Invocação à Noite
Ó deusa, que proteges dos amantes
O destro furto, o crime deleitoso,
Os importantes astros vigilantes:
Abafa com teu manto pavoroso
No seio de Ritália melindroso;
Quero adoçar meus lábios anelantes
Turbem d'amor os sôfregos instantes:
Estorva que os maus olhos do invejoso
Que nunca de teus braços se retire!
Tétis formosa, tal encanto inspire
Ao namorado Sol teu níveo rosto,
Até que eu desfaleça, até que expire
Tarda ao menos o carro à Noite oposto,
Nas ternas ânsias, no inefável gosto.
Obrigada pela sua presença. Volte sempre!
Sem comentários:
Enviar um comentário