Porque é fim de semana, a visita que recomendo é a vila sobre a qual tenho vindo a escrever nos últimos tempos.
No local onde os romanos fundaram uma importante cidade de que se desconhece o nome, surgiu mais tarde uma localidade a que deram o nome de Bobadela. D. Afonso III deu-lhe foral em 1256 e mais tarde D. Manuel I, concedeu-lhe foral novo em 1513. Foi sede de concelho com uma só freguesia até 1836, ano da reforma administrativa, passando então a integrar o concelho de Oliveira do Hospital.
Lado a lado com os vestígios da passagem dos romanos pela Bobadela convivem exemplares dignos de registo de outras épocas da história do nosso país.
Eis alguns exemplos:
A Igreja matriz, dedicada a Nª Sª da Graça é muito antiga mas foi restaurada no séc. XVIII, conservando apenas um altar do séc. XVI, que se encontra junto à entrada principal e que foi descoberto por detrás do altar-mor.
Na parte inferior da fachada da torre, é visível uma lápide com a palavra NEPTVNALE que poderá ter pertencido a um templo consagrado a Neptuno, deus das fontes e dos rios. Sobre a porta principal lê-se a inscrição "Esplendissime Civitati Ivla Modista Flamina".
O Pelourinho, é um exemplar manuelino do séc. XVI e encontra-se em frente à igreja ao lado do arco romano.
O Cruzeiro localizado também no adro da igreja matriz é mais recente, talvez do séc. XIX. Existem também, várias cruzes na povoação, de séculos anteriores, que se pensa terem feito parte duma via sacra.
A Casa do Adro é uma casa solarenga do séc. XVII que foi construída sobre as fundações dum templo pagão, localizada na parte lateral do adro da igreja, junto às ruínas romanas. Foi adaptada ao turismo de habitação, mantendo vestígios do templo em algumas das suas divisões.
Museu Municipal António Simões Saraiva, funciona na casa dos Godinhos, uma antiga casa senhorial, remodelada no início do séc. XIX e foi propriedade da Família Freire de Andrade.
Obrigada pela sua
visita. Volte
sempre.
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