12 Meses - 12 Aldeias da Freguesia

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Acabam hoje os doze meses de 2008. Doze são as aldeias (para além do lugar do Espinho) que formam a freguesia de Pomares.

Ei-las:

A Serra do Açor

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É já amanhã o último dia de 2008.

Durante este ano, escrevi sobre alguns temas, mas prevaleceu sempre o tema Açor.

Em época de balanço, ficam algumas fotos das belas aldeias e paisagens que percorri ao longo do ano, desta magnífica serra.

(Algumas das fotos pertencem a blogues e sites amigos)

2009 Está à Porta

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Mais um Natal se passou, já falta pouco para o fim de ano e em breve temos aí 2009.
Durante esta época muitos exageros se cometeram; estamos na altura de fazer um balanço do ano que passou e de programar o que se aproxima. Perspectivam-se grandes dificuldades e, há que começar a delinear estratégias, para ultrapassar a crise da melhor forma possível.

No entanto, na Passagem do Ano poucas pessoas se privam de uma boa festa e, pelas notícias que nos chegam através dos media, dá a sensação que Portugal está a passar ao lado da crise.

Era bom que assim fosse mas, passada a festa, há que trabalhar e apertar o cinto.

Apesar de tudo, desejo aos meus amigos, aos visitantes deste blogue e a todos os cibernautas da serra do Açor um ano de 2009 repleto de felicidade, saúde e paz.

História Antiga

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HISTÓRIA ANTIGA

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.

Feio bicho, de resto:

Uma cara de burro sem cabresto

E duas grandes tranças.

A gente olhava, reparava, e via

Que naquela figura não havia

Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.

Porque um dia,

O malvado,

Só por ter o poder de quem é rei

Por não ter coração,

Sem mais nem menos,

Mandou matar quantos eram pequenos

Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,

Por acaso ou milagre, aconteceu

Que, num burrinho pela areia fora,

Fugiu

Daquelas mãos de sangue um pequenito

Que o vivo sol da vida acarinhou;

E bastou

Esse palmo de sonho

Para encher este mundo de alegria;

Para crescer, ser Deus;

E meter no inferno o tal das tranças,

Só porque ele não gostava de crianças.

Miguel Torga

(Imagem da Net)

O Natal da Leonor

Este, foi o primeiro Natal que a Leonor passou com os pais separados, no entanto não foi por isso que não o viveu intensamente.

Já na fase final da gripe que muito a atacou, foi passar a Consoada com o pai e hoje está de novo connosco.

Ei-la no momento em que abriu os presentes.

Noite de Natal

Quem não dispõe de reservas em si próprio, é assaltado pelo aborrecimento que o espreita e em breve o dominará .
(Alain)

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Estamos em véspera de Natal e a minha vida tem estado complicada.

A gripe entrou em minha casa e parece que quer por aqui ficar. Não tenho tido tempos livres e por isso não me tenho dedicado ao blog.

Muitas têm sido as mensagens que tenho recebido, via e mail ou SMS, mas não tenho tido possibilidade de responder.

Aproveitando um tempinho de espera pela meia noite, venho agradecer a todos quantos o fizeram e retribuir os votos de Boas Festas que me desejaram.

Logo que as coisas acalmem, regressarei.

A Família Está Mais Pobre

Todas as decepções são secundárias. O único mal irreparável é o desaparecimento físico de alguém a quem amamos.
(Romain Rolland)

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Hoje a tristeza invadiu a minha família.

Após algum tempo de sofrimento, a tia Maria faleceu.

Ultrapassara já os 90 anos, alguns dos quais vividos arduamente.

Atravessou uma fase em que a vida era bem difícil. Foi a ajuda e a sua casa o abrigo para muitos naturais de Porto Silvado, que vinham para Lisboa em busca de melhor vida.
Foi casada com António Martinho (já falecido também), fundador da Comissão de Melhoramentos de Porto Silvado e seu presidente durante muitos anos. A seu lado, prestou activamente a sua colaboração à colectividade.

Há alguns anos atrás, fixara a sua residência de férias em Pomares, mas nunca deixou de visitar a sua aldeia natal. Esteve sempre presente em dias de festa, enquanto se pôde deslocar pelos seus meios.

Paz à sua alma e que Deus a tenha junto de Si.

