Ser pai e ser mãe é tarefa complicada hoje e sempre. Quando vejo fotos de Avô, surgem-me logo lembranças da minha juventude, de como eu gostava de ir ao rio Alva dar uns mergulhos durante as férias do Verão. O que os meus pais sofriam!
No Sobral Magro não tinha sido ainda concluída a estrada que ligaria a povoação a Pomares. Havia apenas uma estrada florestal sem alcatrão e cheia de buracos. Então, para me fazer a vontade, o meu pai tinha que conduzir pela borralhenta estrada , subindo e descendo as íngremes encostas da serra e dar a volta por Aldeia das Dez, para eu poder passar umas horitas no rio. Os meus pais passavam o tempo a "fazer horas" no Picoto, enquanto eu me ia encontrar com outros jovens da minha freguesia. Eram momentos bem divertidos e várias foram as situações engraçadas que ali vivemos. Uma delas ainda hoje me faz sorrir. Andávamos nós a atravessar o rio, quando vimos sair da água um casal, que se dirigiu para uma cesta que se encontrava junto a um arbusto numa das margens. Não demoraram e voltaram logo de seguida, trazendo um frasco na mão. Qual não foi o nosso espanto quando, depois de darem um mergulho, abriram o frasco e começaram a esfregar a cabeça com o seu conteúdo. Era um frasco de champô e estavam a lavar a cabeça ali mesmo, no meio do rio. A risada foi geral, mas eles pouco se importaram e lá se continuaram a lavar.
Para mim, as tardes no rio eram muito agradáveis mas, para os meus pais que deixavam de estar na aldeia na companhia dos familiares e amigos para me fazerem a vontade, nem tanto.
À tardinha, a viagem de regresso seguia o percurso inverso pela mesma estrada e, quando chegávamos à aldeia, tínhamos que ir de novo ao banho, mas de chuveiro, pois íamos cheios de pó.
Actualmente, no Sobral Magro já existe uma piscina fluvial onde a juventude se pode divertir nas tardes de Verão. Pena é que já sejam poucos aqueles que passam as suas férias na aldeia.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.No Sobral Magro não tinha sido ainda concluída a estrada que ligaria a povoação a Pomares. Havia apenas uma estrada florestal sem alcatrão e cheia de buracos. Então, para me fazer a vontade, o meu pai tinha que conduzir pela borralhenta estrada , subindo e descendo as íngremes encostas da serra e dar a volta por Aldeia das Dez, para eu poder passar umas horitas no rio. Os meus pais passavam o tempo a "fazer horas" no Picoto, enquanto eu me ia encontrar com outros jovens da minha freguesia. Eram momentos bem divertidos e várias foram as situações engraçadas que ali vivemos. Uma delas ainda hoje me faz sorrir. Andávamos nós a atravessar o rio, quando vimos sair da água um casal, que se dirigiu para uma cesta que se encontrava junto a um arbusto numa das margens. Não demoraram e voltaram logo de seguida, trazendo um frasco na mão. Qual não foi o nosso espanto quando, depois de darem um mergulho, abriram o frasco e começaram a esfregar a cabeça com o seu conteúdo. Era um frasco de champô e estavam a lavar a cabeça ali mesmo, no meio do rio. A risada foi geral, mas eles pouco se importaram e lá se continuaram a lavar.
Para mim, as tardes no rio eram muito agradáveis mas, para os meus pais que deixavam de estar na aldeia na companhia dos familiares e amigos para me fazerem a vontade, nem tanto.
À tardinha, a viagem de regresso seguia o percurso inverso pela mesma estrada e, quando chegávamos à aldeia, tínhamos que ir de novo ao banho, mas de chuveiro, pois íamos cheios de pó.
Actualmente, no Sobral Magro já existe uma piscina fluvial onde a juventude se pode divertir nas tardes de Verão. Pena é que já sejam poucos aqueles que passam as suas férias na aldeia.
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