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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Porque é fim de semana: União de Freguesias de Almofala e Escarigo 1

Porque é fim de semana, vamos continuar a  descobrir as povoações das freguesias   do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.  Vamos hoje para a União de Freguesias de Almofala e Escarigo. Vamos  começar por conhecer um pouco da antiga freguesia de Almofala, extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Escarigo, formar a  União das Freguesias de Almofala e Escarigo da qual é a sede.



Almofala situa-se na raia do país, tendo o rio Águeda a separar a antiga freguesia do país vizinho. 
Desconhece-se a origem do povoamento humano desta região, mas sabe-se ser bastante remoto. Existem vestígios  dum castro Celta em Santo André e esculturas Zoomórficas (Berrões). Vários historiadores defendem a hipótese de poder ter sido a capital dos Cobelci, uma antiga tribo Lusa, que tendo origem pré-romana, foi romanizada.
Da colonização  romana ficou a marca na torre e na Ara votiva que nos fala da CIVITAS COBELCORUM.
A primeira referência escrita de Almofala surgiu em 1217.
Devido à sua localização fronteiriça, vezes foi porta de entrada de povos invasores.
Em Outubro de 1642, a região foi bastante destruída pelos espanhóis, ficando as aldeias de Torre dos Frades e Colmenar, completamente destruídas. 
Um cruzeiro recorda, a todos que por ele passam, este triste acontecimento.
O topónimo Almofala tem origem árabe, derivando do termo ALMOHALA que significa “acampamento”.


O orago desta localidade é S. Pedro e a freguesia foi abadia da apresentação do ordinário, no termo da vila de Castelo Rodrigo. Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel.
A sua igreja medieval e barroca foi construída no século XIV e reedificada no século XVIII, apresentando-se muito descaracterizada. 
Tem planta longitudinal composta por uma nave de quatro tramos e capela-mor. Tem ainda sacristia e torre sineira adossadas. 

Além da igreja matriz existem, nesta localidade, mais outros templos: 

 - Capela de Santo André



Este templo terá sido construído no século XVII,  no local onde terá existido um templo romano. Desse período ainda   existe a porta em ogiva. Foi reconstruída em 1909.
O templo actual, de  planta rectangular, tem no seu interior uma só nave, com coro alto e dois altares colaterais de talha policromada. No retábulo-mor estão colocados dois painéis pintados, com as representações do Calvário e da Sagrada Eucaristia.
O adro é limitado por um muro com uma porta ladeada por dois berrões proto-históricos.

- Capela de Santa Marta



- Capela de São Sebastião



Existe outro património de interesse em Almofala.

- O Castro



No  lugar de Santo André, anexo à povoação de Almofala, foi localizado um castro Celta, destacando-se ainda hoje as esculturas Zoomórficas (Berrões) a atestar a presença de Vetões.
Estas esculturas  representam  um touro e de um porco com características da época proto-histórica, um dos raros conjuntos destas estátuas que se podem encontrar na região fronteiriça a sul do Douro.

- Torre de Almofala


A Torre de Almofala, também conhecida por  Torre das Águias, Torre dos Frades, Casarão da Torre, Torre de Aguiar, ou numa designação mais antiga, Turris Aquilaris foi construída como templo na época da ocupação romana. Fazia parte duma cidade romana cujos vestígios foram descobertos por escavações feitas nesta zona.
No século X, os monges de Aguiar, a quem o rei de Leão doara a região, adaptaram o templo   a torre de vigia.
Durante muitos anos votada ao abandono, esta torre classificada como monumento nacional, tem estado a ser alvo de obras de requalificação, para futuramente se tornar no  Centro Interpretativo da Torre de  Almofala.

- Cruzeiro Roquilho


Este monumento, também conhecido por Cruzeiro de Almofala ou  Cruzeiro do Divino Manso, data do séc. XVI e tem  tipologia manuelina. Fica localizado em Almofala,  num dos caminhos de  Santiago. 




Obrigada pela sua presença. Volte sempre!




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