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sexta-feira, 1 de março de 2019

Porque é fim de semana: União das Freguesias de Amoreira, Parada e Cabreira

Porque é fim de semana, vamos continuar a descobrir localidades portuguesas do concelho de  Almeida, indo para a  União das Freguesias de Amoreira, Parada e Cabreira.
Vamos então conhecer cada uma das antigas freguesias unidas pela Reforma Administrativa Nacional de 2013.

Amoreira

Foi uma freguesia constituída por duas povoações - a sede de freguesia e a anexa de Monte da Velha.
O lugar foi concedido ao Mestre Vicente, pessoa rica e de grande influência, que viveu numa das épocas mais conturbadas do reinado de S. Sancho II. Na verdade, a dita concessão não foi mais que uma extorsão ao concelho de Castelo Mendo, encoberta pela aparência de uma cessão amigável pelo concelho, com agrado do soberano ao famoso chanceler, já eleito bispo da Guarda.
No campo eclesiástico, a paróquia de Santa Maria de Amoreira,  foi uma abadia da apresentação alternada do Papa e do cabido da Sé de Viseu.
Situada próxima da Ribeira das Cabras, ocupa o mesmo território que em tempos se designou Moreira de Castelo Mendo, que fazia parte da vila de Castelo Mendo, concelho a que pertenceu até 24 de Outubro de 1855, passando para o de Sabugal onde se manteve até 7 de Dezembro de 1870, data em que foi anexada ao concelho de Almeida.
O topónimo “Amoreira” é um dos derivados do étimo “amora”, fruto silvestre; neste caso e por documentos antigos se comprova que esta localidade tinha primitivamente o nome de Moreira, que por um fenómeno de aglutinação “a Moreira” deu origem a Amoreira.


O orago da Amoreira é a Imaculada Conceição
A sua igreja  data de 1614 e foi construída sobre um templo medieval que já existia. É composta por nave, torre campanário, duas sacristias e torre sineira. 
No interior destaca-se o mobiliário litúrgico de tipo maneirista e neogótico, bem como os retábulos da capela-mor, igualmente maneiristas. Destaque também para as pinturas do Arco Triunfal e da capela-mor.
Para além da Igreja Matriz, existe na localidade outro património digno de interesse:
-
Calvário datado dos séculos XIX / XX; 




- Solar Freire Falcão –  séc. XI;



- Fonte Grande –  séc. XVIII / XIX; 


- Cruzeiro – Do séc. XX (Neomanuelino);


- Sepulturas Antropomórficas cavadas na rocha junto do sítio da Eira (Medieval).

Parada



Situada num dos extremos do concelho, a uma altitude média de 800 metros, esta antiga freguesia  tem uma origem que, provavelmente,  recua  à ocupação  romana. O seu topónimo também se pensa estar relacionado com essa época.  “Parada” seria o local onde as caravanas dos romanos faziam “parada”. Na vizinha aldeia da Miuzela, passava a via romana que, junto ao Côa, se dividia em dois ramos: o da ponte de Sequeiros e o do Jardo. O caminho mais utilizado seria o caminho do Jardo por Pailobo, Parada, Pousada e Póvoa do Mileu com destino a Lamego ou Conímbriga. O caminho de Sequeiros conduzia também a Parada, onde os romanos procediam à tal “parada”, para de seguida se restabelecerem nalguma Pousada.


Um achado importante foi  uma tampa de sepultura onde se vê uma inscrição funerária em latim que traduzida diz: “Aqui jaz Talabo, filho de Cenão”. 
Parada passou por momentos  conturbados na época das invasões francesas. O terror, saques, e violências que as tropas napoleónicas realizaram em Portugal,   também chegaram a Parada, sendo o pior período durante  a 3.ª invasão. Aproximadamente a 10 km da povoação, na margem esquerda do Côa, encontravam-se acampados os soldados de Napoleão.
Desta freguesia fazia também parte a povoação de Pailobo.


O orago de Parada é São Domingos  e a sua igreja  é uma  construção barroca de finais do séc. XVIII / XIX, com campanário de período anterior.
Existem ainda outros locais de culto na povoação, dos quais destaco:
- Capela de Santo António - séc. XVIII


- Capela de Santo Amaro

Outro património digno de registo:
- Calvário –  séc. XVIII / XIX 


-  Cruzeiros 
-  Fonte da Senhora dos Remédios


Casa abastada do Adro da Igreja –  finais do Séc. XVIII
 Cabreira


Situada no extremo oeste do concelho, numa encosta da margem direita da Ribeira das Cabras, esta povoação deverá ter a sua origem num castro ou na época da ocupação romana.
A  paróquia da Cabreira é posterior à Idade Média, pois  nos séc. XIII e XIV, estava incluída  na   de Santa Maria de Castelo Mendo. 
Povoação e freguesia de Santa Maria Madalena de Cabreira, pertenceu ao concelho de Castelo Mendo, extinto pelo decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a paróquia, após esta data, a integrar o concelho de Sabugal. 
Foi anexado ao concelho de Almeida por decreto de 7 de Dezembro de 1870. A Paróquia transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, a partir de 30 de Setembro de 1881. 
A este concelho de Castelo Mendo pertenceu Cabreira até à sua extinção em 24 de Outubro de 1855, passando então para o de Sabugal até 7 de Dezembro de 1870, data em que transitou, em definitivo, para o de Almeida.


O orago de Cabreira é Santa Maria Madalena.
A Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria Madalena, foi construído em 1611. Em 1840, foi aumentada e reconstruída , sendo hoje uma das mais belas e amplas do concelho.
Existem ainda outros locais de cariz religioso na povoação.

- Capela de Santa Bárbara 



- Cruzeiro 


- Calvário 
- Alminhas 
Outro património interessante:
- Ponte Velha 



Ponte datada da época romana, toda construída em pedra e rodeada de vegetação, junto da qual se forma uma piscina natural. 






Fonte e Fotos -Net

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