O fim de semana chegou e com ele o nosso périplo pelas aldeias da serra do Açor.
Vamos deixar a freguesia do Piódão mas vamo-nos manter no concelho de Arganil.
Desta vez, dirigimo-nos a Coja que aguarda a nossa visita para depois continuarmos pelas aldeias da freguesia.
Já várias vezes escrevi sobre esta bonita vila. Hoje sirvo-me dum texto extraído da edição em CD "O Nosso País" uma edição de Caminhos Longínquos www.onossopaís.com
Vila de Coja
Historial
Coja, considerada a “ Princesa do Alva”, é uma freguesia do concelho de Arganil, de cuja sede dista cerca de 12 quilómetros. Coimbra, sua sede distrito, situa-se a, aproximadamente, sessenta e sete quilómetros de distância, os mesmos que a separam de Viseu. Tem uma altitude que vai de 165 a 757 metros e estende-se por uma superfície de 21,58 quilómetros quadrados. A sua á...rea, para além da sede de freguesia, é composta pelas povoações de Casal Mourão, Esculca, Machorro, Medas, Peitalva, Pisão de Coja, Salgueiral, Vale do Carro, Pai Espada e Travasso. Está limitada pelas freguesias de Barril de Alva, Vila Cova do Alva, Cerdeira, Benfeita, Folques, Secarias, Meda de Mouros e Pinheiro de Coja. A avaliar pelos vestígios arqueológicos encontrados nesta região, o território que compreende a actual freguesia de Coja foi habitado desde épocas ancestrais. De facto, são evidentes as marcas de uma longa ocupação romana, apesar da presença árabe também se fazer sentir.
Estes povos aqui se terão fixado em busca de metais, como o chumbo e o ouro de aluvião, e também devido à fertilidade dos terrenos. Mas, o facto de se estabelecerem nesta área levou a que tomassem posições de defesa ao longo do Rio Alva. O Castro Cogia e o Castelo de Coja, este último situado num pequeno morro entre o Rio Alva e a ribeira de Mata, são exemplos das fortificações que se ergueram na região. O Castelo data pelo menos da época da rainha D. Teresa, que o trocou, com D. Fernnado Peres de Trava, pelo Castelo de Santa Olaia e por Soure, conforme carta de 3 de Novembro de 1122.
Desta forma, o senhorio de Coja passou a pertencer àquele senhor que, ainda no mesmo ano, o doou à Sé de Coimbra, como se refere no Livro Preto da Sé de Coimbra. A partir desta data, os Bispos de Coimbra ficaram com o título de “ Senhores de Coja”.
No início do ano de 1123, mais concretamente a 25 de Janeiro, o conde D. Fernando Peres de Trava alargou os limites do Castelo de Coja, devido a uma troca feita com a Sé de Coimbra.
A 3 de Setembro de 1128, o Castelo de Coja recebeu a carta de couto, que lhe foi concedida por D. Afonso Henriques. Durante o século XIII, com as lutas travadas entre D. Sancho e o Conde de Bolonha, seu irmão, o Castelo foi destruído e a Vila fiou praticamente despovoada. Para contrariar esta situação, o Bispo D. Egas Fafes, como cabido, repovoou o local, concedendo-lhe o foral a 12 de Setembro de 1260. Crê-se que a restauração do castelo que em1335 estava já concluída, ficou a dever-se a D. Dinis.
Eclesiasticamente, a freguesia era vigararia da apresentação da mitra de Coimbra.
A 12 de Setembro de 1514, Coja recebeu foral manuelino, com Juiz de Fora, facto que lhe veio atestar uma certa prosperidade. O concelho de Coja ainda se manteve alguns anos, e em 1836 estendeu os seus limites, pois a área que pertencia ao município de Vila-Cova-Sub-Avô, com a sua extinção, passou a pertencer-lhe. Também a Freguesia de Espariz, que estava integrada no concelho de Tábua, passou para o de Coja, ao qual já havia pertencido, por Carta de Lei de 27 de Setembro de 1837. No entanto, por Decreto de 31 de Dezembro de 1853, o concelho de Coja perdeu a sua autonomia e foi anexado ao de Arganil. Ao que tudo indica, o topónimo Coja terá origem romana, significando “cidade do Pretor”, magistrado romano, certamente seu proprietário ou senhor. Tendo por princípio que Coja era realmente a terra do Pretor, seria então de enorme importância, como que a capital da região. Talvez por isso, o cargo de pretor manteve-se durante o domínio árabe, tomando o nome de Copje, o qual originou Coja.
