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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Lisboa-Segundo Eugénio de Andrade



Alguém diz com lentidão:
“Lisboa, sabes…”
Eu sei. É uma rapariga
descalça e leve,
um vento súbito e claro
nos cabelos,
algumas rugas finas
a espreitar-lhe os olhos,
a solidão aberta
nos lábios e nos dedos,
descendo degraus
e degraus e degraus até ao rio.
Eu sei.
E tu, sabias?


Eugénio de Andrade (1923-2005)


Obrigada pela sua presença. Volte sempre!




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