Da
história da povoação sabe-se que a região foi ocupada em épocas bastante remotas. Segundo
consta na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira terá havido por aqui
povoamento há cerca de 5.000 - 6.000 anos.
Durante
a ocupação da Península Ibérica pelos romanos, eles estiveram na zona e deixaram
vestígios que o comprovam, como os que se encontraram na vizinha freguesia da
Bobadela.
O topónimo inicial era apenas Travanca.
O topónimo inicial era apenas Travanca.
A primeira referência conhecida desta povoação data do ano de 969, numa carta de testamento duma senhora que doou os bens que possuía entre o Mondego e o Alva, ao Mosteiro do Lorvão, em especial, Midões, Touriz e Framiães e onde era referido que Midões e Touriz confrontavam com a vila de rústica de Travanca.
Em 1180, a rainha D. Dulce de Aragão, esposa de D. Sancho I, comprou 19 casais em Travanca o que prova que esta povoação era já bastante conhecida.
Em
1258, nas Inquirições de D. Afonso III, Travanca pertencia à Coroa e tinha um
celeiro real, para nele se depositarem os foros da coroa.
No séc. XV e XVI, recebeu uma comunidade de judeus convertidos, como o comprovam vários edifícios com as características das judearias.
No séc. XV e XVI, recebeu uma comunidade de judeus convertidos, como o comprovam vários edifícios com as características das judearias.
Mais
tarde, passaram a chamar-lhe Travanca de Lagos, para distinguir as diversas "Travancas" que
existem no país.
O orago é S. Pedro.
A paróquia de S. Pedro de Travanca é anterior
ao século XIII, mas não se conhece a data da construção da igreja primitiva. No entanto,
é possível que parte do templo atual, date do século XVI, pois o arco triunfal, com arco e fustes
torsos,
parecem ser da época manuelina.
parecem ser da época manuelina.
Durante os séculos XVII ou XVIII, a Igreja foi alvo de obras de melhoramentos .
O interior, tem nave única, com quatro pilares de
cantaria. Um arco triunfal dá acesso à
capela-mor, onde sobressai um retábulo de talha.
Para além da igreja Matriz
existe ainda, em Travanca de Lagos, a capela de Santo António.
Esta pequena capela, construída em cantaria de granito, tem a fachada principal a terminar em empena, com cornija, encimada por uma sineta.
Esta pequena capela, construída em cantaria de granito, tem a fachada principal a terminar em empena, com cornija, encimada por uma sineta.
O interior, a precisar de algumas obras, tem o tecto em abóbada de madeira pintada. No interior, destaca-se o altar branco em talha com pormenores dourados, ornado com pinturas sacras e o patrono em madeira policromada.
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