blog, destinado a este assunto.
Hoje começo com um dos animais mais importantes das povoações da serra do Açor. O porco.

 
Photobucket  
 
Só este animal trouxe-me à lembrança várias palavras algumas em desuso.
Na minha aldeia, o Sobral Magro, ao porco chamavam-lhe bácoro. No entanto de região em região o animal muda de nome.
Porco, bácoro, corrucho, , marrã, suíno, todas as palavras se referem a este  mesmo animal.
Todas as famílias tinham um ou dois que compravam na feira ainda pequenos. Eram alimentados e engordados durante o ano num curral, onde o chão era periodicamente coberto com mato, evitando assim o contacto do animal com os dejectos. Alguns currais tinham à porta um átrio também ele coberto de mato a que se dava o nome de quintã e onde o animal se podia deslocar ao ar livre. A mistura que se formava sobre o solo, ia-se decompondo e, ao fim de alguns tempos era retirada do curral, para acabar a sua decomposição ao ar livre formando o esterco que era  aproveitado depois para adubar as terras de cultivo. Em outros locais do país os porcos viviam em pocilgas e noutras ao ar livre.
Quase todas as sobras eram aproveitadas para a sua alimentação e juntavam-se com água para fazer a lavagem que era cozinhada à lareira, num caldeiro.
Normalmente a lavagem era composta também por farinha, botelha partida em pedaços, batatas, folhas de hortaliça,... O animal comia de tudo.
A lavagem era transportada  no mesmo caldeiro ou, como ele estava todo enfarruscado da lareira, despejava-se numa ferrada e levava-se então para o curral dos porcos onde se colocava numa pia de granito ou de madeira.
O porco é um animal muito mexido e frequentemente abriam brechas nas paredes do curral com o focinho e revoltavam o mato todo. Para evitar que tal acontecesse era-lhe colocado um arganel no nariz (uma espécie de argola metálica presa nas narinas) e, quando ele esfoçasse sentia dores, levando-o a tornar-se mais calmo.
Algumas das palavras que utilizei são termos usados na minha aldeia mas, a língua portuguesa é tão rica que, a poucos quilómetros de distância, o nome de determinado objecto tem outro significado e o objecto tem outro nome. Vejamos só em algumas palavras relacionadas com o porco:

Porco é o nome mais conhecido do animal. Mas, pode chamar-se também:  bácoro, corrucho, tó, marrã, suíno,... conforme a zona do país.
Botelha é uma  abóbora.
Esterco - estrume

Lavagem é o nome dado, na minha aldeia, à mistura de alimentos que se cozinham para a alimentação do porco. Poucos quilómetros ao lado chamam-lhe vianda mas na região do Sardoal chama-se também lavadura.

- Caldeiro -

O caldeiro é um recipiente cilíndrico onde, se cozinha a lavagem mas, numa povoação bem próxima, utiliza-se o mesmo objecto para ordenhar as vacas lá para dentro e tem o nome de ferrada.
Por sua vez, a ferrada na minha aldeia é um recipiente diferente e é também utilizado para transportar os alimentos para os porcos.


- O mesmo recipiente usado em pomares com o nome de ferrada -

Espero agora  mais algumas designações, usadas noutras regiões, para estas palavras.

 Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Destaque


      Este mês, o Açor foi destaque no My Lovely Blog, da  amiga Joana Neves Esta amiga entre outros, faz lindos trabalhos para decorar os nossos blogs, que presenteia frequentemente. 
    Para mim foi, sem dúvida, uma boa maneira de começar o ano. Obrigada, amiga Joana.
    Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Não basta abrir a janela


Para ver os campos e o rio.

Não é bastante não ser cego

Para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.

Há só cada um de nós, como uma cave.

Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;

E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,

Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.



Alberto Caeiro

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Manhã de Inverno


Manhã de Inverno

Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

Névoas enchem de um lado e do outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.

A custo rompe o Sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras húmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.

Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trémulas a neve;
Galhardo moço, o Inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.

Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co'os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, - a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.

Machado de Assis, in "Falenas"

 Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sejamos Solidários Todos os Dias




O movimento que se  gerou em torno do Gustavo foi bastante grande. No entanto, isto aconteceu  porque ele é filho dum grande jogador da seleção nacional, o Carlos Martins. Infelizmente,  olhamos pouco à nossa volta e  as nossas consciências só despertam quando algum nome sonante do país aparece a expor os seus problemas. 
Mas, quantos anónimos  esperam , desesperam e morrem, só porque ninguém os conhece? 
É de lamentar que seja necessário acontecer um problema a  uma figura pública para as pessoas se mobilizarem  e serem solidárias. 
Este movimento deveria ser diário e espontâneo mas, não o sendo vamos aproveitar este movimento, em torno do Gustavo não apenas por ele, mas porque através dele, também outras pessoas poderão ser beneficiadas.


corao Pictures, Images and Photos

Como Ser Dador de Medula Óssea
Ter entre 18 e 45 anos
Ter, no mínimo 50Kg, e 1,50Mt de Altura
Ser saudável
Nunca ter recebido uma transfusão de sangue, desde 1980
Para ser dador basta preencher o inquérito que vai em anexo e dirigir-se ao Centro de Histocompatibilidade do Sul (CHSul), (dentro da cerca do Hospital Pulido Valente) Alameda das Linhas de Torres, nº 117 1769-001 Lisboa, aonde fará uma colheita de amostra de sangue. Se tudo estiver bem, fica automaticamente inscrito no Registo. 
 
Não necessita de vir em jejum
É necessário trazer BI ou Cartão do Cidadão
No caso dos cidadãos estrangeiros residentes em Portugal e com bom
domínio da língua portuguesa, trazer Visto de Residência
O Centro funciona no seguinte horário:
De 2ª a 5ª Feira – 8.00 às 16.00 horas
6ª Feira – 8.00 às 15.00 horas
Não encerra à hora de almoço 
 
Se não for possível dirigir-se ao CHSul, por favor envie-nos o inquérito, devidamente preenchido, por correio para a morada atrás mencionada, ou por fax para o nº 217504141, e depois de avaliado receberá uma carta, a convocar
para o Serviço de Sangue mais próximo do seu local de residência.
Se residir nas Áreas de Coimbra ou Porto, poderá fazer a sua inscrição nos Centros de Histocompatibilidade: 
 
Centro de Histocompatibilidade do Norte - Pavilhão “Maria Fernanda”
Rua Roberto Frias
4200 – 467 Porto
Tel. 22 557 34 70 
 
Centro de Histocompatibilidade do Centro
Praceta Prof. Mota Pinto - Edifício S. Jerónimo – 4º Piso
3001-301 Coimbra
Tel. 239 480 700 
 
Para mais informações sobre o CEDACE e locais de inscrição pode consultar o nosso Site em: www.chsul.pt (área do CEDACE).
Obrigada
CEDACE  
NÃO PODEREI SER DADOR SE: 
-Idade inferior a 18 anos ou superior a 45 anos
-Altura inferior a 1,50m
-Peso inferior a 50kg
-Obesidade (Índice de Massa Corporal > 40), mesmo nos casos de colocação de Banda ou Bypass Gástrico
- Patologia Cardíaca
-Hepatite B ou C, alguma vez na vida
-Doença Oncológica
-Transfusão de sangue depois de 1980
-Doença Auto-imune
-Patologia da Tiróide
- Diabetes
-Anemia Crónica
- Hérnia Discal
- Artrite Reumatóide
-Fibromialgia
-Glaucoma
-Epilépsia
-Não compreender a língua portuguesa tanto na sua forma oral como escrita
-Não tiver residência estabelecida em Portugal
Chamamos a atenção para o facto desta lista de factores que impedem a inscrição no CEDACE, como potencial dador de medula óssea, não ser exaustiva, limitando-se a conter apenas informação básica geral. 