Historial
Coja, considerada a “ Princesa do Alva”, é uma freguesia do concelho de Arganil, de cuja sede dista cerca de 12 quilómetros. Coimbra, sua sede distrito, situa-se a, aproximadamente, sessenta e sete quilómetros de distância, os mesmos que a separam de Viseu. Tem uma altitude que vai de 165 a 757 metros e estende-se por uma superfície de 21,58 quilómetros quadrados. A sua á...rea, para além da sede de freguesia, é composta pelas povoações de Casal Mourão, Esculca, Machorro, Medas, Peitalva, Pisão de Coja, Salgueiral, Vale do Carro, Pai Espada e Travasso. Está limitada pelas freguesias de Barril de Alva, Vila Cova do Alva, Cerdeira, Benfeita, Folques, Secarias, Meda de Mouros e Pinheiro de Coja. A avaliar pelos vestígios arqueológicos encontrados nesta região, o território que compreende a actual freguesia de Coja foi habitado desde épocas ancestrais. De facto, são evidentes as marcas de uma longa ocupação romana, apesar da presença árabe também se fazer sentir.
Estes povos aqui se terão fixado em busca de metais, como o chumbo e o ouro de aluvião, e também devido à fertilidade dos terrenos. Mas, o facto de se estabelecerem nesta área levou a que tomassem posições de defesa ao longo do Rio Alva. O Castro Cogia e o Castelo de Coja, este último situado num pequeno morro entre o Rio Alva e a ribeira de Mata, são exemplos das fortificações que se ergueram na região. O Castelo data pelo menos da época da rainha D. Teresa, que o trocou, com D. Fernnado Peres de Trava, pelo Castelo de Santa Olaia e por Soure, conforme carta de 3 de Novembro de 1122.
Desta forma, o senhorio de Coja passou a pertencer àquele senhor que, ainda no mesmo ano, o doou à Sé de Coimbra, como se refere no Livro Preto da Sé de Coimbra. A partir desta data, os Bispos de Coimbra ficaram com o título de “ Senhores de Coja”.
No início do ano de 1123, mais concretamente a 25 de Janeiro, o conde D. Fernando Peres de Trava alargou os limites do Castelo de Coja, devido a uma troca feita com a Sé de Coimbra.
A 3 de Setembro de 1128, o Castelo de Coja recebeu a carta de couto, que lhe foi concedida por D. Afonso Henriques. Durante o século XIII, com as lutas travadas entre D. Sancho e o Conde de Bolonha, seu irmão, o Castelo foi destruído e a Vila fiou praticamente despovoada. Para contrariar esta situação, o Bispo D. Egas Fafes, como cabido, repovoou o local, concedendo-lhe o foral a 12 de Setembro de 1260. Crê-se que a restauração do castelo que em1335 estava já concluída, ficou a dever-se a D. Dinis.
Eclesiasticamente, a freguesia era vigararia da apresentação da mitra de Coimbra.
A 12 de Setembro de 1514, Coja recebeu foral manuelino, com Juiz de Fora, facto que lhe veio atestar uma certa prosperidade. O concelho de Coja ainda se manteve alguns anos, e em 1836 estendeu os seus limites, pois a área que pertencia ao município de Vila-Cova-Sub-Avô, com a sua extinção, passou a pertencer-lhe. Também a Freguesia de Espariz, que estava integrada no concelho de Tábua, passou para o de Coja, ao qual já havia pertencido, por Carta de Lei de 27 de Setembro de 1837. No entanto, por Decreto de 31 de Dezembro de 1853, o concelho de Coja perdeu a sua autonomia e foi anexado ao de Arganil. Ao que tudo indica, o topónimo Coja terá origem romana, significando “cidade do Pretor”, magistrado romano, certamente seu proprietário ou senhor. Tendo por princípio que Coja era realmente a terra do Pretor, seria então de enorme importância, como que a capital da região. Talvez por isso, o cargo de pretor manteve-se durante o domínio árabe, tomando o nome de Copje, o qual originou Coja.
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
1 comentário:
Coja tem uma história cativante
Cumprimentos de Antuérpia
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