Natal na "Terra"

A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

( Autor Desconhecido )

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Com o Natal a aproximar-se a passos largos, as famílias começam a juntar-se para prepararem a grande festa.

As nossas aldeias costumam ficar desertas, pois a sua envelhecida população desloca-se para junto dos seus familiares, que trabalham algures na região da grande Lisboa.

No entanto, tanto no Sobral Magro como no Porto Silvado, este ano muitas famílias vão proceder de forma inversa e as povoações não irão apresentar o aspecto desolador dos anos transactos. Espero que seja um bom sinal e que se retome o hábito de outrora, de ir passar o Natal à terra.

- Porto Silvado junto ao largo -

- O Sobral Magro, visto da parte superior da povoação -

Natal e Não Dezembro

Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de natal é a presença de uma família feliz.
( Autor Desconhecido)

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Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,

numa gruta, no bojo de um navio,

num presépio, num prédio, num presídio

no prédio que amanhã for demolido...

Entremos, inseguros, mas entremos.

Entremos e depressa, em qualquer sítio,

porque esta noite chama-se Dezembro,

porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,

duzentos mil, doze milhões de nada.

Procuremos o rastro de uma casa,

a cave, a gruta, o sulco de uma nave...

Entremos, despojados, mas entremos.

De mãos dadas talvez o fogo nasça,

talvez seja Natal e não Dezembro,

talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira

(Imagem da Net)

Então é Natal

Se Deus me concedesse um desejo, desejaria que nascesse um Jesus Cristo todos os dias.

(Fernanda Molina)

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Contagem Regressiva Para o Natal

Natal é mais verdadeiramente Natal, quando nós celebramos dando a luz do amor àqueles que necessitam mais.

(Ruth Carter Stapleton)

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Estamos em contagem regressiva para aquela que considero a festa maior dos cristãos católicos: o Natal.
A todos os visitantes deste blog, aos meus familiares e amigos, faço votos que passem esta quadra com saúde e paz na companhia de todos os que lhe são queridos.

Figuras da Serra: O Homem das Mantas

Na adversidade conhecemos os recursos de que dispomos.
(Horácio)

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No meu tempo de criança, lembro-me de ouvir a minha avó do Sobral Magro dizer que estava na aldeia o homem das mantas, do Goulinho.

Vinha periodicamente recolher os novelos de fitas, para depois fazer as célebres mantas e tapetes de fitas.

- Tapete de fitas -

Era muito novinha e não me lembro da pessoa que o fazia.

Por essa razão, recorri ao Sr. António Assunção (do Goulinho), que regularmente visita este blog, que me informou que, eram mais propriamente do Casal Cimeiro os dois irmãos que confeccionavam estas mantas : o José e o Albertino Martins.

Segundo o mesmo, só o primeiro, que vive actualmente no Chão Sobral, ainda se dedica a executar este tipo de trabalhos.

Apesar de não serem muito bonitas, as mantas de fitas foram outrora muito importantes. O dinheiro escasseava e, aproveitando trapos velhos, os habitantes da serra do Açor conseguiam, duma forma económica, aquecimento para as noites frias de Inverno.

As que se fabricam actualmente, já apresentam melhor aspecto, com cores mais apelativas , o que, em alguns casos, as torna num bom elemento decorativo.

- Mantas e tapetes do Sr. José Martins -

(Foto retirada do site do Chão Sobral)

Tradições da Serra: As Mantas de Fitas

Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana
(Marguerite Yourcenar)

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Há dias, escrevi sobre uma técnica usada pelas nossas avós, de aproveitamento de tecidos: aquilo a que actualmente chamamos patchwork.

Hoje escrevo sobre outra: as fitas.
Nas horas vagas, as mulheres da serra do Açor aproveitavam todos os trapinhos que sobravam de algum lençol ou peça de vestuário, que já não desse para remendar. Rasgavam-nos em fitas que depois dobavam, usndo uma roca e um fuso e faziam novelos. Mais tarde, entregavam-nos ao homem das mantas que os trocavam por mantas de fitas.
Hoje já ninguém usa este tipo de mantas, mas há quem as utilize como decoração, quer em tapetes quer em carpetes de cariz artesanal.