Esperando contribuir um pouco mais para, de alguma forma, alertar consciências, divulgo hoje algumas informações que me foram enviadas junto com o apelo  foi feito no último post.
Doar medula é um acto simples, não é doloroso e pode contribuir para salvar vidas. Quem sabe, um dia destes não seremos nós a precisar de auxílio. 
Os problemas não acontecem só aos outros...




Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Apelo em Arganil







Recebi por e-mail o seguinte pedido de divulgação, que passo a publicar. 

Boa tarde,
Venho por este meio, solicitar a v/ colaboração na divulgação da campanha de recolha supracitada, a realizar-se dia 12 de janeiro, 5ª feira, no Centro Empresarial e Tecnológico de Arganil, das 9h às 13h. A campanha, será realizada por técnicos do Centro de Histocompatibilidade do Centro à semelhança de dezenas de iniciativas semelhantes já ocorridas um pouco por todo o país.
Como é do conhecimento público, o filho do jogador da Seleção Portuguesa de Futebol, Carlos Martins, sofre uma patologia designada por Aplasia Medular, motivo pelo qual necessita urgentemente de um dador de medula óssea compatível.Nesse sentido, têm-se vindo a aumentar os movimentos de doação de medula para tentar ajudar, não só o jovem Gustavo, como todas as crianças e adultos que esperam por um transplante de medula que lhes pode salvar a vida.
Também Arganil, através de um grupo de amigos da família do jogador oriundo de Oliveira do Hospital, com o apoio do Município de Arganilse decidiu a engrossar o número de dadores de medula óssea, tendo, para isso, organizado uma recolha de sangue que terá lugar no Centro Empresarial e Tecnológico de Arganil, no próximo dia 12 de Janeiro, entre as 9h e as 13h.
Para se associar a este movimento basta dirigir-se ao local, com o Bilhete de Identidade ou o Cartão do Cidadão, e cumprir alguns requisitos, dos quais se destacam:- idade compreendida entre os 18 e os 45 anos;- mais de 1,50 mts;- mais de 50 kgs;- não sofrer de obesidade mórbida, patologia cardíaca, outra doença patológica ou oncológica;- nunca ter sofrido de hepatite B ou C;- não ter levado nenhuma transfusão sanguínea depois de 1980.
Vamos ajudar todos os que necessitam desta pequena dádiva. Vamos ser solidários com esta causa!
Envio em anexo, cartaz, bem como folhetos informativos cedidos pelo Centro de Histocompatibilidade do Centro de modo a auxiliar na divulgação.
Grato pela atenção e tempo dispensado.Luís Miguel Almeidal_almeida@hotmail.com962826665


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.




quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Outros Natais

Terminado o chá, poisou a chávena e, vencida pelo cansaço, fechou os olhos.
Então começaram a  desfilar na sua frente imagens de Natais passados. 
Lá estava a sua grande família toda reunida em casa da avó Rita. As mulheres na cozinha terminavam as tarefas previamente divididas entre todas. 
A avó no fogão acabava de fritar as filhós, que a prima mais velha embrulhava numa mistura de açúcar e canela para depois as juntar às que já enfeitavam a mesa da sala. 
A  mãe tinha na sua frente uma grande bacia cheia de  batatas que descascara. As tias arranjavam  a hortaliça, enquanto uma outra dava os últimos retoques nas travessas de arroz doce, desenhando com canela algumas linhas, bolinhas e estrelas que  aguçavam, ainda mais, o apetite. 
As primas mais novinhas faziam uma enorme algazarra, disputando o tacho onde a tia fizera o arroz doce, para comerem a rapadura. 
Na   lareira, uma enorme panela de ferro cheia de água a ferver aguardava as batatas, a hortaliça e o bacalhau. Rosa mexia e remexia nas brasas enquanto a  mãe lhe chamava  a atenção pois  acabaria por   apagar a fogueira e atrasaria a ceia. 
Sentados à mesa, onde já estavam  a tigelada, as fatias paridas, o pão leve e as primeiras filhós, os homens da casa conversavam animados sobre as colheitas do ano,   as caçadas de Outono e outros assuntos da aldeia.


