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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Porque é fim de Semana: Concelho de Almeida

Porque é fim de Semana, vamos continuar na zona centro e partimos à descoberta dum novo concelho do distrito da Guarda: Almeida.



A história  deste Concelho  remonta ao paleolítico, existindo no seu território castrejos da Idade do Bronze e do Ferro. É também conhecida informação sobre a presença romana região.
Do concelho de Almeida fazem parte as seguintes freguesias:
- Almeida; Amoreira, Parada e Cabreira; Azinhal, Peva e Valverde; Castelo Bom;     Castelo Mendo, Ade, Monteperobolso e Mesquitela;  Freineda; Freixo;  Junça e Naves;   Leomil, Mido, Senouras e Aldeia Nova;  Malhada Sorda; Malpartida e Vale de Coelha; Miuzela e Porto de Ovelha; Nave de Haver; São Pedro de Rio Seco;  Vale da Mula;  Vilar Formoso.


Almeida fica situada num planalto na zona fronteiriça e,  no período medieval,  a seguir à formação da nacionalidade,  ganhou um papel preponderante na estratégia defensiva da região.
Várias vezes defendeu o país quando este era invadido pelas  tropas estrangeiras. Castelhanos, Muçulmanos e outros povos foram impedidos de entrar no país e a praça forte foi sendo danificada ao longo dos anos. 
Em 1296, o rei D. Dinis mandou deslocar a praça para o sítio actual, construir novo castelo, povoando-o e dando-lhe o primeiro foral.
No ano seguinte,   o Tratado de Alcanizes confirmou a sua posse.



Durante a crise de 1333/1385 a vila esteve do lado de Castela e, por essa razão, sofreu várias invasões , ora do lado de Castela ora do lado das tropas portuguesas, ficando novamente, muito danificada. Com a  reconquista final por D. João I, iniciou-se  o desenvolvimento da povoação. 
As regiões da raia, receberam alguns anos mais tarde, um grupo de judeus expulsos de Espanha, que ali se fixaram. Sendo um povo inteligente, culto, trabalhador e empreendedor, foi recebido em algumas povoações da região, o que aconteceu também em Almeida. Prometendo converter-se ao Cristianismo, continuavam a praticar, no seio da família hebraica, a sua religião. São comuns as marcas cruciformes que aparecem nas ombreiras das portas, atestando a presença deste povo.


D. Manuel I  reconstruiu, ampliou  praça forte e concedeu foral novo a Almeida, em 1510. 
Durante o período Filipino, os reis espanhóis queriam manter as fronteiras abertas e o castelo ficou em ruínas, mas  em 1640, foi reconstruído e teve uma importância primordial nas lutas pela restauração da Independência.
Durante a Guerra dos Sete Anos a praça foi tomada  e só regressou ao nosso país em 1763.
Durante as invasões francesas, Almeida foi ocupada pelas tropas napoleónicas. Em 26 de Agosto de 1810,  um descuido da tropas portuguesa fez explodir o paiol, provocando a rendição às  as tropas  de Massena.
Durante a guerra civil, Almeida também esteve envolvida na luta entre  absolutistas e liberais, servindo as Casamatas de prisão.
A praça viria a perder a sua importância militar em 1927,  com a partida das últimas tropas. 



Preservam-se ainda as suas muralhas, classificadas como monumento nacional, as três portas de acesso à praça, abertas em túnel, o  antigo quartel de artilharia e cadeia, ocupado pela Câmara Municipal. 
O orago desta vila e sede de concelho é  Nossa Senhora das Candeias.



A actual Igreja Matriz data do início do Século XVI  e  foi, outrora,  a igreja do antigo convento das Freiras Terceiras Regulares de S. Francisco, dedicada a Nossa Senhora do Loreto.
Cumpriu também funções de quartel e hospital militar nos séculos XVIII e XIX.
Após a violenta explosão, ocorrida em 1810, que destruiu a anterior matriz e o castelo medieval, foi remodelada e    passou a desempenhar as funções de igreja principal, dedicada agora a Nossa Senhora das Candeias.
O interior é composto por nave, capela-mor, torre, capela e sacristia. O destaque desta construção é o portal da Capela do Menino Jesus, pois é o elemento Maneirista mais simbólico.
Do património religioso da vila fazem ainda parte:

- Igreja da Misericórdia 



Igreja seiscentista, tem um belo portal clássico, apresenta planta rectangular irregular e cobertura de madeira.
A capela-mor está separada pelo  arco triunfal em cantaria, ladeado por dois retábulos de talha dourada do século XIX.
Esta Igreja encontrava-se anexa ao antigo Hospital com o mesmo nome, formando a Casa da Misericórdia.

Outros Locais de Interesse Turístico são:

- Portas Duplas de Santo António e de S. Francisco ou da Cruz 



- Casamatas -  séc. XVII / XVIII 



- Casa da Roda dos Expostos -  séc. XIX (1843)


- Hospital do Sangue no Revelim Doble -  séc. XVIII 



- Paiol e Casa da Guarda do Revelim de St.ª Bárbara - séc. XIX



- Picadeiro D'el Rey (séc. XX) - Antigo Trem de Artilharia (séc. XVII)



- Ruínas do Castelo Almeida (séc. XIX) -  Período Medieval (sécs. XI / XIII / XVI) / Moderno (1695)



- Torre do Relógio - séc. XIX (1830)



- Casas Brasonadas 


- Câmara Municipal –  Antigo Corpo da Guarda Principal (séc. XVIII – 1791)



- Quartel das Esquadras –  séc. XVIII (1736-1750)





- Palácio da Justiça –  Antiga Vedoria e Casa dos Governadores (séc. XVII / XVIII)

- Praça Alta do Baluarte de St.ª Bárbara -  séc. XVII e XVIII 


Obrigada pela sua presença. Volte sempre!




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