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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Apicultura 3

Eu me sirvo dos animais para instruir os homens.
(La Fontaine)


Continuando o tema da apicultura, vou escrever sobre um outro processo de extracção do mel.
Nas colmeias, usam-se quadros móveis colocados verticalmente em cada alça. Alguns apicultores utilizam mesmo quadros já com lâminas de cera alvéolados, semelhantes aos favos fabricados pelas abelhas, o que lhes facilita muito mais o trabalho. Os apicultores têm grandes vantagens ao utilizar este método, pois podem mais facilmente controlar o que se passa na sua colmeia, solucionar os problemas que nela forem surgindo, podendo conseguir uma mais abundante produção melífera, para além dos trabalhos inerentes à cresta serem mais facilitados.
No acto da cresta, o apicultor, com o auxílio do fumo, tira da colmeia os quadros que se encontram em condições e coloca-os num recipiente que leva para o local onde vai proceder à extracção do mel.

Procede depois ao desoperculamento isto é, retira a fina capa de cera que tapa os alvéolos e que evita que o mel caia.


De seguida, colocam-se os quadros encostados às paredes laterais dum centrifugador.


Por acção do movimento de rotação e da força centrífuga, o mel cai dos alvéolos, sem os danificar. Desta forma, os quadros com o respectivo favo regressam à colmeia onde podem ser utilizados novamente.

O mel que escorre dos favos passa depois por uma peneira, onde é coado para ser limpo de resíduos de cera e, finalmente, é guardado em reservatórios ou colocado em boiões próprios para ser comercializado.



Durante a cresta. o apicultor não deve retirar todo o mel das colmeias. É aconselhável deixar uma quantidade suficiente para alimentar as abelhas durante o Inverno.


Mais uma vez, recebi a colaboração fotográfica da Ana Teresa Domingos, que muito agradeço.



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Apicultura 2

Viva de tal maneira que, se todas as pessoas fossem como você e todas as vidas fossem vividas como a sua, a Terra seria um paraíso.
(Phillips Brooks)


Dos cortiços e das colmeias o Homem têm obtido para além do mel, várias substâncias saudáveis, como a geleia real, o pólen ou o propólis, que são muito utilizados nas dietas naturais. No entanto, o mel é a principal, pois para além de ser um excelente adoçante, com várias utilidades a nível culinário, possui qualidades revigorantes e terapêuticas, sendo também utilizado desde a antiguidade como produto de beleza.
O mel que as abelhas fabricam a partir do pólen das flores, passa após a cresta por processos diferentes para ser extraído dos favos, consoante provêm dos cortiços ou das colmeias.
Hoje escreverei sobre o primeiro caso, em que as abelhas têm que construir os favos, fabricando primeiro a cera e só depois o mel. Assim o apicultor, após retirar os favos do cortiço, coloca-os numa espécie de depósito onde vai ser espremido por uma prensa.


Ali, é apertado fazendo-se a separação entre o mel e a cera. À medida que os favos são apertados, o mel escorre pelos furos existentes na parte lateral do depósito, sendo recolhido num recipiente onde vai ser guardado até ser enfrascado ou consumido.








Antigamente, o processo era feito duma forma mais manual. Os favos eram deixados a escorrer e mais tarde era espremidos à mão, até já não terem nenhum mel. Actualmente este trabalho é menos demorado , mas o resultado é um produto igualmente saudável e delicioso.

( Fotos da Ana Teresa Domingos )

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Apicultura

É preciso não esperar que as coisas caiam do céu, lutar por aquilo que se deseja, colocar as idéias e os projetos num papel e ser organizado.
(Amyr Klink )

Na serra do Açor a apicultura é uma actividade cuja origem se perde no tempo.
Nesta altura do ano os apicultores procedem à cresta, isto é, extraem o mel dos favos que as abelhas fabricam nos cortiços e colmeias.
De entre os vários apicultores existentes no Sobral Magro, o Fernando Domingos, pai da Ana Teresa, procedeu à cresta durante o último fim de semana.
Nas próximas fotos (tiradas pela Ana Teresa), vamos poder observar alguns passos desta actividade.
Hoje vamos ver o mel retirado dos cortiços.



Objectos que auxiliam o apicultor: Num há uma combustão para fazer originar fumo e o outro (fole) para fazer vento e manter a combustão ao mesmo tempo que orienta o fumo para o cortiço, fazendo com que as abelhas se mantenham no interior da colmeia e não saiam em defesa do produto do seu trabalho.


