Corria a década de cinquenta. Sentada junto à janela de casa, contemplava a serra que a acolhera e que nos últimos meses aprendera a amar. Aproximava-se o dia da partida e, vendo o sol a descer no horizonte, recordava como tinha vindo parar àquela aldeia.
Quando saíram os resultados dos concursos de professores, exultou de alegria por poder iniciar a sua vida profissional. Muitas das suas colegas tinham ficado sem colocação e ela tinha um local para trabalhar. A escola era longe e a localidade nem vinha no mapa. Na Direcção Escolar, informaram-na que a escola ficava lá para a serra. Mas, que interessava isso? Ela já tinha ido à serra da Estrela e gostara muito. Além disso, ia ter uma escola, os seus primeiros alunos e ganharia o seu dinheiro. Decerto iria fazer novas amizades e, quando não pudesse vir a casa, ao fim de semana, aproveitaria para conhecer melhor a região. Alugaria um táxi e faria passeios com as raparigas da terra, que iriam ser suas amigas com certeza. Nunca tivera dificuldades em fazer amizades e não seria agora que isso iria acontecer.
Deitou-se imaginando uma simpática aldeia com muita juventude, onde iria passar bons momentos. O entusiasmos era tanto que, nessa noite quase não pregou olho. Pela sua cabeça passaram as imagens da excursão que fizera alguns anos atrás. Na subida para a serra, a estrada era estreita, íngreme e cheia de curvas. Ela e as colegas caíam cada uma para seu lado , conforme as curvas. Exageravam a queda o que provocava sonoras gargalhadas De vez em quando, apercebiam-se da paisagem que cercava a estrada; arregalavam os olhos soltando gritos de aflição ao verem os precipícios à beira da estrada. Logo aparecia outra curva e tombavam de novo, recomeçando a risada.
Quando chegaram à Torre, ela ficou extasiada. Talvez por sempre ter vivido num meio urbano, adorava a natureza e a nudez dos cumes rochosos contrastando com a verdura dos campos situados no sopé das montanhas, deixou-a boquiaberta. Lá no fundo, tudo parecia minúsculo e ela, ali no alto, respirando a brisa daquele dia quente de Verão, sentiu-se tão leve!
E foi assim, recordando as peripécias vividas nesse passeio, que acabou por adormecer já a noite ia alta. E sonhou. Sonhou com uma pequena mas bela aldeia onde nada faltava...
(Continua)
Deitou-se imaginando uma simpática aldeia com muita juventude, onde iria passar bons momentos. O entusiasmos era tanto que, nessa noite quase não pregou olho. Pela sua cabeça passaram as imagens da excursão que fizera alguns anos atrás. Na subida para a serra, a estrada era estreita, íngreme e cheia de curvas. Ela e as colegas caíam cada uma para seu lado , conforme as curvas. Exageravam a queda o que provocava sonoras gargalhadas De vez em quando, apercebiam-se da paisagem que cercava a estrada; arregalavam os olhos soltando gritos de aflição ao verem os precipícios à beira da estrada. Logo aparecia outra curva e tombavam de novo, recomeçando a risada.
Quando chegaram à Torre, ela ficou extasiada. Talvez por sempre ter vivido num meio urbano, adorava a natureza e a nudez dos cumes rochosos contrastando com a verdura dos campos situados no sopé das montanhas, deixou-a boquiaberta. Lá no fundo, tudo parecia minúsculo e ela, ali no alto, respirando a brisa daquele dia quente de Verão, sentiu-se tão leve!
E foi assim, recordando as peripécias vividas nesse passeio, que acabou por adormecer já a noite ia alta. E sonhou. Sonhou com uma pequena mas bela aldeia onde nada faltava...
(Continua)
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
9 comentários:
Não demore a continuar a história, pois estou curiosa, amiga !
Gosto por demais desses textos que relembram tempos antigos.
Na minha última postagem coloquei o significado de alguns nomes e o seu lá está !
Beijo
Fiquei curiosa, Lourdes. Ansiosa pela continuação!
Ótimo Carnaval pra você.
Beijos
Querida amiga recordar é viver. Adoro ouvir, historias do passado, quando era criança o meu avô passava horas a contar-me historias do seu tempo de juventude, era uma delicia estar a ouvi-lo.
Tenha um maravilhoso fim de semana, pleno de alegria, paz e harmonia.
Beijinhos
Maria
Não há nada mais belo que a natureza, especialmente se você sempre viveu na cidade
É hoje uma das minhas paixões
por me a recordar como se estivesse a reviver esse passado que ainda não está assim a uma longa distancia.
tambem fico á espera do desfecho dessa história
bjsssss
Pois continue depressa , Lourdes ,que estamos todos cheios de curiosidade . Qual terá sido o "embate " ?
Beijo
Quina
O seu estilo de narração é tão suave e clara na utilização das palavras.Muito admirável
cumprimentos
me reportei a paisagem e a época...
Olá flor.
Nossa que legal, continue pois gosto muito dessas historios.
Abraços,
Marli
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