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segunda-feira, 31 de março de 2014

Marrocos: Portas e Janelas

Uma das coisas que me atrai não só no meu país mas também nas viagens que faço por esse mundo fora, são as portas, varandas e janelas. Muitas são comuns mas há também aquelas que se destacam e chamam a nossa atenção por motivos vários, como por exemplo:  fechaduras,  ferrolhos, aldrabes,...
Os exemplos seguintes trouxe da minha recente viagem a Marrocos.


 
 

 

 

 

 



 
 

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.




sexta-feira, 28 de março de 2014

Candeeiros de Marrocos

Os candeeiros também  chamaram a minha atenção na viagem a Marrocos. Uns de pé outros de parede, de formas diversas e alguns até invulgares.
Eis alguns deles:



 


 
(Foto: Net)


No entanto, foram os candeeiros de interior que mais diferenças notei onde o estilo árabe está bem evidente.
Eis alguns exemplos. A primeira fotografia ainda foi tirada pela minha máquina fotográfica, mas as outras foram retiradas da net, em virtude de, no interior, as fotografias do meu telenóvel não ficarem nem razoáveis.

Mesquita Hassan II
Palácio Bahia
Restaurante Dar Essalam






Rick's Café
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.



quinta-feira, 27 de março de 2014

Marrocos: Marraquexe

Há muito que gostava de visitar Marraquexe. Por tudo o que lera e me tinham contado, era deste passeio, o dia da visita mais desejada. O azar começara na véspera à saía de   Oualidia, quando deixei cair a máquina fotogáfica. 
A partir daí, foi o telemóvel que me permitiu obter algumas imagens desta zona do país e os fotógrafos locais, que andavam sempre atrás de nós, de máquina em riste. 


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Ao acordar, o azar continuou pois chovia e, nem através da janela do autocarro pude fotografar os locais mais bonitos desta cidade, uma das mais antigas da região.
Assim, começamos as visitas.
 Mesquita Koutoubia:

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Já entregues ao novo guia, dirigimo-nos para a Koutoubia, a maior mesquita da cidade, construída no século XII pela dinastia dos Almoravides.
Dali, saímos debaixo de chuva e dirigimo-nos ao jardim onde, numa espécie de coreto, ouvimos uma demorada explicação sobre este monumento.

Palácio Bahía:
 Marrakech, Palácio do Sultão, Bahia palácio, harém


Seguimos para  a visita ao palácio da Bahía, que apesar de não ser muito antigo, pois a sua construção data dos finais do século XIX, para residência do Vizir Ibn Moussa, é um local onde podemos apreciar uma das mais espetaculares mostras da arte marroquina. São magníficos os seus mosaicos, estuques e madeiras  de  cedro finamente esculpidas e é  formado por vários pátios, salões  e jardins interiores, uma mesquita, áreas de residência das várias mulheres e concubinas e salas de receção . Na época da sua construção era o monumento mais luxuoso do país, sendo a sua arquitectura uma mistura dos estilos árabe e andaluz.

Farmácia:


Saíndo do palácio, o guia levou-nos para uma” farmácia”, onde fomos literalmente sujeitos a uma venda de “banha da cobra”. A profusão de cheiros numa sala totalmente fechada e  o barulho fez-me sentir claustrofóbica. Só quando saí dali para fora me senti  melhor apesar da chuva que teimava em cair.




Túmulos dos Saadi:

Dali seguimos para os túmulos da dinastia Saadi.

Esta foi a dinastia que  governou o país na época das incursões dos portugueses e foi um deles que derrotou os portugueses na batalha de Alcácer Quibir.  Mais uma vez a informação foi bastante demorada  e desconfortável por estarmos ao ar livre e debaixo de chuva.

Nessa época Marraquexe era a capital do país.



Almoço no Dar Essalam:

A manhã estava a chegar ao fim e o estômago pedia algo mais reconfortante. Percorremos  as ruas da medina em direcção ao restaurante Dar Essalem, instalado num antigo riad com salões de arquitectura tradicional que foi escolhido por Alfred Hitchcock para ali gravar o flme “O homem que sabia demais”.  A refeição foi constituída por comida típica marroquina bastante agradável onde, para mim, o melhor foi o café no final da refeição, o único em condições que nos serviram até ao momento.

