Do mesmo modo que no início da primavera todas as folhas têm a mesma cor e quase a mesma forma, nós também, na nossa tenra infância, somos todos semelhantes e, portanto, perfeitamente harmonizados.
(Arthur Schopenhauer)
Finalmente o fim de semana está agradável e convidativo para se ir para o jardim.
Com a Leonor cá em casa, aproveitámos o lindo Sábado para ela brincar ao ar livre enquanto eu tratava das plantinhas tão mal tratadas que foram pela intempérie.
As fotos seguintes dão uma imagem da Primavera que está a chegar em toda a sua plenitude à minha casa e ao ambiente que a rodeia. E, como a Primavera é uma fonte de inspiração para os poetas, fica também um lindo soneto de Olavo Bilac.
Primavera
Ah! quem nos dera que isto, como outrora,
Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudéssemos agora
Ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os pássaros e a aurora.
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço.
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera... E eu te levava,
Nascia a primavera... E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!
Olavo Bilac, in "Poesias"
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