Powered By Blogger

sábado, 22 de outubro de 2011

Fuga de Peniche


Várias foram as fugas da prisão de Peniche, relatadas pela guia que nos acompanhou na visita ao forte.
A mais famosa foi talvez a de Álvaro Cunhal e dos seus parceiros de fuga que encontrei descrita e ilustrada em http://www.citi.pt



A famosa fuga de Peniche foi uma das mais espectaculares da história do fascismo português, por se tratar de uma das prisões de mais alta segurança do Estado Novo.
No dia 3 de Janeiro de 1960 evadem-se do forte de Peniche: Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues.
No fim da tarde pára na vila de Peniche, em frente ao forte, um carro com o porta-bagagens aberto. Era o sinal de que do exterior estava tudo a postos. Quem deu o sinal foi o actor, já falecido, Rogério Paulo.
Dado e recebido o sinal, no interior do forte dá-se início à acção planeada. O carcereiro foi neutralizado com uma anestesia e com a ajuda de uma sentinela - José Alves - integrado na organização da fuga, os fugitivos passaram, sem serem notados, a parte mais exposta do percurso. Estando no piso superior, descem para o piso de baixo por uma árvore. Daí correm para a muralha exterior para descerem, um a um, através de uma corda feita de lençóis para o fosso exterior do forte. Tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila, onde estavam à espera os automóveis que os haviam de transportar para as casas clandestinas onde deveriam passar a noite.
Álvaro Cunhal passou a noite na casa de Pires Jorge, em São João de Estoril, onde ficaria a viver durante algum tempo.
Esta fuga só foi possível graças a um planeamento muito rigoroso e uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.
Do interior a comissão de fuga era composta por Álvaro Cunhal, Jaime Serra e Joaquim Gomes. Do exterior, organizaram a fuga Pires Jorge e Dias Lourenço, com a ajuda de Otávio Pato, Rui Perdigão e Rogério Paulo.






Artigo e Fotos da Net


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

4 comentários:

Maria Rodrigues disse...

Tinha conhecimento da fuga não conhecia promenores. Vidas de luta e sacrificio, por um ideal "a liberdade".
Bom domingo
Beijinhos
Maria

Unknown disse...

Oi Amiga.
Esse ano passou depressa, por isso ja começa os enfeito para o natal.
Agradeço pela sua visita constante em meu cantinho, amiga de coração.
Abraços,
Marli

Mariazita disse...

Olá, Lourdes
Estive a ver os posts anteriores, que ainda não tinha visto.
Já fui várias vezes a Peniche mas nunca visitei o forte, nem sei porquê...
Tenho um amigo que esteve lá "hospedado" :) Quando o aconheci já estava cá fora, mas sem direitos civis quase nenhuns. Por exemplo, não podia tirar carta de condução. Quando teve o primeiro filho, uma menina, eu é que fui à maternidade para trazer mãe e filha para casa.
Foram tempos terríveis que se viveram, e que peço a Deus que nunca mais voltem!

Resto de bom domingo e semana feliz. Beijinhos

* J Pinto disse...

Contestado por uns, admirado por outros, há por norma uma grande unanimidade:
Álvaro Cunhal foi um homem de princípios, um lutador pelas causas em que acreditava e que entendia serem as melhores para os trabalhadores do seu país. Por elas sofreu o cárcere. Peniche é o paradigma dessa vivência. Hoje, há poucos como ele.