Porque é fim de semana, vamos continuar a descobrir localidades portuguesas do
concelho de Almeida, indo para a União das Freguesias de Amoreira, Parada e
Cabreira.
Vamos
então conhecer cada uma das antigas freguesias unidas pela Reforma
Administrativa Nacional de 2013.
Amoreira
Foi
uma freguesia constituída por duas povoações - a sede de freguesia e a anexa de
Monte da Velha.
O
lugar foi concedido ao Mestre Vicente, pessoa rica e de grande influência, que
viveu numa das épocas mais conturbadas do reinado de S. Sancho II. Na verdade,
a dita concessão não foi mais que uma extorsão ao concelho de Castelo Mendo,
encoberta pela aparência de uma cessão amigável pelo concelho, com agrado do
soberano ao famoso chanceler, já eleito bispo da Guarda.
No
campo eclesiástico, a paróquia de Santa Maria de Amoreira, foi uma abadia da apresentação alternada do
Papa e do cabido da Sé de Viseu.
Situada
próxima da Ribeira das Cabras, ocupa o mesmo território que em tempos se
designou Moreira de Castelo Mendo, que fazia parte da vila de Castelo Mendo,
concelho a que pertenceu até 24 de Outubro de 1855, passando para o de Sabugal
onde se manteve até 7 de Dezembro de 1870, data em que foi anexada ao concelho
de Almeida.
O
topónimo “Amoreira” é um dos derivados do étimo “amora”, fruto silvestre; neste
caso e por documentos antigos se comprova que esta localidade tinha
primitivamente o nome de Moreira, que por um fenómeno de aglutinação “a
Moreira” deu origem a Amoreira.
O orago da Amoreira é a Imaculada Conceição
A
sua igreja data de 1614 e foi construída sobre um templo medieval que já
existia. É composta por nave, torre campanário, duas sacristias e torre
sineira.
No interior destaca-se o mobiliário litúrgico de tipo maneirista e
neogótico, bem como os retábulos da capela-mor, igualmente maneiristas.
Destaque também para as pinturas do Arco Triunfal e da capela-mor.
Para além da Igreja Matriz, existe na localidade outro património digno de interesse:
- Calvário datado dos séculos XIX / XX;
- Calvário datado dos séculos XIX / XX;
-
Fonte Grande – séc. XVIII / XIX;
-
Cruzeiro – Do séc. XX (Neomanuelino);
-
Sepulturas Antropomórficas cavadas na rocha junto do sítio da Eira (Medieval).
Situada
num dos extremos do concelho, a uma altitude média de 800 metros, esta antiga
freguesia tem uma origem que, provavelmente, recua à ocupação romana. O seu topónimo também se pensa estar relacionado com essa época. “Parada” seria o local onde as
caravanas dos romanos faziam “parada”. Na vizinha aldeia da Miuzela,
passava a via romana que, junto ao Côa, se dividia
em dois ramos: o da ponte de Sequeiros e o do Jardo. O caminho mais
utilizado seria o caminho do Jardo por Pailobo, Parada, Pousada e Póvoa do
Mileu com destino a Lamego ou Conímbriga. O caminho de Sequeiros conduzia
também a Parada, onde os romanos procediam à tal “parada”, para de seguida se restabelecerem nalguma Pousada.
Um achado importante foi uma tampa de sepultura onde se vê uma inscrição funerária em
latim que traduzida diz: “Aqui jaz Talabo, filho de Cenão”.
Parada passou por momentos conturbados na época das invasões francesas. O terror, saques, e violências que as tropas napoleónicas realizaram em Portugal, também chegaram a Parada, sendo o pior período durante a 3.ª invasão. Aproximadamente a 10 km da povoação, na margem esquerda do Côa,
encontravam-se acampados os soldados de Napoleão.
Desta freguesia fazia também parte a povoação de Pailobo.
O orago de Parada é São Domingos e a sua igreja é uma construção barroca de finais do séc. XVIII / XIX, com campanário de período anterior.
Existem ainda outros locais de culto na povoação, dos quais destaco:
- Capela de Santo Amaro
Outro património digno de registo:
- Cruzeiros
- Casa
abastada do Adro da Igreja – finais do Séc. XVIII
Cabreira
Situada
no extremo oeste do concelho, numa encosta da margem direita da Ribeira das
Cabras, esta povoação deverá ter a sua origem num castro ou na época da ocupação
romana.
A paróquia da Cabreira é posterior à Idade
Média, pois nos séc. XIII e XIV, estava incluída
na de Santa Maria de Castelo Mendo.
Povoação
e freguesia de Santa Maria Madalena de Cabreira, pertenceu
ao concelho de Castelo Mendo, extinto pelo decreto de 24 de Outubro de 1855,
passando a paróquia, após esta data, a integrar o concelho de Sabugal.
Foi anexado ao concelho de Almeida por decreto de 7 de Dezembro de 1870. A Paróquia transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, a partir de 30 de Setembro de 1881.
Foi anexado ao concelho de Almeida por decreto de 7 de Dezembro de 1870. A Paróquia transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, a partir de 30 de Setembro de 1881.
A este concelho de Castelo Mendo pertenceu Cabreira até à sua
extinção em 24 de Outubro de 1855, passando então para o de Sabugal até 7 de
Dezembro de 1870, data em que transitou, em definitivo, para o de Almeida.
O orago de Cabreira é Santa Maria Madalena.
A Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria Madalena, foi construído em 1611. Em 1840, foi aumentada e reconstruída , sendo hoje uma das mais belas e amplas do concelho.
Existem ainda outros locais de cariz religioso na povoação.
- Capela de Santa Bárbara
Existem ainda outros locais de cariz religioso na povoação.
- Capela de Santa Bárbara
- Cruzeiro
- Calvário
- Alminhas
Outro património interessante:
Ponte datada da época romana,
toda construída em pedra e rodeada de vegetação, junto da qual se forma uma
piscina natural.
Obrigada pela sua presença. Volte sempre.
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