Afinal a chuva chegou e veio com alguma intensidade.Apesar de ainda não ter chegado à serra não resisti ao poema dum dos meus autores de eleição que por coincidência viveu algum tempo no concelho de Arganil.
Chove uma grossa chuva inesperada,
Que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
Duma vida que é chuva e não parece.
Chove, grossa e constante,
Uma paz que há-de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela, a escorrer...
Miguel Torga, Diário II, 1943
Chove, grossa e constante,
Uma paz que há-de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela, a escorrer...
Miguel Torga, Diário II, 1943