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quinta-feira, 27 de março de 2014

Marrocos: Marraquexe

Há muito que gostava de visitar Marraquexe. Por tudo o que lera e me tinham contado, era deste passeio, o dia da visita mais desejada. O azar começara na véspera à saía de   Oualidia, quando deixei cair a máquina fotogáfica. 
A partir daí, foi o telemóvel que me permitiu obter algumas imagens desta zona do país e os fotógrafos locais, que andavam sempre atrás de nós, de máquina em riste. 


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Ao acordar, o azar continuou pois chovia e, nem através da janela do autocarro pude fotografar os locais mais bonitos desta cidade, uma das mais antigas da região.
Assim, começamos as visitas.
 Mesquita Koutoubia:

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Já entregues ao novo guia, dirigimo-nos para a Koutoubia, a maior mesquita da cidade, construída no século XII pela dinastia dos Almoravides.
Dali, saímos debaixo de chuva e dirigimo-nos ao jardim onde, numa espécie de coreto, ouvimos uma demorada explicação sobre este monumento.

Palácio Bahía:
 Marrakech, Palácio do Sultão, Bahia palácio, harém


Seguimos para  a visita ao palácio da Bahía, que apesar de não ser muito antigo, pois a sua construção data dos finais do século XIX, para residência do Vizir Ibn Moussa, é um local onde podemos apreciar uma das mais espetaculares mostras da arte marroquina. São magníficos os seus mosaicos, estuques e madeiras  de  cedro finamente esculpidas e é  formado por vários pátios, salões  e jardins interiores, uma mesquita, áreas de residência das várias mulheres e concubinas e salas de receção . Na época da sua construção era o monumento mais luxuoso do país, sendo a sua arquitectura uma mistura dos estilos árabe e andaluz.

Farmácia:


Saíndo do palácio, o guia levou-nos para uma” farmácia”, onde fomos literalmente sujeitos a uma venda de “banha da cobra”. A profusão de cheiros numa sala totalmente fechada e  o barulho fez-me sentir claustrofóbica. Só quando saí dali para fora me senti  melhor apesar da chuva que teimava em cair.




Túmulos dos Saadi:

Dali seguimos para os túmulos da dinastia Saadi.

Esta foi a dinastia que  governou o país na época das incursões dos portugueses e foi um deles que derrotou os portugueses na batalha de Alcácer Quibir.  Mais uma vez a informação foi bastante demorada  e desconfortável por estarmos ao ar livre e debaixo de chuva.

Nessa época Marraquexe era a capital do país.



Almoço no Dar Essalam:

A manhã estava a chegar ao fim e o estômago pedia algo mais reconfortante. Percorremos  as ruas da medina em direcção ao restaurante Dar Essalem, instalado num antigo riad com salões de arquitectura tradicional que foi escolhido por Alfred Hitchcock para ali gravar o flme “O homem que sabia demais”.  A refeição foi constituída por comida típica marroquina bastante agradável onde, para mim, o melhor foi o café no final da refeição, o único em condições que nos serviram até ao momento.

Após o almoço, dirigimo-nos a um outro local de visita obrigatória em  Marraquexe.


Jardins de Menara:

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O jardim é um local onde existem  plantadas milhares de oliveiras dum e doutro lado duma  grande  alameda que tem no seu topo um pequeno edifício e uma cisterna onde são acumuladas as águas canalizadas da cordilheira do Atlas, que serve para regar todo o olival.

Mercado Djemaa el Fna:

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Só no final do dia, os guias nos levaram ao mercado Djemaa el Fna, já com pouco tempo para explorar o local, uma vez que tínhamos agendado o jantar para o restaurante Chez Ali.
O Djemaa el-Fna é uma área aberta onde se pode encontrar de tudo, desde tatuadoras de henna, encantadores de serpentes, comes e bebes roupas e tudo que se possa imaginar.

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Poucas compras fizémos porque já as tínhamos feito  da parte da manhã e o tempo era escasso. Foi uma pena, pois foi nessa altura que milhares de pessoas se começaram a juntar no local, dando mais movimento à praça e o aspeto característico dos mercados do Magrebe, onde os preços são regateados e onde, por uma fotografia tem que se pagar alguns dirhams. De regresso ao hotel, preparámo-nos para   o jantar no Chez Ali, e a festa da pólvora.


Chez Ali:

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Este é  um dos mais conceituados restaurantes do mundo que nos que nos fez sentir no país das mil e uma noites.
À entrada, fomos recebidos por cavaleiros vestidos à moda berbere que se prontificaram para as fotografias sem termos que pagar nada, caso raro em Marraquexe. Muitas fotografias para mais tarde recordar, e lá seguimos para a tenda que nos estava destinada.

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Ao jantar, a ementa foi  rica e variada, constando dos pratos tradicionais não faltando no final, o típico chá de menta.
O grandioso espetáculo foi composto por, acrobatas, músicos e cavaleiros que  fizeram uma demonstração dos usos e costumes berberes, a que não faltou até um tapete voador.

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No final, todos os artistas envolvidos no espetáculo fizeram um grandioso desfile, que nos deixou completamente estarrecidos.

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Obrigada pela sua visita. Volte sempre.





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