A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás;mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.
(Soren Kierkegaard)
Saímos de Castelo de Vide e decidimos, por unanimidade, ir pernoitar em Monsaraz. Todos nós tínhamos vontade de visitar aquela povoação e lá seguimos, Alentejo fora, deixando para trás a serra de S. Mamede.
Chegámos era já escuro e a visão da povoação, rodeada pelas muralhas do castelo iluminadas, deram-nos a sensação de termos recuado no tempo e de nos encontrarmos em plena Idade Média. Não havia archotes mas o estilo de iluminação dava-nos essa sensação.
Tal como as vilas de Marvão e Castelo de Vide, Monsaraz fica localizada a poucos quilómetros da fronteira, no alto duma colina e o seu castelo foi também palco de muitas lutas entre os povos invasores.
Logo de manhã, com o tempo um pouco enfarruscado, a visita à vila impunha-se, pois podíamos ser atrapalhados pela chuva, a qualquer o momento. Percorremos as suas ruas e fomos descobrindo a razão pela qual, a vila de Monsaraz é conhecida como Imóvel de Interesse Público.
Esta vila, uma das mais antigas de Portugal conseguiu manter as suas características arquitectónicas ao longo dos tempos. Pudémos apreciar as suas casas seculares, feitas de xisto caiado e muito bem preservadas ladeando as estreitas ruelas da povoação, calcetadas com xisto.
Janelas e portas medievais eram uma constante nas casas mais antigas.
Janelas e portas medievais eram uma constante nas casas mais antigas.
No Largo D. Nuno Álvares, pudémos apreciar a Igreja Matriz, o Pelourinho, os Paços da Audiência , o Hospital e a Igreja da Misericórdia.
De vez em quando, avistávamos ao fundo de algumas ruelas, as várias portas abertas nas muralhas.
Subimos ao castelo. Tal como aconteceu nos dias anteriores, nos outros castelos raianos que visitámos, a paisagem que se espraiou aos nossos olhos, era de cortar a respiração.
Em frente a vila, para um dos lados o campo, para o outro uma vista fabulosa sobre o lago formado pela albufeira da barragem do Alqueva, que veio tornar a região ainda mais aprazível.
Descemos e aproveitámos ainda para entrar em algumas das muitas lojinhas de artesanato existentes na vila e comprarmos algumas lembranças tradicionais da região.
Com o tempo a escurecer cada vez mais, abandonámos a vila seguindo em direcção a Évora, fazendo já o percurso de regresso. Trouxémos connosco a sensação de que as três vilas históricas que visitámos dificilmente sairão do nosso pensamento.
1 comentário:
Conheci monsaraz num dia de inverno tal e qual como a d Lourdes,num dia de muito frio, e em serviço para a empresa de onde trabalhei,e num momento que fui a reguengos de monsaraz.vila também pacifica e com muita tranqualidade,assim como a bonita cidade de Évora e Beja.Bom Natal D. Lourdes.
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