Porque é fim de semana, vamos prosseguir na descoberta das localidades portuguesas do concelho de Almeida, indo para a freguesia de Vilar Formoso.
A povoação sede da freguesia, deve ter tido origem num local junto da Capela de Nossa Senhora da Paz, onde foram encontrados vestígios de construções antigas.
Esta localidade foi uma abadia da Mitra e do Papa, tendo o abade uma renda que rondava os 600 mil réis.
A freguesia e paróquia pertenceu ao termo da vila de Castelo Bom. Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel.
Ao longo dos tempos, a povoação foi-se desenvolvendo nas duas margens da ribeira de Tourões. A zona sul desenvolveu-se apenas a partir do século XIX, com a construção do caminho de ferro, que vai da Figueira da Foz até à fronteira.
A partir da década de 80, esta vila sofreu um elevado crescimento a todos os níveis, beneficiando do facto de se situar numa zona fronteiriça e o escudo ter desvalorizado face à peseta.
Devido à sua localização fronteiriça, Vilar Formoso foi alvo de várias lutas, cercos e destruições, de que se destacam as lutas durante a Guerra Peninsular. Em 1811, o local denominado Chão dos Mortos, foi palco da famosa batalha de Fuentes de Oñoro, entre Massena e o exército anglo-luso.
Foi em Vilar Formoso que Lorde Wellington estabeleceu o seu quartel general, centro das evoluções estratégicas de Riba-Côa.
O orago de Vilar Formoso é São João Baptista.
A sua igreja paroquial é anterior ao século XII, sendo obra dos Templários. No arrolamento de 1320, aparece citada e taxada (15 libras).
Nesta igreja destaca-se a capela-mor coberta por um tecto mudéjar bem conservado, policromo e de elegante ornato. Os altares são barrocos. Conserva ainda uma pia Batismal monolítica.
Do Património de Vilar Formoso destacam-se ainda:- Capela de Nossa Senhora da Paz
Tal como a igreja paroquial, este templo é da mesma época e também obra dos Templários.
Este bonito edifício é um bom exemplar da arquitectura do século passado, com admiráveis azulejos e uma velha locomotiva a vapor.
- Casa da Rua da Amoreirinha
Datada do século XVI de estilo Manuelino.
Datada do século XVI de estilo Manuelino.
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