Powered By Blogger

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Tempo de Poesia

Cavalo de várias cores



Quero um cavalo de várias cores,
Quero-o depressa que vou partir.
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir.

Quero uma sela feita de restos
Dalguma nuvem que ande no céu.
Quero-a evasiva - nimbos e cerros -
Sobre os valados, sobre os aterros,
Que o mundo é meu.

Quero que as rédeas façam prodígios:
Voa, cavalo, galopa mais,
Trepa às camadas do céu sem fundo,
Rumo àquele ponto, exterior ao mundo,
Para onde tendem as catedrais.

Deixem que eu parta, agora, já,
Antes que murchem todas as flores.
Tenho a loucura, sei o caminho,
Mas como posso partir sózinho
Sem um cavalo de várias cores ?

Reinaldo Ferreira


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.






terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Bolo de Chocolate

1 e ¼ de chávena de chá de leite
1/2 chávena de chá de óleo vegetal
2 ovos
1 e ½ chávena de chá de açúcar
2 chávenas de chá de farinha de trigo
3/4 de chávena de chá de cacau em pó (usei chocolate para o leite)
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 chávena de chá de café expresso bem quente


Pré-aquecer o forno a 180.ºC. Em vez do tabuleiro como está nas fotos, untar uma forma de buraco com margarina e polvilhar de farinha. Reservar.
Colocar o leite, o óleo, os ovos, o açúcar, a farinha, o cacau, o fermento, o bicarbonato e o café numa taça ou robot de cozinha e bater até obter um creme liso.
Colocar a massa na forma levar a forno cerca de 40 minutos. Verificar a cozedura, retirar do forno, desenformar e deixar arrefecer. Depois é só partir em fatias e comer!


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.





sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Porque É Fim de Semana: Mata de Fajão

Porque é fim de semana, vamos continuar à descoberta das localidades da serra do Açor situadas na União das Freguesias de Fajão e Vidual. Desta vez vamos até à Mata de Fajão.
A Mata é uma das aldeias que se encontram no sopé dos Penedos de Fajão na margem esquerda do rio Ceira, a norte do Concelho de Pampilhosa da Serra e no limite deste, fazendo fronteira com o vizinho concelho de Arganil.
Não se sabe ao certo a origem da aldeia mas, pensa-se ter existido na Mata um local mais nobre, junto ao rio, onde foi construída uma quinta com uma casa de grandes dimensões,  com arquitectura típica da Beira com paredes em pedra e telha de lousa, que recebia a visita de altas individualidades e empregava uma grande parte dos habitantes das aldeias vizinhas. 

A aldeia possui uma capela, construída por iniciativa de António Nunes Pereira, e teve a sua inauguração em 6 de Agosto de 1878. Encontra-se devotada a Nosso Senhor dos Milagres e tem a si associada uma festa anual, a princípio a 6 de Agosto mas mais recentemente realizada perto de um fim-de-semana durante o mês de Agosto.

A Mata foi berço de, pelo menos, dois habilidosos artistas: António Nunes Pereira, santeiro, falecido em Abril de 1916, e escultor de alguns santos patentes na Capela local, e seu filho, Monsenhor Augusto Nunes Pereira, nascido em Dezembro de 1906, e que cultivou vários géneros artísticos, desde a escritura, o desenho, a pintura, a gravura, a escultura, a xilogravura, a investigação até ao jornalismo.
  


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.





quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Almada: Solar dos Zagallos 4



Como complemento de habitabilidade, os jardins situam-se ao lado e nas traseiras da casa, estendendo-se num declive suave, com alguns degraus e sucessivos terraços. 

Neles se destacam a alameda ladeada por bancos forrados a azulejos e ornados de espécies arbóreas frondosas de grande porte, um lago com fonte natural, horta,  pomar, as duas capelas, pátios( do Chá e da Estufa )  e construções de apoio à actividade agrícola. No topo da alameda, há a Casa do Fresco ou Casa da Água, de planta  sextavada. 




No interior, defronte à entrada, existe um tanque com bica, onde se recolhia a água de uma mina próxima. 

À direita da casa de fresco, encontra-se a Casa das Bonecas, uma construção mais pequena, com equipamento de cozinha, em miniatura.

Azulejaria
Um dos pontos de destaque patrimonial é, sem dúvida, o seu espólio azulejar, bem representativo  de três séculos de arte e técnica decorativa em Portugal, presente em cada recanto dos espaços visitados. 

Destacam-se os painéis do salão das mentiras, no piso nobre do solar e os do patamar da escadaria principal, além dos bancos dos jogos tradicionais, no jardim; os revestimentos padronizados nos corredores da habitação; os painéis figurativos religiosos, nomeadamente na Capela de Santo António e no banco da entrada principal do jardim.




Uma visita ao Solar dos Zagallos revela-se uma viagem no tempo, a partir dos recantos desta acolhedora casa apalaçada do séc. XVIII.
É, também, uma excelente oportunidade para fugir ao bulício da vida citadina, aproveitando a calma que se vive nesta quinta, a poucos minutos da via rápida que segue para a Costa da Caparica.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.




quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Almada: Solar dos Zagallos 3


O Solar possui três capelas. A primeira a ser construída foi a Capela de Santo António da Sobreda, anexa ao Solar. As outras  ficam situadas no jardim, sendo a mais antiga a Capela do Senhor dos Passos e a mais recente a Capela de Santo António do Caiado.

