Eu me sirvo dos animais para instruir os homens.
(La Fontaine)
Continuando o tema da apicultura, vou escrever sobre um outro processo de extracção do mel.
Nas colmeias, usam-se quadros móveis colocados verticalmente em cada alça. Alguns apicultores utilizam mesmo quadros já com lâminas de cera alvéolados, semelhantes aos favos fabricados pelas abelhas, o que lhes facilita muito mais o trabalho. Os apicultores têm grandes vantagens ao utilizar este método, pois podem mais facilmente controlar o que se passa na sua colmeia, solucionar os problemas que nela forem surgindo, podendo conseguir uma mais abundante produção melífera, para além dos trabalhos inerentes à cresta serem mais facilitados.
No acto da cresta, o apicultor, com o auxílio do fumo, tira da colmeia os quadros que se encontram em condições e coloca-os num recipiente que leva para o local onde vai proceder à extracção do mel.
Procede depois ao desoperculamento isto é, retira a fina capa de cera que tapa os alvéolos e que evita que o mel caia.
De seguida, colocam-se os quadros encostados às paredes laterais dum centrifugador.
Por acção do movimento de rotação e da força centrífuga, o mel cai dos alvéolos, sem os danificar. Desta forma, os quadros com o respectivo favo regressam à colmeia onde podem ser utilizados novamente.
O mel que escorre dos favos passa depois por uma peneira, onde é coado para ser limpo de resíduos de cera e, finalmente, é guardado em reservatórios ou colocado em boiões próprios para ser comercializado.
Durante a cresta. o apicultor não deve retirar todo o mel das colmeias. É aconselhável deixar uma quantidade suficiente para alimentar as abelhas durante o Inverno.
Mais uma vez, recebi a colaboração fotográfica da Ana Teresa Domingos, que muito agradeço.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.