Após o almoço, dirigimo-nos a um outro local de visita obrigatória em  Marraquexe.


Jardins de Menara:

Menara 001



O jardim é um local onde existem  plantadas milhares de oliveiras dum e doutro lado duma  grande  alameda que tem no seu topo um pequeno edifício e uma cisterna onde são acumuladas as águas canalizadas da cordilheira do Atlas, que serve para regar todo o olival.

Mercado Djemaa el Fna:

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Só no final do dia, os guias nos levaram ao mercado Djemaa el Fna, já com pouco tempo para explorar o local, uma vez que tínhamos agendado o jantar para o restaurante Chez Ali.
O Djemaa el-Fna é uma área aberta onde se pode encontrar de tudo, desde tatuadoras de henna, encantadores de serpentes, comes e bebes roupas e tudo que se possa imaginar.

Mercado 001

Poucas compras fizémos porque já as tínhamos feito  da parte da manhã e o tempo era escasso. Foi uma pena, pois foi nessa altura que milhares de pessoas se começaram a juntar no local, dando mais movimento à praça e o aspeto característico dos mercados do Magrebe, onde os preços são regateados e onde, por uma fotografia tem que se pagar alguns dirhams. De regresso ao hotel, preparámo-nos para   o jantar no Chez Ali, e a festa da pólvora.


Chez Ali:

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Este é  um dos mais conceituados restaurantes do mundo que nos que nos fez sentir no país das mil e uma noites.
À entrada, fomos recebidos por cavaleiros vestidos à moda berbere que se prontificaram para as fotografias sem termos que pagar nada, caso raro em Marraquexe. Muitas fotografias para mais tarde recordar, e lá seguimos para a tenda que nos estava destinada.

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Ao jantar, a ementa foi  rica e variada, constando dos pratos tradicionais não faltando no final, o típico chá de menta.
O grandioso espetáculo foi composto por, acrobatas, músicos e cavaleiros que  fizeram uma demonstração dos usos e costumes berberes, a que não faltou até um tapete voador.

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No final, todos os artistas envolvidos no espetáculo fizeram um grandioso desfile, que nos deixou completamente estarrecidos.

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Obrigada pela sua visita. Volte sempre.





quarta-feira, 26 de março de 2014

Marrocos: Viagem Casablanca - Marraquexe

Terminada que foi a vista a Casablanca, iniciámos a viagem  pela costa marroquina  que, ao longo dos tempos, foi alvo de invasões de vários países. Primeiro foram os fenícios, no século XVI os portugueses, mais tarde os espanhóis e  no século XVIII foi povoada pelos árabes e judeus. Durante o século XX,  os franceses também ocuparam o país e foram eles que mais marcas deixaram, mesmo após a sua partida. A principal foi a língua que ainda hoje é utilizada, a par do árabe e do berbere.

Casablanca

Se Casablanca dá uma ideia errada de Marrocos, sendo uma cidade com características mais europeias, é a caminho do Sul que temos a perceção do verdadeiro Marrocos e das suas tradições.

Campos de Cultivo (7)

Pelo caminho, fizemos algumas paragens. A primeira tinha a ver com a passagem dos portugueses por terras marroquinas.

Al Jadida (Mazagão): 

Mazagão El Jadida Cidade Portuguesa (13)

Esta cidade situada a poucos quilómetros de Casablanca,  pertenceu ao reino de Portugal desde 1486 a 1769, mas,só em 1514   foi construída a fortaleza..
Quando abandonaram o local, alguns dos ocupantes portugueses foram para o Brasil e fundaram Nova Mazagão, que atualmente se chama também Mazagão.
Mazagão El Jadida Cisterna Portuguesa

Após a retirada dos portugueses, a cidade mudou de nome. Primeiro   Al-Mahdouma (a arruinada) e atualmente El Jadida (a Nova).
Nesta cidade que foi considerada Património Mundial pela Unesco em 2004, encontram-se alguns dos poucos vestígios conservados depois da partida dos portugueses: o castelo, as igrejas  de Nª Sª da Piedade, de Nª Sª da Luz e de Nossa Senhora da Assunção, antiga padroeira da vila e a Cisterna portuguesa de arquitetura manuelina, a única que visitámos.

