Passado
que foi o fim de semana, o Açor continua o seu
percurso pela Linha de Cascais.
Vamos
entrar agora na zona do Estoril, uma antiga freguesia do concelho de Cascais, extinta
em 2013 pela reorganização administrativa sendo integrada na União das
Freguesias de Cascais e Estoril.
Não
se conhece a origem do povoamento humano na região, mas sabe-se que, em 1256, o
rei D. Afonso III concedeu as terras do Estoril a Estêvão Anes, Alcaide-mor da
Covilhã e Chanceler do Reino de Portugal.
No
final do século XVIII, descobriu-se um
local onde havia uma nascente de água com
características medicinais. Ali foi construído um edifício que passou a ser
frequentado por pessoas que procuravam cura para as suas doenças. Uma
delas foi El-Rei D. José I, que frequentemente ali se deslocava para tratamentos.
Entretanto,
o Estoril foi crescendo e uma parte devido à colónia britânica que, desde 1872,
explorava o cabo submarino a partir da Quinta Nova de Santo António(depois dos
Ingleses).
Em
1889, foi inaugurado o troço de caminho-de-ferro entre Cascais e Pedrouços o
que originou novamente um grande crescimento
demográfico do Estoril.
Com
a República, deu-se início à era do Turismo no Estoril. Em 1913, Fausto de
Figueiredo encomendou um estudo de urbanização, que
contemplasse hotéis, campos de golfe e termas e, em 1916, foi colocada a primeira pedra para a construção do casino.
Seguiram-se
novas construções e abertura de estradas, com especial relevância para a marginal
que viria a tornar o trânsito rodoviário mais facilitado.
O
Estoril continuou o seu desenvolvimento / alargamento e, após o final da II Guerra Mundial, recebeu muitos refugiados e exilados, que se fixaram na região. Alguns eram figuras
proeminentes da cultura desporto e política internacional, como foram os casos de D. Juan de Borbón, Conde de Barcelona, e
os Reis Humberto II de Itália, Carlos II da Roménia e Simeão II da Bulgária e o
Regente Miklós Horthy da Hungria, entre outros.
Actualmente
compõem o Estoril, Alapraia, Alto
dos Gaios, Atibá, Bairro do Fim do Mundo, Bairro da Martinha, Galiza, Livramento,
Monte Estoril, São João do Estoril, São Pedro do Estoril e Pau Gordo
A
igreja de Santo António foi mandada construir pelos franciscanos em 1527 e situa-se junto ao Convento dos Salesianos, no lugar
onde se erguia uma antiga Ermida em madeira.
Esta
igreja sofreu, ao longo dos tempos, várias destruições sendo a maior provocada pelo terramoto de
1755. Foi reerguida mas, em 1927, foi totalmente destruída por um incêndio. Novamente
foi reconstruída, tentando manter as características da igreja anterior.
Tem
nave única rectangular, com cobertura em abóbada de berço, e duas capelas
laterais.
Destacam-se
no interior, os retábulos de talha dourada das capelas laterais, a capela-mor e
as imagens de Santo António, da Nossa Senhora da Conceição, da Virgem e de
Cristo.
Existem
ainda outros locais de culto no Estoril:
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Capela de Nossa Senhora do Livramento
Faendo parte da defesa da costa, no Estoril, existem também alguns monumentos militares:
Faendo parte da defesa da costa, no Estoril, existem também alguns monumentos militares:
Construído em 1643, tem arquitectura militar, com planta quadrangular. No lado oposto, fica a casa-forte.
Aqui funcionou também um posto da Brigada Fiscal mas, actualmente, o Forte parece abandonado.
Construído em 1590, por ordem do rei D. Filipe I, tem planta estrelada irregular. Na zona central situa-se a casa forte, com capela e casernas, protegidas por uma segunda cintura de muralhas.
Este Forte foi construído no século XVII, numa das margens da antiga ribeira da Cadaveira. Tem planta quadrangular, com a bateria voltada à praia e, no lado oposto, a casa-forte.
Actualmente está alugado à discoteca «Forte Velho».
Destaco ainda outros pontos de interesse no Estoril
Na zona de Alapraia, foram descobertas quatro grutas que eram utilizadas como necrópole. Nelas foram encontrados vasos de cerâmica, sandálias e ídolos de calcário.
No século XVIII, existiam já umas termas em funcionamento no
Estoril. Inicialmente
num edifício de arquitectura de jardim do séc. XIX e na década de 30 do século XX, num novo edifício com
fachada de arquitectura neo-clássica, anexo ao Hotel Palace.
O
estabelecimento termal foi sendo alargado e melhorado, até que foi demolido em
1961. Só em 2010 seria inaugurado um novo edifício e as antigas Termas reabriram
de novo ao público.
As Cocheiras de Santos Jorge são compostas por uma antiga garagem, cocheira e cavalariça da casa de António Santos Jorge. Situa-se junto à estação ferroviária do Estoril e a sua arquitectura é bem mais impactante que a própria casa de habitação.
Construída em 1917, era a casa
de férias de Alfredo da Silva, grande industrial português, de que se destacam a
CUF , a Tabaqueira, o estaleiro da Rocha do Conde de
Óbidos, entre outras. Fica localizada num local sobranceiro à
Avenida Marginal e à praia das Moitas e apresenta uma arquitectura de estilo mmarcadamente barroco joanino.
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Casa-Museu Verdades Faria
Esta é uma das três obras projectadas pelo arquitecto Raul Lino, inspirado no estilo marroquino.
Em 1974, foi legada ao município, destinando-se a museu e jardim público. No entanto, a autarquia decidiu utilizar o espaço para o Museu da Música Portuguesa. Ali pode-se apreciar uma valiosa colecção de instrumentos populares recolhidos por Michel Giacometti e o espólio do compositor Fernando Lopes-Graça. Existe também uma biblioteca dedicada à música, um auditório, uma audioteca, zonas de internet e loja.
Esta é uma das três obras projectadas pelo arquitecto Raul Lino, inspirado no estilo marroquino.
Em 1974, foi legada ao município, destinando-se a museu e jardim público. No entanto, a autarquia decidiu utilizar o espaço para o Museu da Música Portuguesa. Ali pode-se apreciar uma valiosa colecção de instrumentos populares recolhidos por Michel Giacometti e o espólio do compositor Fernando Lopes-Graça. Existe também uma biblioteca dedicada à música, um auditório, uma audioteca, zonas de internet e loja.
Outra casa projectada pelo arquitecto Raul Lino.
Foi
mandada construir em 1901, pela Duquesa
de Palmela, D. Maria Luísa Souza Holstein, para o músico Alexandre Rey Colaço,
oriundo de Tânger.
Também esta casa faz parte das três projetada por Raul Lino, de influência mourisca. Construída em 1902, para o
amigo Silva Gomes e sua esposa, Maria do Rosário Gomes.
No alçado poente destaca-se o painel de azulejos representando Nossa Senhora do Rosário, cuja autoria é atribuída a Roque Gameiro.
No alçado poente destaca-se o painel de azulejos representando Nossa Senhora do Rosário, cuja autoria é atribuída a Roque Gameiro.
As praias do Estoril são muito apreciadas e tornaram-se uma mais-valia para o desenvolvimento turístico desta localidade. São várias e atraem um grande número de veraniantes. São elas: Praia
da Bafureira, Praia
da Azarujinha, Praia
da Poça, Praia
das Moitas e Praia
do Tamariz.
Obrigada pela sua presença. Volte sempre!
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