Depois da destruição da célebre cidade
Argus, pelos muçulmanos, o local ficou abandonado e os
povos fixaram-se um pouco mais em baixo, na planície onde atualmente assenta a Vila de
Arganil.
Mas,a povoação era pequenina, apenas uma fortaleza no local a que atualmente chamamos de Paço.
Foto: Paulo Santos |
O Castelo era semelhante aos de Coja e Avô e as casas localizavam-se no chamado Rossio, pertencendo as suas terras à mitra de Coimbra, após doação por parte de D. Teresa. Em 1114, Arganil recebeu o primeiro foral dado pelo bispo D. Gonçalo, mas passou novamente, por escambo, para a posse da coroa.
Em 1175, as terras do termo de Arganil pertenciam já a uns fidalgos de apelido Uzbertes.
Com o passar dos anos, as lutas e perigos diminuiram e edificaram-se casas nos arrabaldes do
castelo.
No
século XIII-XIV o castelo foi remodelado e transformado em Paço pertencendo aos
senhores de Arganil, Dom Fernão Rodrigues Redondo
e sua Esposa Dona Marinha Afonso que, sem descendentes, abandonaram Arganil, fixando residência em Santarém. Por morte destes, as terras de Arganil passaram para a posse do rei D. Afonso IV.
Desabitado, o Paço foi caindo em ruínas e, na informação
paroquial de 1758, é afirmado que restam duas paredes com toda a sua
altura e o terreiro ou rossio era medido a varas de
craveira.
Nos finais do século XIX ainda existiam as ruínas e, satisfazendo o pedido dos habitantes da vila, a coroa cedeu o espaço para construir um cemitério. No entanto, este viria a ser construído perto da igreja
matriz. A Plataforma onde assentava parte do Paço foi destruída e rasgada para
abrir a rua do Paço, mais tarde rua 5 de outubro.
Recordando o passado , ainda hoje são usadas as designações de
Paço Grande e Paço Pequeno.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
Sem comentários:
Enviar um comentário