- Uma manta de fitas -

Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva

A vida revela-se ao mundo como uma alegria. Há alegria no jogo eternamente variado dos seus matizes, na música das suas vozes, na dança dos seus movimentos. A morte não pode ser verdade enquanto não desaparecer a alegria do coração do ser humano.

(Tagore, escritor indiano)

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O Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva vai estar presente, hoje, em dois acontecimentos culturais na região de Almada:
Às 15 h, actuará no Lar de Idosos de Vale de Figueira - Sobreda e às 17 h estará presente na zona pedonal de Almada (Praça S. João Baptista) na Animação de Rua, promovida no âmbito do evento Do Natal aos Reis, pela Câmara Municipal daquela cidade.
Este grupo , que tanto tem divulgado a nossa região, seus usos e costumes, conta com o apoio e presença de todos os seus conterrâneos e amigos.

Santa Luzia

O olho é a lâmpada do corpo. Se teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão.

( Jesus Cristo )

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Hoje comemora-se o dia de Santa Luzia protectora dos olhos e da visão e padroeira de Pomares.

- Altar-Mor da Igreja de Pomares com Santa Luzia ao centro -

(Foto do Rouxinol de Pomares)

Santa Luzia era filha duma rica família cristã de Siracusa ( Itália).

Em determinada altura da sua vida fez um voto de castidade, mas após a morte do pai, a mãe queria que ela se casasse com um rapaz pagão, que pertencia também a uma família conceituada. Entretanto, a mãe adoeceu gravemente e Luzia, levou-a ao túmulo de Santa Águeda, de quem era devota, esperando um milagre.

Por ter melhorado, a mãe concordou com o desejo da filha e deu aos pobres o dote que lhe destinara.

O noivo vingou-se entregando a jovem ao prefeito romano que perseguia os cristãos. Este ameaçou Luzia de colocá-la no prostíbulo e sua resposta foi: "O corpo se contamina se a alma consente".

Vários soldados tentaram levá-la, mas o corpo de Luzia pesava muito e não conseguiam. Diz-se que enquanto estava presa, lhe arrancaram os olhos, mas que no dia seguinte estavam novamente perfeitos.

É esta a razão apontada para que Santa Luzia seja venerada como protectora dos olhos.

O prefeito, furioso, condenou-a à morte, que veio a acontecer no dia 13 de Dezembro de 304, por decapitação.

Patchwork

Sugestões de presente para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito.

(Oren Arnold)

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Escrevi há dias atrás sobre uma actividade que tenho andado a descobrir: o patchwork.
Quem é que não se lembra duma colcha, dum naperon ou dum simples saco feito de trapinhos, que as avós usavam lá em casa?

Antigamente, aproveitavam-se os pedacinhos de tecidos que sobravam duma camisa, blusa, ou outra peça de vestuário, que depois se cosiam para fazer os mais variados trabalhos.

Pois é. Esta é uma técnica que está de novo em voga e à qual eu me rendi nos últimos tempos.

- Naperon feito com a técnica de patchwork -

Este foi um dos projectos que realizei e que pode bem ser uma ideia para um presente de Natal.

Site da Sorgaçosa

Encontrar defeito é fácil, mas fazer melhor pode ser difícil.

(Plutarco)

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Após algum tempo de inactividade, encontra-se de novo on line o site da Sorgaçosa em
http://sorgacosa.no.sapo.pt/

- Fonte na Sorgaçosa -

É um local de divulgação da serra do Açor, que me apraz ver de regresso, pois é uma mais valia na divulgação da nossa região.
Aos seu responsável uma saudação amiga .

- Capela da Sorgaçosa -

Natal à Porta III

Natal! Esta é a estação para acender o fogo da hospitalidade no corredor, o cordial fogo da caridade no coração.

(Washington Irving)

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Esta é a minha árvore de Natal, embora ainda faltem algumas peças.

- A Árvore de Natal -

Por baixo está o presépio que fiz o ano passado, aproveitando uma Sagrada Família que tinha pintado há alguns anos atrás.

Pintei mais uns Reis Magos e foi este o resultado.

-O Presépio -

Espero pintar mais umas imagens para no próximo ano. Nessa altura, vou poder ter um presépio maior, pois a Leonor já estará mais velhinha e, espero eu, menos traquina.

