Porque
é fim de semana, vamos continuar a
descobrir as povoações das freguesias do
concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Vamos hoje para a União de Freguesias de Almofala e Escarigo. Vamos começar por conhecer um pouco da antiga freguesia de Almofala, extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional,
para, em conjunto com Escarigo, formar a União das
Freguesias de Almofala e Escarigo da qual é a sede.
Almofala situa-se na raia do
país, tendo o rio Águeda a separar a antiga freguesia do país vizinho.
Desconhece-se
a origem do povoamento humano desta região, mas sabe-se ser bastante remoto. Existem vestígios dum castro Celta em Santo André e esculturas
Zoomórficas (Berrões). Vários historiadores defendem a hipótese de poder ter sido a capital dos Cobelci, uma antiga tribo Lusa, que tendo origem
pré-romana, foi romanizada.
Da colonização romana ficou a marca na torre e na Ara votiva que nos fala da CIVITAS COBELCORUM.
A primeira referência escrita
de Almofala surgiu em 1217.
Devido à sua localização
fronteiriça, vezes foi porta de entrada de povos invasores.
Em Outubro de 1642, a região
foi bastante destruída pelos espanhóis, ficando as aldeias de Torre dos Frades
e Colmenar, completamente destruídas.
Um cruzeiro recorda, a todos que por ele
passam, este triste acontecimento.
O topónimo Almofala tem origem
árabe, derivando do termo ALMOHALA que significa “acampamento”.
O orago desta localidade é S.
Pedro e a freguesia foi abadia da apresentação do ordinário, no termo da vila
de Castelo Rodrigo. Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da
Diocese de Pinhel.
A sua igreja medieval e barroca foi construída no século XIV e reedificada no século XVIII, apresentando-se muito descaracterizada.
A sua igreja medieval e barroca foi construída no século XIV e reedificada no século XVIII, apresentando-se muito descaracterizada.
Tem planta longitudinal
composta por uma nave de quatro tramos e capela-mor. Tem ainda sacristia e torre sineira adossadas.
Além da igreja matriz existem, nesta localidade, mais outros templos:
- Capela de Santo André
Além da igreja matriz existem, nesta localidade, mais outros templos:
Este templo terá sido construído no século XVII, no local onde terá existido um templo romano. Desse período ainda existe a porta em ogiva. Foi reconstruída em 1909.
O templo actual, de planta rectangular, tem no seu interior uma só nave, com coro alto e dois altares colaterais de talha policromada. No retábulo-mor estão colocados dois painéis pintados, com as representações do Calvário e da Sagrada Eucaristia.
O adro é limitado por um muro com uma porta ladeada por dois berrões proto-históricos.
- Capela de Santa Marta
- Capela de São Sebastião
- Capela de Santa Marta
- Capela de São Sebastião
Existe outro património de interesse em Almofala.
No
lugar de Santo André, anexo à povoação
de Almofala, foi localizado um castro Celta, destacando-se ainda hoje as
esculturas Zoomórficas (Berrões) a atestar a presença de Vetões.
Estas esculturas representam um touro e de um porco com características da época
proto-histórica, um dos raros conjuntos destas estátuas que se podem encontrar
na região fronteiriça a sul do Douro.
-
Torre de Almofala
A Torre de Almofala, também conhecida por Torre das Águias, Torre dos Frades, Casarão da Torre, Torre de Aguiar, ou numa designação mais antiga, Turris Aquilaris foi construída como templo na época da ocupação romana. Fazia parte duma cidade romana cujos vestígios foram descobertos por escavações feitas nesta zona.
No século X, os monges de Aguiar, a quem o rei de Leão doara a região, adaptaram o templo a torre de vigia.
Durante muitos anos votada ao abandono, esta torre classificada como monumento nacional, tem estado a ser alvo de obras de requalificação, para futuramente se tornar no Centro Interpretativo da Torre de Almofala.
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Cruzeiro Roquilho
Este monumento, também conhecido por Cruzeiro de Almofala ou Cruzeiro do Divino Manso, data do séc. XVI e tem tipologia manuelina. Fica localizado em Almofala, num dos caminhos de Santiago.
Obrigada pela sua presença. Volte sempre!
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