Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga, in Diário XII
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
Olá, Lourdes!
ResponderEliminarEste poema parece ser ditado pela nostalgia do regresso. Que bons ventos a tenham trazido a este cantinho, depois desse bonito périplo.
Abraço,
João Celorico