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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eu e Serra do Açor II

A liberdade me ensinou e muito bem que nela se concentra todo o prazer possível.
(Margarida, rainha de Navarra)



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Na serra sentia-me livre, podia fazer aquelas pequeninas coisas de que eu gostava e que na cidade não podia fazer. Uma das que mais me agradava era andar descalça.
Chegava a Pomares, guardava s sapatos e percorria os aproximadamente 7 Km ,que separam a sede de freguesia do Sobral Magro, descalça, pisando o borralho fofo e quente nas tardes quentes de Verão ou as poças de água quando chovia. Toda a família me repreendia mas, apesar das topadas e das urtigas, era assim que me sentia bem. Tanto fazia dizerem-me que me mordiam os alicrairos (lacraus), como não. Eu queria lá saber do bicho para alguma coisa... Era como me dizia há dias a amiga blogueira Dulce Costa : "Pés descalços sempre me deram uma sensação de mais liberdade".
E como era bom brincar no leito da ribeira, saltando de seixo em seixo , escorregar aqui e além e ficar toda encharcada, para depois secar na extremidade de um cômbaro, repenicando os bagos com pintor das uvas moscatéis.
E que saudades eu tenho de caminhar chapinhando numa levada, saboreando as amoras e morangos silvestres que pendiam das paredes dos bocados...
Só quem viveu estes pequenos prazeres lhes pode dar valor.
Foi assim pela vida fora e, ainda hoje, é assim que me sinto bem.


- Há alguns anos atrás no Porto Silvado -

2 comentários:

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Lourdes,
Que foto mais linda! E que carinha de gente feliz, de bem com a vida... Ah, e os pés descalços... Linda demais essa foto, viu?
beijos

Lourdes disse...

Pois é Dulce, é a tal sensação de liberdade...