Uma civilização mede-se pelo respeito à vida.
João Paulo II
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A propósito do post anterior, lembrei-me duma poesia de Fernando Pessoa.
Ei-la:
Ó SINO DA MINHA ALDEIA
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
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