Se às Vezes Digo que as Flores Sorriem
Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos"
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.
Bom dia
ResponderEliminarQuanto vale um sorriso de uma rosa que nos deixa um perfume de paz e um brilho diferente no olhar...?
Obrigado pelo seu carinho em lidacoelho. Bem haja.
Todos os dias devemos ver esse rio que canta para nós a canção do amor.
Nunca se chega antes nem depois, porque a linguagem do tempo é apenas uma - AMIZADE
Bom dia, Lourdes
ResponderEliminarFernando Pessoa (em qualquer de seus heterónimos) conhecia bem o ser humano.
Fizeste uma escolha óptima!
Continuação de boa semana. Beijinhos
Pois sorriem!... e provocam em nossa alma ternos e doces sorrisos...
ResponderEliminarBeijos, Lourdes e uma boa tarde para você