Mazagão El Jadida Cisterna Portuguesa (8)

Algumas das ruas ainda conservam os nomes em português, o que me faria sentir em casa, não fossem as imensas lojas de marroquinaria que as ladeavam. 
Curiosamente, Al Jadida é geminada com Sintra, embora nada tenham a ver uma com a outra.
Mazagão El Jadida Cidade Portuguesa (4)
Prosseguimos a nossa viagem pela costa, onde nos apercebemos da principal atividade económica deste país predominatemente agrícola. 

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Os campos, que são cultivados mesmo até à beira - mar, fornecem os mais variados produtos necessários, não só à sua população, como ainda para a  exportação. Pelos campos agrícolas, surge também outra atividade fundamental dos marroquinos, a criação de gado. 

Rebanho Carrneiros

Numerosos rebanhos surgem frequentemente a pastar pelos campos, fornecendo a carne de vaca e de carneiro usada nos principais pratos tradicionais da gastronomia do país e os cavalos e burros que servem de meio de transporte e auxílio na vida do campo. Estas duas atividades fornecem também os produtos utilizados na indústria agro-alimentar.

Porto Douar Oulad Zid1

Não sendo um país produtor de petróleo , tem que o importar da Arábia Saudita. No entanto, junto à costa, há refinarias onde se transforma o petróleo importado nos seus derivados, que são depois escoados no porto de Jorf Lasfer, o maior da costa atlântica, apenas utilizado  com produtos relacionados com a indústria química.

Porto Douar Oulad Zid

Intercalando com os campos agrícolas, surgem também muitas salinas marinhas que, juntamente com as minas de sal mineral, fazem de Marrocos um  grande produtor de sal.

Costa Marroquina (6)







A paragem seguinte foi para almoço  em Oualidia, uma aprazível povoação piscatória, localizada na margem duma bela lagoa de 12 Km de comprimento,   considerada a capital do marisco.  

Oualidia

A povoação frequentada por marroquinos de classes mais abastadas e por muitos estrangeiros atraídos pela rara beleza deste local paradisíaco é também destino de férias da família real, tendo o palácio que os alberga, sido mandado construir  por Mohammed V.
Esta lagoa é também uma reserva natural frequentada por  flamingos e viveiros de ostras.

Lagoa Oualidia (2)
Após o almoço continuámos a nossa viagem, tendo sempre a acompanhar-nos o Atlântico e os campos agrícolas. De vez em quando, surgiam à beira da estrada,  pequenos vilarejos típicos, onde se viam os   berberes a trabalhar, a confraternizar ou simplesmente a descansar.

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Chegados a Safi, outra cidade onde existem vestígios da presença de portugueses , o guia evitou a paragem programada para esta localidade. Não entendemos  bem o porquê e, após uma breve contestação, acabámos por prosseguir a viagem, rumo ao nosso destino, vendo esta cidade apenas  de passagem.
Vista para o Atlas (2)
 

A partir de Safi, os campos de cultivo continuaram a ser a nossa companhia, mas a paisagem foi-se modificando. À medida que nos afastávamos da orla marítima, os terrenos iam tomando a cor avermelhada, as habitações ganhavam a cor ocre, mais parecida com o tom do solo e a  cordilheira do Atlas, cada vez mais próxima, tornava a paisagem ainda mais distinta das planícies da zona costeira.
E eis que chegámos ao nosso destino: Marraquexe, a cidade apelidada de "cidade ocre", "pérola do Sul" ou "porta do Sul", sobre a qual escreverei no próximo "post".

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             Obrigada pela sua visita. Volte sempre.