A um Crucifixo
Há mil anos, bom Cristo, ergueste os magros braços
E clamaste da cruz: há Deus! e olhaste, ó crente,
O horizonte futuro e viste, em tua mente,
Um alvor ideal banhar esses espaços!
Por que morreu sem eco, o eco de teus passos,
E de tua palavra (ó Verbo!) o som fremente?
Morreste... ah! dorme em paz! não volvas, que descrente
Arrojaras de novo à campa os membros lassos...
Agora, como então, na mesma terra erma,
A mesma humanidade é sempre a mesma enferma,
Sob o mesmo ermo céu, frio como um sudário...
E agora, como então, viras o mundo exangue,
E ouvirás perguntar — de que serviu o sangue
Com que regaste, ó Cristo, as urzes do Calvário? —
Antero de Quental
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
4 comentários:
Simplesmente maravilhoso Lourdes!
Beijinhos,
Ana Martins
E agora, como então, viras o mundo exangue, E ouvirás perguntar — de que serviu o sangue Com que regaste, ó Cristo, as urzes do Calvário? —
Sempre belos estes versos de Antero de Quental
Se não se acredita em Cristo e no Seu amor todo o seu sacrifício foi em vão.
Depois da manhã escrevo algumas palavras sobre a pastelaria bijou do calhariz
M.LOURDES
Vim trazer...
Os livros são algo bem presente e forte.
Muito computador.
Muita tecnologia...
Mas os livros...
O virar a folha,
o beber as letras
São para sempre
Um beijo
OS LIVROS
Livros
Muitos livros
De várias lombadas
Largos
E finos
Mas todos eles
Meus amigos...
Que me acompanham...
Que me transportam
A todo o lado.
E que me fazem companhia...
E quando me sento
No meu canto
Pego no livro que quero...
Pego na historia mais linda
E leio...
E transporto-me...
Também... para lá...
LILI LARANJO
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