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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Porque é fim de semana: Vila Nova do Ceira

Porque é fim de semana, vamos continuar a descobrir as aldeias do concelho de Góis e duma nova freguesia de  Vila Nova do Ceira.


Começamos pela sede de freguesia que nem sempre foi conhecida pelo actual topónimo. No século XVII, era conhecida por  São Pedro da Várzea, mais tarde Várzea de Góis e a partir de 1927 recebeu o nome de  Vila Nova do Ceira.
Do passado remoto de Vila Nova do Ceira pouco se sabe, tal como acontece em muitas outras localidades do concelho, mas sabe-se que teve foral antigo,  pois  existe uma referência numa acção movida por moradores da freguesia ao  senhor de Góis.
A paróquia também é bastante antiga existindo já no século XIV.


O padroeiro da vila é São Pedro e a igreja foi vigairaria da apresentação dos condes de Vila Nova de Portimão, também marqueses de Abrantes, do século XVIII ao XIX. 

Existe também em Vila Nova do Ceira uma capela em honra de S. Sebastião.
Era particular mas em 1911 passou para a Igreja.
No interior tem uma escultura de pedra de Santo António e um retábulo de madeira.
Foto:Concelho de Góis Memórias

Segundo o site Concelho de Góis Memórias  a igreja pode, inicialmente, ter sido construída num local diferente. 
Em “Religião Popular” deste site, são referidas a Igreja matriz, as Capelas  e as Alminhas da freguesia.As duas VárzeasDiz Mário Ramos:«Várzea Maior e Menor, Grande e Pequena, e Várzea de Santa Isabel, parecem não dar lugar a dúvidas. Várzea de Santa Isabel, só a encontro desde 1661, como correspondente à Pequena, e com essa respectiva anotação em 1664. Ainda em 1667 assim se designava.[Depois de analisar o que se encontra descrito no Tombo de 1612-19, ao descreverem-se os bens e passais da Igreja], …parece depreender-se que a igreja era na Várzea Pequena e que a hoje Grande é que era a de S. Sebastião.Nos Arquivos Paroquias menciona-se desde 1653 a de S. Sebastião com sendo o local em que se faziam os serviços do culto e os registos, e a de São Pedro como outro local, isto intercalado com as menções de Várzea Maior e Menor, mas em se poder distinguir qual uma e outra.
(…) Recordando agora que a igreja de São Pedro foi sagrada em 9 de Junho de 1655, pelo pároco de Pombeiro (assim consta da capa do livro de baptismos que serviu esse ano), parece-me que podemos concluir:a – A freguesia foi sempre de São Pedro, pois isso consta de documentos muito antigos, mas a igreja e sede era na Várzea Pequena, designando-se a Grande por Várzea de São Sebastião, onde haveria uma capela deste santo;b – Em princípios de 1653 (Fevereiro) começou a fazer-se o serviço religioso na capela de Sâo Sebastião (na Várzea Grande), ou porque se arruinasse a igreja de São Pedro, ou porque se pensasse ou estivesse em construção a nova igreja;c – Concluiu-se esta em 1655 e para aqui passou a sede de freguesia, continuando-se ainda, no entanto, a chamar ao lugar, Várzea de São Sebastião;d – Em 1661 é que começa a chamar-se à Várzea Pequena, Várzea de Santa Isabel, por certo da invocação duma nova capela, tendo desaparecido a antiga igreja: e a chamar-se Várzea de São Pedro, à Grande.Não encontro porém explicação para a denominação que se vê na licença para a bênção da capela da Costeira, que se diz situada na “Segunda Várzea de Goes” (1748). A não ser que se refira exactamente a ser ali a segunda sede da freguesia, pois nunca esta Várzea foi a menor.Estas conclusões, que se tiram dos documentos, são confirmadas pela tradição. Indigita-se como tendo sido a velha igreja junto à Várzea Pequena, entre o barroco do Carpido e a estrada nacional.Na Várzea Grande está a capela de São Sebastião, vulgarmente designada “do Mártir”. Não tem data, mas tem uma imagem de pedra, com a legenda “Sta Apolonia-1650”. Era ali que se deviam praticar os actos do culto que referi e ela sem dúvida deu a designação à Várzea de São Sebastião.Acresce que, no local aonde chamado Igreja Velha, entre o barroco do Carpido e a confluência das estradas nacional e da Várzea Pequena, apareceram várias vezes ossadas e até, no sítio onde passa a estrada para a Várzea pequena, uma de esqueleto completo. Era pois o local destinado a cemitério, ou seja, o adro e terreno em volta da igreja.»











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1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Obrigada pelo passeio virtual. Está aqui uma zona para onde nunca fui.
Abraço