Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro.
(Autor Desconhecido)
No Dia Mundial da Poesia e da Floresta, o meu post tem que ser dedicado a estes dois temas. Desta vez, a poesia é da autoria de Florbela Espanca.
Árvores do Alentejo
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
--- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
Florbela Espanca
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
3 comentários:
Minha querida amiga,
Não podias ter escolhido melhor !
Parabéns!
Amo Florbela Espanca e este poema tem tudo a ver com a Floresta.
É um dois em um perfeito.
Beijinhos
Ná
Bom dia, minha amiga
E quem melhor que Florbela Espanca para simbolizar a poesia, para lembrar que existe um dia mundial dedicado a ela?
Lindo poema.
Beijos
Olá Lourdes, amiga!
Passa lá pelos Rau que tens prendas.
Espero que gostes.
Beijinhos
Ná
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