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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dia das Mentiras

Após a leitura dos blogs que sigo diariamente, resolvi  divulgar  um que acho muito simpático e interessante. É o Foi Desse Jeito Que Eu Ouvi Dizer... da amiga Silvana Nunes, que se autodefine da seguinte forma:
Cruzam-se em mim várias culturas. Professora formada em Letras (port./literaturas), Pesquisadora da Cultura Popular Brasileira Contadora de Histórias, Brincante, Doadora de Órgãos, Manguerense e Botafoguense. O MELHOR POSSÍVEL SEMPRE!

Neste blog são narradas muitas estórias e outras curiosidades, umas  tradicionalmente brasileiras outras mundiais.
Passem por lá. Decerto vão gostar,  aprender e  divirtir-se. O tema de hoje é bem a propósito: O Dia das Mentiras.


1º DE ABRIL - O DIA DA MENTIRAS
O costume de contar mentiras no dia 1º de abril, teve sua origem na França. Pois é, os franceses mentem há muito mais tempo que nós.
Desde o começo do século XVI na França, o início do ano era comemorado em 25 de março, data que marcava o início da primavera. As comemorações se estendiam por uma semana, até dia 1º de abril onde efetivamente dava-se início ao novo ano.

Mas, em 1564 o rei francês Carlos IX num de seus rompantes, baixou um decreto adotando o calendário gregoriano, e o ano novo passou a ser festejado em 1º de janeiro.

Com a dificuldade de comunicação - não existia rádio e nem televisão -, essa mudança causou uma tremenda confusão. Claro que as pessoas não gostaram da idéia e continuaram a considerar o 1º de abril como o primeiro dia do ano, mandando convites para festas, votos de felicidades uns para os outros .

Diante do fato consumado, a população passou então a ridicularizar Carlos IX enviando presentes esquisitos, cartas e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como "plaisanteries".

O costume se espalhou pelo mundo todo, e com o tempo foram surgindo novas brincadeiras. Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como "April Fool’s Day" ou "Dia dos Tolos"; na Itália é chamado de "pesce d’aprile", o que significa literalmente “peixe de abril”.

No Brasil, o "Dia da Mentira" ou "Dia dos Bobos" começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou “A Mentira”, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848 com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte.

“A Mentira” saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

Tudo faz crer que as brincadeiras, originárias das "plaisanteris" francesas, continuarão sempre a existir, graças a eternidade das manifestações culturais no mundo inteiro.

Isso tudo é muito divertido, mas é importante lembrar que só é divertido falar mentiras somente no dia 1º de abril, desde que depois a verdade seja revelada.

E você, já preparou a sua pegadinha para hoje ?


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


9 comentários:

Idanhense sonhadora disse...

Olá Lourdes , boa narrativa histórica da origem do dia das mentiras . De facto ainda não arranjei uma vítima para a minha mentirinha anual... Talvez , finalmente descobriu-se petróleo na costa portuguesa !!! Os poços são tantos que dum dia para o outro as famosas agências de ratings ,classificaram Portugal de AAA...Mas , depois penso , será que era assim tão bom ter petróleo na nossa costa ?!!!....
Hum!!!!
Vou seguir o conselho sobre o blogue que refere .
Beijinho
Quina

Mariazita disse...

Olá, Lourdes
Eu, que gosto tanto de saber as origens de tudo, desconhecia por completo a origem do dia das mentiras.
Obrigada por mais este ensinamento - que espero não seja mentira:)))
Confesso que não acho graça nenhuma a pregar mentiras. E sou uma pessoa que gosta muito de rir - e rio muito - mas à mentiras não acho a mínima graça.
Feitios...

Bom fim de semana. Beijinhos

Mariazita disse...

Olá, Lourdes
Eu, que gosto tanto de saber as origens de tudo, desconhecia por completo a origem do dia das mentiras.
Obrigada por mais este ensinamento - que espero não seja mentira:)))
Confesso que não acho graça nenhuma a pregar mentiras. E sou uma pessoa que gosta muito de rir - e rio muito - mas à mentiras não acho a mínima graça.
Feitios...

Bom fim de semana. Beijinhos

Anabela Jardim disse...

HOJE, NÃO ME LEMBREI QUE ERA O DIA DA MENTIRA. ENTREI NA SALA E LOGO NA PRIMEIRA AULA ENCHI O QUADRO DE ATIVIDADES. oS ALUNOS NÃO COPIARAM E FICARAM ME OLHANDO A PERGUNTAR SE AQUILO ERA UMA PEGADINHA DE 1° DE ABRIL!

Anónimo disse...

Lourdes,no mundo, o calendário muda, em Portugal muda para algumas pessoas, para os politicos o primeiro de Abril, começa em Janeiro, e acaba em Dezembro.

Voz do Goulinho
ALA Poemas
António Assunção

Anónimo disse...

Olá amiga Lourdes.

Conheço a Silvana e gosto do que ela publica pelo que de novo nos traz.
Lamentavelmente ela deixou de aparecer, passarei por lá.

Do dia das mentiras não gosto.
Gostei contudo da saber mais acerca dele.

Beijinhos

Maria Rodrigues disse...

Querida amiga nem me lembrei que era o dia das mentiras, para mim era apenas o dia 1 do mês, e todos os dias 1 são sinal de muito trabalho na empresa, é o nosso fecho do mês contabilistico.
Tenha um maravilhoso domingo
Beijinhos
Maria

alfacinha disse...

uma farça no primeiro Abril chama- se na Bélgica " um peixe de Abril
cumprimentos

João Celorico disse...

Em Portugal, era normal a comunicação social, pregar a sua mentira. Hoje em dia, o difícil é saber qual a notícia verdadeira.
Da década de 60, recordo duas que deram brado:
Uma foi no jornal "O Século" e foi por este assumida como verdadeira. Era chefe de redacção(?) o (douto)José Mensurado que foi informado de que estariam em Lisboa, num afamado hotel, uns "sheiks", para tratar de importantes negócios de petróleo. Combinaram uma entrevista, (exclusiva, claro). Os "sheiks", devidamente uniformizados eram, nem mais nem menos que um grupo de "rapazes" que incluia o Michel (o dos cozinhados) que, por ter nascido em Marrocos, falava perfeitamente o francês. Seria a coroa de glória para o José Mensurado e para "O Século". Entrevista feita e publicada com toda a pompa, verifica-se que tais "sheiks" eram perfeitamente ignorados na restante comunicação social. Descoberto o mistério, José Mensurado, inventou mil e uma desculpas para não reconhecer que tinha sido enganado, dando assim ainda maior importância ao assunto. Nunca mais foi esquecido!
A outra, foi que numa estação de rádio foi notíciada a presença dos Beatles na Valentim de Carvalho e uma "entrevista" com os próprios. Pediam igualmente para se dirigirem à loja, para sessão de autógrafos. A "entrevista" era feita por alunos do Instituto Britânico, claro. Houve grande aglomeração na Rua Nova do Almada e teve que meter polícia e tudo. A loucura era geral!
Outros tempos ...

Abraço,
João Celorico