Todo ser humano vive experiências. Mas alguns não percebem .
(Curt Goetz )
Já várias vezes me referi à alimentação tradicional das populações das aldeias da serra do Açor, onde a carne do porco, que criavam ao longo do ano, servia de "conduto" aos legumes e hortaliças que os campos produziam.
Em meados do século passado, a maior parte das aldeias da freguesia de Pomares, não tinham estrada nem energia electrica, por isso, só no dia da feira de Pomares ou de Avô, a maior parte dos habitantes daquelas povoações comia peixe fresco, normalmente sardinhas. Por vezes, os carapaus ou o chicharro faziam as delícias das pessoas daquelas aldeias.
Ocasionalmente, também aparecia na aldeia a sardinheira. Normalmente, era uma senhora natural de Pomares que recebia as caixas de peixe e seguia a pé, percorrendo as aldeias da serra levando, aos seus habitantes, a possibilidade de variar a ementa diária.
Em meados do século passado, a maior parte das aldeias da freguesia de Pomares, não tinham estrada nem energia electrica, por isso, só no dia da feira de Pomares ou de Avô, a maior parte dos habitantes daquelas povoações comia peixe fresco, normalmente sardinhas. Por vezes, os carapaus ou o chicharro faziam as delícias das pessoas daquelas aldeias.
Ocasionalmente, também aparecia na aldeia a sardinheira. Normalmente, era uma senhora natural de Pomares que recebia as caixas de peixe e seguia a pé, percorrendo as aldeias da serra levando, aos seus habitantes, a possibilidade de variar a ementa diária.
- A sardinheira na Sorgaçosa -
(Foto: Helena Afonso)
Mais tarde, com a chegada das estradas às povoações, o sardinheiro (peixeiro), que levava o peixe para Pomares, passou a levá-lo também a algumas aldeias da serra, tornando-o mais vulgar na alimentação dos seus habitantes.
Nos primeiros tempos, as caixas transportavam a sardinha, que se conservava em boas condições, coberta de sal e, mais tarde, cobertas de gelo.
- O peixeiro no sobral Magro -
Com a chegada da energia eléctrica o peixe congelado passou também a fazer parte da alimentação da população.
Actualmente, o peixeiro leva uma grande variedade de peixe a todas as povoações da serra, pelo menos um dia por semana, fazendo-o agora em carros frigoríficos.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
5 comentários:
Boa note Lourdes,
é a evolução, de repente tudo se transformou tão depressa.
Aqui onde vivo ainda há 2 ou 3 peixeiras que vendem o peixe pelas portas em carros puxados pela mão, claro que isso é ilegal, mas arriscam para ganhar mais algum. O peixe vem coberto de gelo e é o resto que não conseguiram vender de manhã na banca do mercado.
Beijinhos,
Ana Martins
Ola amada amiga.
desculpe o atraso, mas ando muito ocupada. sem tempo..Trabalhando muito.
Aproveito este momento para ...
Retribuir o seu carinho.Deixo um convite para vc. se aceitar é só deixar o seu endereço para ser linkado por mim depois.
A Interação de amigos está comemorando 01 ano de vida. Tem uma coletiva. se aderir a ideia, basta passar por,lá.
http://sandrarandrade7.blogspot.com
Carinhosamente.
sandra
Mesmo nas grandes cidades, Lourdes, as formas de comércio eram semelhantes, pois apesar de existirem lojas, era comum os ambulantes passarem vendendo seus produtos de casa em casa.
Na minha infância (anos 50), encontrávamos os que vendiam vassouras, fígado e miúdos, leite, pão.
Nos tempos antigos, tudo era mais difícil, portanto mais valorizado.
Gostei da história e das fotos !
Beijo
Também minha querida Mãe era sardinheira muitas vezes saia do Goulinho-Barroja-Vale do Torno-Porto Silvado-Gramaça chegava á noite ao Goulinho e sem fome porque por essas terras sempre Havia uma malga se soupa para dar á Maria do Goulinho (a Maria sardinheira) se alguem ainda desse tempo ler este comentário fica aqui em nome da minha santa Mãe o meu obrigado a toda essa boa gente.
António Assunção
Voz do Goulinho
Ana
Aqui também ainda passa uma carrinha frigorífica vendendo de porta em porta.
Beijinhos
Sandra
Não sei se vou conseguir participar na colectiva, pois já não participei na blogagem do " Aldeia da Minha Vida" por andar com muito trabalho, mas vou passar para as devidas felicitações.
Beijinhos
Flora
Ainda bem que gostou. Eu gosto de escrever sobre a evolução do modo de vida das povoações serranas. É uma forma de valorizar mais aquilo que temos no presente.
Beijinhos
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