Natal à Porta II

Aprendam a amar a arte em vocês mesmos, e não vocês mesmos na arte.
(Konstantin Stanislavski)

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Continuando a escrever sobre a minha nova decoração natalícia, aqui ficam as bolas que fiz para enfeitar a minha árvore de Natal.

E estes são os anjinhos que complementam a decoração da árvore.

É que a Leonor já faz estragos.

Assim, resolvi alterar as decorações de Natal, de forma a que ela não parta nada e não se magoe.

Aproveitei uma técnica que tenho andado a descobrir, o patchwork ( tão usado pelas nossas avós ) e resolvi fazer alguns enfeites.

As bolas são feitas de esferovite, tecido fio e fitas; os anjinhos, de tecido, enchimento de almofadas, fitas, lã e tudo o que a imaginação nos ditar para os tornar mais atractivos.

São engraçados, inofensivos, de fácil execução e ... o ambiente agradece.

Natal à Porta I

Os homens altercam pela religião; escrevem sobre ela; lutam por ela; fazem tudo, menos viver por ela.

( Charles Caleb Colton )

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Hoje é a vez de vos mostrar o painel que também bordei e que colquei na parede da minha lareira.

Na minha opinião valorizou mais a minha sala, conferindo-lhe um aspecto mais condizente com a quadra que estamos a atravessar.

Ei-lo. Espero que gostem e se inspirem para um trabalho semelhante.

Natal à Porta

Eu honrarei o Natal em meu coração, e tentarei manter o ano todo.

(Charles Dickens)

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O Natal aproxima-se a passos largos e, com a ida à terra no passado fim de semana, atrasei-me com os preparativos para esta quadra festiva.
No entanto, vou mostrar-vos uma toalha que bordei e que saiu publicada na revista ArteIDEIAS Nº 151, referente ao mês de Novembro.

Foi um trabalho que gostei de fazer e que vai reinar na minha mesa de Natal.

Sobral Gordo ao Longo do Ano

Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir.

(Descartes)

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Do Sobral Magro, terra da minha mãe, avista-se lá no alto o Sobral Gordo, a terra do meu pai.
Ao longo do ano, esta última aldeia apresenta-se envolta em aspectos paisagísticos diferentes, conforme o clima que faz.

- Num dia de Primavera -

- Durante o Verão -

- Envolto por uma neblina outonal -

- No Inverno, com a neve como fundo -

Balada da Neve

A natureza é a arte de Deus.
( Dante Alighieri )

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Bem a propósito dos últimos dias, recordo aqui a conhecida poesia de Augusto Gil, que nos meus tempos de criança, recitei numa festa da minha escola.

BALADA DA NEVE

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...

É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
- depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração.

- Neve na Serra do Açor -

Preparação do Ano Agrícola II

Grandes realizações são possíveis quando se dá atenção aos pequenos começos.
( Lao Tse )

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As videiras já começam a ser preparadas, para no próximo ano produzirem um bom vinho.
No meu quintal, o meu pai já atou as videiras.
É o que se vê nas fotos seguintes.

Esperamos que o ano seja produtivo.

Preparação do Ano Agrícola I

Não são as más ervas que sufocam o grão é a negligência do cultivador.
( Confúncio )

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Começaram já os trabalhos de preparação para o próximo ano agrícola.

No passado fim de semana , no Sobral Magro, aproveitava-se a humidade dos solos provocados pela chuva e neve, que intensamente caíram sobre a região e procedia-se à queima das silvas.

- Queima de silvas no Soito -

(terrenos situados na parte posterior da capela)

Convívio no Sobral Magro

Há duas fontes perenes de alegria pura: o bem realizado e o dever cumprido.
(Eduardo Girão)

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Sobral Magro viveu mais uma jornada de convívio no passado fim de semana.

A alegria e a boa disposição foram a nota dominante, num dia em que a chuva, a neve e o frio marcaram também a sua presença.

Os Bota Vinho ajudaram à festa, tocando algumas músicas que animaram o baile.

Desse convívio são as próximas fotografias.

- O Almoço -




- O Lanche -

- Os Bota Vinho -

De Regresso

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!
(Augusto Gil)

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De regresso do fim de semana, deixo uma fotografia tirada em Sobral Magro, no dia do Convívio quando a neve começou a cair sobre a povoação.