quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dia da Espiga



Com as comemorações do 13 de Maio, este ano quase me esquecia do Dia da Espiga.
As datas coincidiram e só há pouco me lembrei que hoje foi Quinta Feira da Ascensão.
Antigamente, este era um dia de muita animação pois muitas pessoas iam para  o campo apanhar flores (malmequeres e papoilas), espigas e raminhos de oliveira.
Cada um destes elementos  tinha um significado:
As espigas para que nunca faltasse o pão, isto é, para que houvesse sempre comida. O raminho  de oliveira para  pedir a paz  e para que nunca faltasse a luz (divina). Folhas de videira  para haver sempre vinho e alegria. As flores  diferiam na sua simbologia. O malmequer significava ouro e prata; a papoila, amor e vida;  o alecrim, saúde e força...
O ramo era guardado ao longo de todo o ano, até ao Dia da Espiga seguinte, muitas vezes pendurado atrás da porta.
Hoje em dia, este costume caiu em desuso e só em algumas zonas rurais se pratica esta tradição. Nas grandes cidades,  há vendedores ambulantes que  vendem uns raminhos que colhem antecipadamente, aproveitando a data para ganhar algum dinheiro. É esta a forma de alguns poderem manter uma tradição ancestral.


- O ramo da Espiga apanhado hoje -
 
Fotos: Ana Teresa.
 
 

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

3 comentários:

  1. Bom dia, Lourdes
    Tão lindas tradições! Pena irem se acabando com o tempo, com a mudança dos costumes das gentes, não?
    Linda sua postagem de hoje.
    Beijos e bom final de semana

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  2. Olá, Lourdes!
    Também eu, ontem, me admirei de ver alguns ramos à porta duma mercearia e deduzi que era a "Quinta-feira da Espiga"!
    Dantes, eu não me esquecia e se o esquecesse lá estava a minha mâe para mo lembrar! A isso e também a guardar um pão para comer no ano seguinte. E foi, também, por ter visto o ramo, que me lembrei de comer o pão que tinha guardado o ano passado. Crendice? Não sei! O que é certo é que o pão não tem bolor nem sabe mal, coisa que acontece quando, noutra altura, se deixa apenas alguns dias!
    Tradições estas, e outras, que dão que pensar!
    Abraço,
    João Celorico

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  3. Oi, Lourdes:
    Gosto muito dessas tradições, apesar de conviver com poucas, visto que sempre morei em cidade grande e hoje, apesar de morar numa cidade pequena, aqui também já não cultivam essas formas antigas.

    Mesmo não sendo tão verdadeira, a idéia de se vender o ramo nas cidades faz com que se mantenha viva uma tradição ancestral.

    Beijo

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