Enquanto escrevia o post de ontem, passaram-me pela mente imagens há muito perdidas no tempo. Juntei-as uma a uma e, aos poucos, senti-me na minha aldeia.
Lá ia a tia Assunção com os filhos atrás a caminho do Barrocal.
O marido, o tio José Domingos era guarda florestal, e habitava na casa da guarda, junto à povoação dos Parrozelos. Vinham à aldeia ao fim de semana e sempre que as terras de cultivo o exigiam.
Ele aparecia na sua motorizada, envergando uma farda bem diferente dos fatos de trabalho dos outros habitantes do Sobral Magro. A muher e os filhos faziam a pé, o longo e penoso percurso que separa os dois locais, muitas vezes carregados com os seus haveres.
A vida foi difícil para esta família. Viviam isolados a maior parte dos dias da semana, num local ermo enquanto o tio José percorria a serra vigiando as matas e fiscalizando caminhos florestais em construção.
O tio José já faleceu e a casa que no passado habitou caiu também e está agora em ruínas.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
3 comentários:
Apesar a degradação, essas casinhas são muito desejados pelos jovens de hoje .Cumprimentos
Tão diferentes os rumos das pessoas... Guarda florestal não devia saber de engarrafamentos nem de poluição. Fiquei com um bocadito de inveja dele...
Beijos
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