Assim que a comida ficava pronta, todos se sentavam nos seus lugares à mesa,   dando início à refeição que se prolongava mais tempo que o habitual. 
No final, as mulheres levantavam a mesa e seguiam para a cozinha onde umas lavavam e enxugavam a loiça, outras temperavam o cabrito e as outras procediam à limpeza e arrumação para, no dia seguinte, tudo estar em ordem para preparar o almoço de Natal.
Rosa e as primas iam então buscar os sapatos  que colocavam junto à lareira esperando que o Menino Jesus lá deixasse algum presentinho.
Este ambiente familiar, onde a  união,   animação  e   entreajuda reinavam, passeou pelos sonhos melancólicos de Rosa, até ao momento em que no relógio da sala bateram as duas horas, acordando-a.
Esfregou os olhos, levantou-se e dirigiu-se para o quarto, na esperança que o sonho voltasse e pudesse continuar a reviver os momentos felizes da sua infância.


Foto tirada da net

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Rosa Sofrida

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Rosa sentara-se cansada e  dorida, mas aliviada. A noite já ia alta naquele final de noite de Natal. Na casa reinava o silêncio pois toda a família  dormia há algumas horas.
Não quisera deixar a cozinha desarrumada para o dia seguinte, pois tinha à sua frente mais um dia de muito trabalho. Enquanto bebia uma chávena de chá quente,  olhava para lá das vidraças fitando a iluminação da cidade naquela noite gelada.
As artroses que nos últimos anos tomaram conta dos seus ossos, pediam  menos esforços precisamente quando  a família mais precisava da sua ajuda. 
Todo o trabalho inerente à quadra de Natal caíra sobre si. Sozinha dera conta de tudo e as suas  forças foram ao limite. Desgastada, sentia o corpo dorido e nem sequer sabia  o que lhe doía mais: se as dores propriamente ditas ou se a solidão de todos aqueles dias de preparativos  que terminaram numa casa cheia de gente.
Lembrava   a alegria de cada um por terem sobre a mesa  aquilo que  gostavam e dos rostos felizes que mostravam ao receberem as suas prendinhas. Não  lhes passava pela cabeça o quanto lhe custara fazer tudo sozinha. pois nunca fora de se lastimar e guardava só para si os momentos de fraqueza. Também, se o fizesse, todos se iriam queixar e ela teria que se calar e talvez dar-lhes ainda o seu consolo.
Mesmo assim, Rosa sentiu-se  feliz. Apesar de tudo, conseguira  proporcionar à família bons momentos nesta noite de Natal e, sorrindo,  pensou: "Para o ano, vai ser melhor, se Deus quiser".


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


domingo, 1 de janeiro de 2012

Passagem do Ano na Aldeia

Mais um ano se passou e alguns dos habitantes da minha aldeia que se encontram ainda bastante activos juntaram-se para festejar a passagem do ano.
Como tem sido tradição dos últimos anos, não faltou o fogo de artifício que veio tornar a noite de Sobral Magro mais colorida e iluminada.

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A noite estava fria e  foi a adega  da casa mais próxima da Capela, a casa da Ana Teresa,  que serviu de abrigo para se degustar um saboroso lanche num ambiente mais confortável. Animação não faltou no começo de mais um ano, que para muitos se prevê difícil.
Daqui faço votos para que no Sobral Magro não falte a saúde aos seus habitantes. Ali não há falta de trabalho; há sim falta  de mão de obra para trabalhar as terras que se encontram ao abandono e que podem ajudar a evitar a fome a muita gente.
Para  os meus conterrâneos vão também os meus parabéns pela forma como continuam a manter bem vivas as tradições da nossa aldeia.
Bom Ano!


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.