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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Incêndios, Um Flagelo

Muitas aldeias da freguesia de Pomares foram também afectadas pelos vários incêndios que assolaram a nossa região. Sei muito bem o que é viver momentos como os que têm estado a viver as populações das zonas que estão a ser atingidas nestes últimos dias. Sem bombeiros, sem nenhuma ajuda para além do instinto de sobrevivência, vivemos também horas de angústia inexplicáveis.


Também os meus pais, ao tentarem salvar os meus filhos e outros familiares, se viram rodeados pelas labaredas e estiveram em risco de perderem a vida.
Mas, tivémos mais sorte! A eles valeu-lhes o cruzamento da estrada da Barroja, onde já tudo tinha ardido e onde aguardaram a chegada de alguém que lhes garantisse uma passagem segura.




Nós, porque conseguimos evitar que o fogo chegasse às casas. Os habitantes perderam as suas culturas, fruto do trabalho de todo um ano, que iriam garantir grande parte da sua subsistência. Mas pessoas, apenas uma, na Sorgaçosa. E doeu tanto sabermos que um próximo de nós não conseguiu vencer as chamas!
Perante tal calamidade, não consigo imaginar a dor de tantos familiares e outros sobreviventes pelas perdas de tantas vidas humanas. A perda de haveres custa. Vai ser um ano, nalguns casos mais, a lutar para recomeçar a vida, mas, a perda de de amigos e ente-queridos é completamente irreparável e dramático.
Neste momento, desejo que o incêndio não se alastre mais; que não vá atingir, de novo, a nossa região; que este inferno termine rapidamente, para que as pessoas possam fazer o seu luto e renascer das cinzas…



Obrigada pela sua presença. Volte sempre.



1 comentário:

Carlos Ramos disse...

Sábado último fiz o percurso que refere - espécie de romagem de saudade pelo verde, que voltará, sem dúvida - que dizer do que fica ausente para sempre? Impossível não ficar sem "fala" perante as imagens que entram pelo olhar e ficam no coração. Cumprimentos "vizinhos".