Powered By Blogger

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Porque É Fim de Semana: Castelo Rodrigo

Porque é fim de semana, vamos partir à descoberta das freguesias do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, indo para Castelo Rodrigo.



A aldeia histórica de Castelo Rodrigo fica situada numa elevação da serra da Marofa.
A origem da ocupação humana é bastante remota como comprova  a gravura  rupestre de Vale de Afonsinho, que representa um motivo zoomórfico do estilo Magdalense.
O território da região foi ocupado sucessivamente pelos túrdulos, romanos e mouros. No século XI estava   integrado no Reino de Leão e Afonso IX concedeu-lhe foral e a categoria de vila e concelho.
A povoação chamava-se  Castelo Rodrigo, em homenagem ao alcaide D. Rodrigo, que defendeu a fortaleza em 1296.
Em 1297, a vila foi integrada no reino de Portugal após o tratado de Alcanizes. O  rei D. Dinis, confirmou o Foral do concelho, mandou reconstruir Castelo Rodrigo e reforçar as suas muralhas pois a sua situação privilegiada,  junto à fronteira com o país vizinho, transformavam-no num importante local de defesa da Beira.



Em 1373, D. Fernando  concedeu-lhe Carta de Feira.
Como todas as povoações situadas na região fronteiriça, sofreu bastante com as diversas invasões de que o país foi alvo, ao longo da sua existência. Durante as guerras da Independência, ficou  bastante danificada e praticamente despovoada. 
D. Manuel I, mandou reconstruir o castelo e  concedeu-lhe novo foral elevando-a a sede de concelho.
As guerras da Restauração proporcionaram a Castelo Rodrigo integrar-se num dos ciclos gloriosos da história de Portugal, através do exemplo de coragem dado pela população, no cerco feito à vila no ano de 1664, pelo numeroso exército do Duque de Ossuna.
7 de Julho, feriado municipal, marca a data em que as tropas comandadas por Pedro Jacques de Magalhães, venceram na Salgadela (batalha de Castelo Rodrigo) o invasor espanhol.


Situada numa zona elevada, envolta pelas muralhas do castelo, a vila estagnou e começou a perder importância. Ao mesmo tempo, na planície envolvente,  a freguesia de Figueira crescia e ganhava evidência. 
Em 25 de Junho de 1836,  Figueira recebeu o  foral que a elevou avila e sede de concelho, substituindo  Castelo Rodrigo que passou a freguesia e passando a chamar-se Figueira de Castelo Rodrigo.
Actualmente,  Castelo Rodrigo mantém a característica traça medieval, rodeada por imponentes muralhas que recordam a sua  história.


O orago de Castelo Rodrigo é N.ª Sr.ª de Rocamador.
A igreja matriz foi fundada no séc. XIII, pelos frades hospitaleiros, para o apoio dos peregrinos a Compostela. Foi restaurada no final dos anos 90 no âmbito do programa Aldeias Históricas de Portugal.

- Mosteiro de Santa Maria de Aguiar



A Igreja e Convento de Santa Maria de Aguiar terá sido edificado no Século XII pelos beneditinos transitando, posteriormente para a Ordem de Cister. Neste templo predominam os estilos romântico e gótico. Tem planta em cruz latina, três naves e transepto saliente, cabeceira escalonada e duas absidíolas de planta rectangular.
- Cintura muralhada;
Castelo Rodrigo conserva ainda o plano medieval de praça circular com cintura de muralhas, as quais teriam sido, inicialmente construídas pelos romanos, quando ali teriam edificado um grande forte.

- Pelourinho 



Símbolo do poder municipal, o pelourinho tem arquitectura manuelina e foi provavelmente construído no século XVI.
É constituído por cinco degraus, um fuste octogonal com base quadrangular e, no cimo, uma pinha do tipo de gaiola.
Foi classificado como monumento nacional.  


Poço-cisterna



Esta cisterna apresenta duas estruturas arquitectónicas diferentes, visíveis no plano mural e nas duas portas, uma em arco quebrado, ao estilo gótico e outra com o arco em ferradura, que terá supostamente sido construída no século XIII e poderá ter pertencido à cisterna existente na sinagoga judaica.
- Ruínas do palácio Cristóvão de Moura



O palácio foi residência oficial de Cristóvão de Moura,  representante do rei de Espanha e
foi destruído pela população, após a proclamação da independência.

- Janelas manuelinas


 

Alguns edifícios de fachada quinhentista possuem ainda hoje, bonitas janelas manuelinas de avental, com molduras e rematadas em arco canopial, que atestam a importância desta povoação do século XVII.



Obrigada pela sua presença. Volte sempre!




Sem comentários: