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terça-feira, 29 de março de 2011

Encontros e Desencontros



Como tenho vindo a referir, no passado Sábado estive presente no Baile da Pinha organizado pelo grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva. Deste grupo faz parte uma das minhas amigas de infância e, sempre que nos encontramos,  é inevitável uma viagem ao passado.
Conhecemo-nos, no Sobral Gordo, aldeia natal do meu pai e da mãe dela. Eu era ainda muito novinha e ela ainda mais. Apesar de passar as férias com os meus avós maternos no Sobral Magro, passava pouco tempo no Sobral Gordo porque a minha avó paterna faleceu muito nova. Embora fossem frequentes as  visitas aos meus tios, de quem fomos sempre muito próximos, não ficava na aldeia mais que um dia. Por essa razão, não tinha lá amiguinhas da minha idade, pois todas elas tinham os seus grupos já organizados. Nessas alturas, brincava   com uma menina bem mais novinha.  Como era uma criança amorosa, muito meiga e brincalhona eu adorava brincar com ela de tal forma que nunca a esqueci.  Crescemos e desencontrámo-nos. Entre encontros e desencontros deixámos de nos ver.
Entretanto o meu avô casou pela segunda vez e fixou-se na aldeia. Desafiada por ele, recomecei a participar nas festas do Sobral Gordo.
Quando cheguei, tinha eu os meus 16 anos,  não conhecia quase ninguém da minha idade. Tínhamos todos crescido e,  em plena adolescência, as modificações foram muitas. Tentei integrar-me no grupo de  jovens da terra e, à medida que nos íamos identificando, reconheci a Adelina.
A partir de então, retomámos a amizade e  encontrávamo-nos sempre nas férias de Verão. No meu primeiro ano de serviço, fui colocada na escola do Sobral Magro. Então a amizade tornou-se mais próxima pois era raro o Domingo que ela não vinha ter comigo.  Divertíamo-nos muito,  fazíamos passeios e, quando eu vinha passar os fins de semana a Lisboa, ela aproveitava para  visitar a família que tinha na Cova da Piedade. Eram viagens inesquecíveis. Tão inesquacíveis, que sempre que nos encontramos recordamos uma delas, em que chegámos a Coimbra e havia  uma grande feira.  Jóvens como éramos, começámos a pensar que nos podíamos divertir  um  pouco e, em vez de continuarmos a nossa viagem, fomos para a feira andar nos carrocéis. Chegámos  a casa já tarde com  a família já em alvoroço.

Photobucket
 
Novamente, a vida nos separou. Ambas percorremos caminhos distintos mas há alguns anos, fui encontrá-la ligada ao Grupo de Danças e Cantares do Soito da Ruiva.
Temo-nos agora encontrado  regularmente. São inevitáveis as lembranças que nos vêm à memória e acabamos sempre por passar momentos divertidos, recordando os doces momentos da nossa juventude. Como ela diz "estamos mais velhas, mas a nossa maneira de ser é  a mesma."





Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

6 comentários:

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Minha amiga, essas amizades de sempre são um bem para a alma... Hoje mesmo recebe logo mais a tarde, para um chá, duas amigas de mais de meio século. Trabalhamos juntas antes de me casar, perdemo-nos de vista por uns anos, mas depois nos reencontramos e, sempre que possivel, juntamo-nos para uma boa prosa... É uma delícia...
Beijos

adelina niz disse...

ola minha amiga Lurdes, boa noite
quero te agradesser por teres contigo e me mostrares esta nossa foto, que eu nao me lembro de termos tirado,acredita que fiquei um pouco imussionada,mostra que a nossa amizade, ja tem alguns anos mas quando nos juntamos, falamos dela com entusiasmo de uma coisa bela e pura. Olha nao te masso mais, peço desculpa por alguns erros ortograficos, que possas detetar, como sabes nos meus ditados nao se contavam os erros.beijinhos e muita saude.

Teresa Neves disse...

Apesar de pertencer a outra geração admiro-as muito e sinto uma grande amizade pelas duas. Perante esta foto, não posso deixar de dizer: Que duas raparigas "giraças"..
Um beijinho

Teresa Neves disse...

Apesar de pertencer a outra geração admiro-as muito e sinto uma grande amizade pelas duas. Perante esta foto, não posso deixar de dizer: Que duas raparigas "giraças"..
Um beijinho

alfacinha disse...

Deve ser engraçado para encontrar os amigos de juventude
cumprimentos

João Celorico disse...

As amizades da infância e da juventude, são aquelas que não pedem nada em troca. Só amizade!
Por isso elas perduram e quando a continuação das mesmas é interrompida pelas circunstâncias da vida, são as que deixam mais saudade.

Abraço,
João Celorico