Terminada que foi a vista a Casablanca, iniciámos a viagem pela costa marroquina que, ao longo dos tempos, foi alvo de invasões de vários países. Primeiro foram os fenícios, no século XVI os portugueses, mais tarde os espanhóis e no século XVIII foi povoada pelos árabes e judeus. Durante o século XX, os franceses também ocuparam o país e foram eles que mais marcas deixaram, mesmo após a sua partida. A principal foi a língua que ainda hoje é utilizada, a par do árabe e do berbere.
Se Casablanca dá uma ideia errada de Marrocos, sendo uma cidade com características mais europeias, é a caminho do Sul que temos a perceção do verdadeiro Marrocos e das suas tradições.
Pelo caminho, fizemos algumas paragens. A primeira tinha a ver com a passagem dos portugueses por terras marroquinas.
Al Jadida (Mazagão):
Esta cidade situada a poucos quilómetros de Casablanca, pertenceu ao reino de Portugal desde 1486 a 1769, mas,só em 1514 foi construída a fortaleza..
Se Casablanca dá uma ideia errada de Marrocos, sendo uma cidade com características mais europeias, é a caminho do Sul que temos a perceção do verdadeiro Marrocos e das suas tradições.
Pelo caminho, fizemos algumas paragens. A primeira tinha a ver com a passagem dos portugueses por terras marroquinas.
Al Jadida (Mazagão):
Esta cidade situada a poucos quilómetros de Casablanca, pertenceu ao reino de Portugal desde 1486 a 1769, mas,só em 1514 foi construída a fortaleza..
Quando abandonaram o local, alguns dos ocupantes portugueses foram para o Brasil e fundaram Nova Mazagão, que atualmente se chama também Mazagão.
Após a retirada dos portugueses, a cidade mudou de nome. Primeiro Al-Mahdouma (a
arruinada) e atualmente El Jadida (a Nova).
Nesta cidade que foi considerada Património Mundial pela Unesco em 2004, encontram-se alguns dos poucos vestígios conservados depois da partida dos portugueses: o castelo, as igrejas de Nª Sª da Piedade, de Nª Sª da Luz e
de Nossa Senhora da Assunção, antiga padroeira da vila e a Cisterna portuguesa de arquitetura manuelina, a única que visitámos.
Algumas das ruas ainda conservam os nomes em português, o que me faria sentir em casa, não fossem as imensas lojas de marroquinaria que as ladeavam.
Curiosamente, Al Jadida é geminada com Sintra, embora nada tenham a ver uma com a outra.
Prosseguimos a nossa viagem pela costa, onde nos apercebemos da principal atividade económica deste país predominatemente agrícola.
Os campos, que são cultivados mesmo até à beira - mar, fornecem os mais variados produtos necessários, não só à sua população, como ainda para a exportação. Pelos campos agrícolas, surge também outra atividade fundamental dos marroquinos, a criação de gado.
Numerosos rebanhos surgem frequentemente a pastar pelos campos, fornecendo a carne de vaca e de carneiro usada nos principais pratos tradicionais da gastronomia do país e os cavalos e burros que servem de meio de transporte e auxílio na vida do campo. Estas duas atividades fornecem também os produtos utilizados na indústria agro-alimentar.
Não sendo um país produtor de petróleo , tem que o importar da Arábia Saudita. No entanto, junto à costa, há refinarias onde se transforma o petróleo importado nos seus derivados, que são depois escoados no porto de Jorf Lasfer, o maior da costa atlântica, apenas utilizado com produtos relacionados com a indústria química.
Os campos, que são cultivados mesmo até à beira - mar, fornecem os mais variados produtos necessários, não só à sua população, como ainda para a exportação. Pelos campos agrícolas, surge também outra atividade fundamental dos marroquinos, a criação de gado.
Numerosos rebanhos surgem frequentemente a pastar pelos campos, fornecendo a carne de vaca e de carneiro usada nos principais pratos tradicionais da gastronomia do país e os cavalos e burros que servem de meio de transporte e auxílio na vida do campo. Estas duas atividades fornecem também os produtos utilizados na indústria agro-alimentar.
Não sendo um país produtor de petróleo , tem que o importar da Arábia Saudita. No entanto, junto à costa, há refinarias onde se transforma o petróleo importado nos seus derivados, que são depois escoados no porto de Jorf Lasfer, o maior da costa atlântica, apenas utilizado com produtos relacionados com a indústria química.
Intercalando com os campos agrícolas, surgem também muitas salinas marinhas que, juntamente com as minas de sal mineral, fazem de Marrocos um grande produtor de sal.
A povoação frequentada por marroquinos de classes mais abastadas e por muitos estrangeiros atraídos pela rara beleza deste local paradisíaco é também destino de férias da família real, tendo o palácio que os alberga, sido mandado construir por Mohammed V.
Esta lagoa é também uma reserva natural frequentada por flamingos e viveiros de ostras.
Após o almoço continuámos a nossa viagem, tendo sempre a acompanhar-nos o Atlântico e os campos agrícolas. De vez em quando, surgiam à beira da estrada, pequenos vilarejos típicos, onde se viam os berberes a trabalhar, a confraternizar ou simplesmente a descansar.
Chegados a Safi, outra cidade onde existem vestígios da presença de portugueses , o guia evitou a paragem programada para esta localidade. Não entendemos bem o porquê e, após uma breve contestação, acabámos por prosseguir a viagem, rumo ao nosso destino, vendo esta cidade apenas de passagem.
Chegados a Safi, outra cidade onde existem vestígios da presença de portugueses , o guia evitou a paragem programada para esta localidade. Não entendemos bem o porquê e, após uma breve contestação, acabámos por prosseguir a viagem, rumo ao nosso destino, vendo esta cidade apenas de passagem.
A partir de Safi, os campos de cultivo continuaram a ser a nossa companhia, mas a paisagem foi-se modificando. À medida que nos afastávamos da orla marítima, os terrenos iam tomando a cor avermelhada, as habitações ganhavam a cor ocre, mais parecida com o tom do solo e a cordilheira do Atlas, cada vez mais próxima, tornava a paisagem ainda mais distinta das planícies da zona costeira.
E eis que chegámos ao nosso destino: Marraquexe, a cidade apelidada de "cidade ocre", "pérola do Sul" ou "porta do Sul", sobre a qual escreverei no próximo "post".
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
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