Depois da visita às Luadas, vamos prosseguir a nossa visita à freguesia da Benfeita.
Bem pertinho da última aldeia que visitámos, existe uma outra bastante bonita mas, também ela quase deserta durante a maior parte do ano, o Pai das Donas.
Bem pertinho da última aldeia que visitámos, existe uma outra bastante bonita mas, também ela quase deserta durante a maior parte do ano, o Pai das Donas.
Como todas as outras povoações da serra do Açor, possui ainda algumas casas em xisto, muitas delas já em ruínas, várias fontes e um lavadouro público.
A sua capelinha é dedicada a Nossa Senhora dos Remédios que ganha vida em dias de festa, altura em que os naturais do Pai das Donas dispersos pelo país, regressam à aldeia para gozarem as suas férias.
A sua capelinha é dedicada a Nossa Senhora dos Remédios que ganha vida em dias de festa, altura em que os naturais do Pai das Donas dispersos pelo país, regressam à aldeia para gozarem as suas férias.
(Foto da Net)
São muito populares dois acordeonistas, naturais desta aldeia, o Sr. Brasílio e o filho. Fizeram já parte de vários conjuntos e ranchos folclóricos da região e abrilhantaram muitas festas regionais mas, foi ao entrarem no filme "Meu Querido Mês de Agosto", que tiveram maior projeção.
- Há muitos anos atrás, oSr. Brasílio interagindo
numa arruada com habitantes da minha aldeia -
O nome desta aldeia está ligado a uma estória contada pelos mais antigos e que passou de geração em geração. Lenda ou realidade, é a seguinte extraída do site: http:// www.aldeiasdememoria.com/
“As ”Donas" de Pai das Donas"
Havia noutro tempo - claro, não é da minha lembrança, nem nada parecido - os “Cavaleiros” no Sardal, o “Lavrador” da Deguimbra e as “Donas” de Pai das Donas, porque lá só viviam duas senhoras solteiras e que eram as senhoras donas, que, noutro tempo, ninguém tinha dom. Hoje tudo tem dom. Mas noutro tempo só tinha dom aonde eu pertencia. Então, elas eram umas senhoras...donas de Pai das Donas. Só viviam elas lá. Iam à missa a Côja. Há ali uma igreja no Senhor da Ribeira. Então, o padre, quando ia para dizer a missa, para se pôr o altar, perguntava:
- “Estão os ”Cavaleiros“ do Enxudro? O ”Lavrador“ da Deguimbra? E as ”Donas“ de Pai das Donas? Já não vou para o altar!”
Ele não ia dizer a missa enquanto não estivessem. Sem elas lá estarem o padre não dizia a missa.
Havia noutro tempo - claro, não é da minha lembrança, nem nada parecido - os “Cavaleiros” no Sardal, o “Lavrador” da Deguimbra e as “Donas” de Pai das Donas, porque lá só viviam duas senhoras solteiras e que eram as senhoras donas, que, noutro tempo, ninguém tinha dom. Hoje tudo tem dom. Mas noutro tempo só tinha dom aonde eu pertencia. Então, elas eram umas senhoras...donas de Pai das Donas. Só viviam elas lá. Iam à missa a Côja. Há ali uma igreja no Senhor da Ribeira. Então, o padre, quando ia para dizer a missa, para se pôr o altar, perguntava:
- “Estão os ”Cavaleiros“ do Enxudro? O ”Lavrador“ da Deguimbra? E as ”Donas“ de Pai das Donas? Já não vou para o altar!”
Ele não ia dizer a missa enquanto não estivessem. Sem elas lá estarem o padre não dizia a missa.
Agora vou deixar o Pai das Donas e vou seguir para a minha aldeia, onde passarei os próximos dias. Voltarei em breve para continuar a mostrar as aldeias e paisagens da freguesia da Benfeita.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
2 comentários:
Oi Lourdes
Belo post, belas imagens...Bjos
Minha amiga passei para desejar um excelente fim de semana.
Beijinhos
Maria
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