Porque é fim de semana, vamos partir à descoberta das freguesias do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, indo para a União de Fregueias de Algodres, Vale de Afonsinho e Vilar de Amargo, resultante da reforma Administrativa de 2013 que uniu três antigas freguesias do concelho.
São desconhecidas as origens de Algodres, embora alguns historiadores defendam que a região foi habitada entre 800 A. C. e o século I A. C., portanto até à ocupação romana da Península Ibérica. A prova disto foi a descoberta de vestígios dum castro, no alto do monte de Santa Bárbara, que terá sido depois ocupado e destruído pelos romanos, como o atestam moedas e tegulae também ali encontrados.
Mais tarde, a região foi também ocupada pelos árabes como o testemunha a sepultura antropomórfica da Cova da Moura. Pensa-se que também eles podem ter dado o nome à povoação.
Após a reconquista cristã, Algodres foi paróquia da diocese de Ciudad Rodrigo, pertencendo ao reino de Leão, até 1297, data em que, pelo Tratado de Alcanizes, passou para a soberania portuguesa.
No Convento de Santa Maria de Aguiar, aparece referência à existência desta freguesia nos anos de 1385, 1400 e 1446, pertencendo ao termo da vila de Castelo Rodrigo.
Em 1840 passou a integrar o concelho de Almendra, até este ser extinto em 24 de Outubro de 1855. A partir de então, a freguesia passou para o município de Figueira de Castelo Rodrigo.
Em 2013, a freguesia foi extinta, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Vale de Afonsinho e Vilar de Amargo, formar a União das Freguesias de Algodres, Vale de Afonsinho e Vilar de Amargo da qual é a sede.
Em 2013, a freguesia foi extinta, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Vale de Afonsinho e Vilar de Amargo, formar a União das Freguesias de Algodres, Vale de Afonsinho e Vilar de Amargo da qual é a sede.
O orago de Algodres é Nossa Senhora da Alagoa.
Do património da povoação destaco:
- A Igreja matriz de Algodres,também conhecida por Igreja de Santa Maria Maior, Igreja Paroquial de Algodres ou Igreja de Nossa Senhora da Alagoa
Este templo datará do século XIV, com arquitectura romano-gótica e modificada nos séculos XVII e XVIII.
A fachada principal é encimada por um campanário com duas sineiras, rematado por três pináculos. À esquerda, destaca-se a torre, acrescentada em 1777.
No centro da fachada, um portal de volta perfeita dá acesso ao interior do templo.
Ali existem vários arcos, destacando-se o arco triunfal, com três arquivoltas. Na capela-mor, o retábulo de talha dourada é de traçado maneirista, com telas representando santos, e a cobertura de caixotões, com motivos geométricos.
- Capela de Santa Barbara
Construída em 1877, no alto do monte, a 554 metros de altitude.
Esta capela tem a curiosidade de ter um marco geodésico no local onde devia existir um sino.
Esta capela tem a curiosidade de ter um marco geodésico no local onde devia existir um sino.
- Capela de São Sebastião
Nesta Capela pode-se admirar a imagem de Cristo, em estilo barroco, esculpida numa cruz de pedra.
- Capela de Santo António
Também conhecida por capela de Santa Cruz, é um exemplo do românico puro, mas que obras posteriores alteraram a sua arquitectura. Tem planta longitudinal com nave única onde se destaca um primitivo frontal de altar em madeira pintada.
- Fonte do Cabeço
Datada possivelmente no século XIV, encontra-se situada num dos extremos da povoação.
Tem planta rectangular e encontra-se abaixo do nível do solo, sendo coberta por uma estrutura de lajes.
Sobre o arco de volta perfeita, que dá acesso ao interior sobressai o escudo real invertido. Dizem os antigos que esta disposição se deve a um castigo de D. João I , pelo facto de não lhe ter sido permitida a entrada na povoação, aquando da sua passagem a caminho de Chaves.
Fonte e Imagens da Net
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