A Capela de Santo António da Sobreda tem planta longitudinal, composta, irregular. No interior, podem-se apreciar um rico revestimento azulejar das paredes e a cobertura em abóbada de berço, pintada com simbologia litúrgica.

Como os Zagallos permitiam a utilização da capela pela população da Sobreda, assistiam  às cerimónias religiosas numa varanda que ligava ao solar, separando assim a família   dos outros crentes.
 

Na Capela-mor, sobressai o altar do período barroco em talha dourada formado por três nichos sendo o da esquerda ocupado pela imagem do orago datado do séc. XVII



A Capela do Senhor dos Passos fica situada na alameda principal do jardim, encontra-se uma capela dedicada ao Senhor dos Passos, de arquitectura barroca, onde se  encontra sepultado Francisco de Paula Carneiro Zagallo e Mello.




Contém no seu interior painéis de azulejos representando a parábola do filho pródigo e, na fachada, o calvário de Jesus.




Ao fundo do jardim, em terrenos que haviam pertencido à Quinta de Santo António do Caiado, encontra-se a Capela de Santo António do Caiado

É um pequeno espaço de culto no qual se destaca o altar revestido de azulejos e o tecto de embrechados (revestimento decorativo feito com conchas, fragmentos de faiança, de rochas e vidro).




Obrigada pela sua visita. Volte sempre.



terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Almada: Solar dos Zagallos 2

Visto do exterior, o conjunto apresenta o jardim do lado direito, o portão de entrada e o edifício acrescentado ao solar ao centro e, do lado esquerdo, a Capela de Santo António da Sobreda que, apesar de pertencer ao Solar dos Zagallos, tem a porta principal  virada para o Largo, uma vez que, a família abriu ali o Culto à comunidade.




Ultrapassando o portão, ao fundo do pátio, vê-se uma casa apalaçada de dois andares, ladeada à esquerda por um corpo também com dois andares de arquitectura pombalina e à direita o muro que separa o pátio do jardim.

O  piso  térreo  tem  duas  arcadas  com  arco em asa  de cesto ladeando uma escadaria que conduz ao patamar do piso superior.




Este patamar é revestido frontalmente com belíssimos painéis de azulejos representando cenas figurativas de meninos-anjos suportando capitéis encimados de jarros com flores.
Entre os quatro painéis, três portadas dão acesso aos dois salões nobres: o salão dourado e o salão verde.
 

Sobre a portada central é visível o brasão com as armas dos Zagallos e dos Carneiros. As armas deste último devem-se à união pelo casamento  entre as duas famílias.

Do lado esquerdo formando um “L “e encostado à Capela de Santo António, foi  acrescentado ao solar primitivo, um outro edifício de planta rectangular, também  com dois pisos.

No interior do Solar, de entre todas as divisões destacam-se:



Os Salões do Rei mandados construir para receber o rei D. João  V e a sua corte. São eles: o “Salão  Dourado “com uma pintura lindíssima no tecto, onde, segundo alguns relatos, estão retratados elementos da família Zagallo e o SalãoVerde, onde se destaca o medalhão que ornamenta o tecto representando Leda, a mulher do Rei de Esparta. 



Curiosamente, o monarca acabou por falecer antes desta visita  e  os salões nunca receberam a visita do rei.

A  Sala das Mentiras , assim  chamada  devido  a  várias curiosidades.O tecto desta sala é a primeira pois é de estuque pintado de forma a parecer madeira (trompe l’oeil) e imita a arquitectura moçárabe; a lareira é outra, pois é meramente ornamental, não tendo saída para o exterior; parece também mentira, o facto deste espaço ser escuro, apesar das inúmeras janelas.





Obrigada pela sua visita. Volte sempre.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Almada: O Solar dos Zagallos 1



A margem sul foi sempre um local muito apreciado pelos nobres lisboetas, que ali tinham as suas quintas, onde desfrutavam a tranquilidade e frescura das matas que, na época, ocupavam a maior parte da  região.

Foi o que aconteceu com  os Zagallos,uma família nobre oriunda de Reguengos de Monsaraz, que chegou às terras de Almada no séc. XV, no reinado de D. João II. 

No séc.  XVII, mandaram  construir nas terras fidalgas da Caparica, na  zona hoje conhecida por Sobreda, um núcleo primitivo, formado por  casa, jardim, quinta agrícola, instalações de apoio à agricultura e pela capela de Santo António da Sobreda.
Ao longo de três séculos de uso, esta família ali deixou as suas marcas pessoais.
Durante a época da usurpação miguelista esteve aquartelado no Solar dos Zagallos, o 1º Batalhão do Regimento nº 5 da infantaria miguelista.
Já no séc. XX,  em 1921, o Solar foi adquirido por António Piano, resultando daí o facto do Solar ser também conhecido por Quinta dos Pianos.
De origem italiana, a família Piano transformou o local num espaço residencial e de lazer, desconhecendo-se contudo a época de ocupação efectiva.



Em 1985, encontrando-se o edifício em adiantado estado de envelhecimento, foi adquirido pela Câmara Municipal de Almada. O solar foi então objecto de obras de recuperação, remodelação e restauro. Ali foram instalados vários serviços culturais da Câmara e o Solar e jardins circundantes abertos ao público.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.