Durante muitos anos a travessia entre as duas margens do Tejo era feita exclusivamente por transportes fluviais.
Há muito que se sonhava com uma ponte que viesse ligar Lisboa e Almada e, a 5 de Novembro de 1962 iniciaram-se os trabalhos de construção, que viriam a terminar em 1966.
Assim, no dia 6 de Agosto de 1966, era inaugurada com pompa e circunstância, pelas mais altas individualidades portuguesas da época, aquela a que deram o nome de Ponte Salazar.
Inicialmente, veio possibilitar a ligação do trânsito rodoviário entre as duas margens do Tejo , apesar de ter sido projectada para a circulação simultânea de tráfego rodoviário e ferroviário.
Após a revolução do 25 de Abril
de 1974, a ponte foi rebaptizada,
passando a chamar-se Ponte 25 de Abril.
Esta obra veio a ter uma grande influência no desenvolvimento da margem sul, tornando-se exígua para as necessidades da travessia entre as duas margens, havendo necessidade de se proceder à elaboração do projecto para o tráfego ferroviário, que veio a ser inaugurado, a 30 de Julho de 1999.
No entanto, o aproveitamento total desta ponte não foi suficiente para suprir as necessidades e novas pontes começaram a ser idealizadas pelos nossos governantes. Após várias localizações, foi escolhida aquela que viria a ligar as duas margens entre Sacavém e Alcochete que possibilitaria a travessia de trânsito de pesados sem ter que atravessar Lisboa, aliviando a outra ponte frequentemente congestionada de tráfego.
A inauguração desta nova ponte baptizada por Ponte Vasco da Gama, deu-se no dia 29 de Março de 1998, após intensos trabalhos com grandes preocupações com o impacto ambiental devido à sua localização numa zona protegida (Parque Nacional do Estuário do Tejo).
Nessa mesma data foi servida, em cima da ponte, uma feijoada que entrou para o Guiness Book, como a maior feijoada do mundo.
Estas duas pontes passaram a fazer parte dos "cartões postais" da cidade de Lisboa, pela sua beleza e vista panorâmica que delas se podem desfrutar.
Foto: Correio da Manhã |
Ao fim de 16 anos da construção desta última ponte, os problemas de tráfego na travessia do Tejo não foram solucionados. Já se pensaram em várias outras pontes alternativas às existentes mas a crise financeira, que atravessamos, interrompeu os estudos que se estavam a fazer e, em hora de ponta a travessia entre as duas margens continua a ser um problema.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
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