O apicultor em acção, envolto em fumo, tirando do cortiço os favos repletos de mel.
O favos são transportados para um local isolado, onde as abelhas não tenham acesso, para depois se proceder à tarefa de extracçaõ do mel de dentro dos favos.
Este é um trabalho que os apicultores realizam com muito cuidado, usando para o efeito fatos especiais, pois as abelhas são umas óptimas defensoras daquilo que lhes pertence .
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

domingo, 26 de julho de 2009

Dia dos Avós



O Dia dos Avós constitui uma homenagem aos avós de todo o mundo e comemora-se a 26 de Julho de cada ano. A escolha deste dia tem a haver com o facto deste ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

Na internet, descobri uma texto escrito por uma criança, que achei uma delícia que vou aqui transcrever:

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos e por isso gosta dos filhos dos outros. As avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores, nem as lagartas.
Nunca dizem "Despacha-te!" Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.
Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.
Quando nos contam uma história, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.
As avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós. Toda a gente devia fazer os possíveis por ter uma avó, sobretudo se ela não tiver televisão."


(Texto escrito por uma menina de 8 anos e publicado no "Jornal do Cartaxo")

Espero que todos os avós tenham passado um bom dia, se possível junto dos seus netos e fica uma fotografia desta avó babada com a sua neta.





Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sábado, 25 de julho de 2009

Fernão Ferro 4



A alegria e o trabalho são duas coisas sãs e que atraem reciprocamente.
(Ernest Renan)





No penúltimo dia das festas de Fernão Ferro, vou mostrar mais algumas imagens que captei durante a noite de hoje.

As primeiras são relativas à Exposição de Artesanato, onde numa zona do pavilhão funcionava uma mostra de trabalho ao vivo, com as alunas dos Cursos de Bordados e de Ponto de Arraiolos:



- Trabalho ao vivo das alunas -
(das monitoras Isabel Russo e Hermínia Vidigal)


- Alguns trabalhos do curso de Pintura em Tela -
( monitora Helena Moleiro) -


- Alguns trabalhos dos Cursos de Artes Decorativas
( monitora Mariana Chamiço) -
As duas fotografias finais são relativas à Animação de hoje:



- Grupo Coral Polifónico de Fernão Ferro -


- Grupo de Concertinas dos Redondos -

Amanhã será o encerramento dos festejos. Estará presente a dupla Miguel e André que irá interpretar alguns temas de sucesso do seu repertório para alegria do seu vasto grupo de fans.

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.






sexta-feira, 24 de julho de 2009

Festa do Goulinho


A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais.
(Honoré Balzac)

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O mês de Agosto aproxima-se rapidamente e os Programas das festas regionais das aldeias da serra do Açor, chegam todos os dias.
Hoje é a vez de divulgar a festa do Goulinho, terra natal do amigo e comentador deste blog, Sr. António Assunção (da vizinha freguesia de Aldeia das Dez), que se vai realizar nos próximos dias 1 e 2 de Agosto.
Eis o Programa da referida festa:

A todos os Goulinhenses, faço votos para que passem uma boa festa, com alegria e camaradagem.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fernão Ferro 3

Um dia nunca será mais do que o que você faz dele. Pratique ser um realizador!
( Josh Hinds )







Continuando a escrever sobre Fernão Ferro, a postagem de hoje vai ser dedicada à origem do seu nome.


O nome de Fernão Ferro deve-se a Fernão Peres, irmão de D. Paio Peres de Correia, mestre da Ordem de Santiago, fundador da Aldeia Paio Peres. Fernão Peres era um cruzado que caiu em desgraça durante a guerra entre D. Sancho II e seu irmão, Afonso III e se refugiou no local onde se situa actualmente Fernão Ferro. O nome Ferro pensa-se que lhe foi atribuído, em virtude de ele usar a Cruz de Cristo na sua armadura, e no punho da sua estátua, que na época se designava por "ferro".







Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fernão Ferro 2

A vida só pode ser entendida olhando-se para trás. Mas só pode ser vivida olhando-se para frente.
(S. Kierkegaard)




O dia hoje acordou enfarruscado. O vento fazia-se sentir forte e convidava a ficar no aconchego do lar, preguiçando. E, foi isso que aconteceu. Sentei-me ao computador e dei uma volta às fotos que nele tenho armazenadas. Como tenho andado a escrever e a mostrar a povoação onde resido, hoje mostrarei mais alguns pormenores fotográficos de Fernão Ferro.

- Quinta das Conchas -


- O Coreto -



- Instalações da Junta de Freguesia -

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Fernão Ferro 1


Deus fez o campo, e o homem fez a cidade.
( William Cowper)





Fernão Ferro é uma povoação situada numa região plana junto ao litoral e começou a ser povoada em 1902, por famílias vindas de diversas partes do país, que a desbravaram e passaram a cultivar as suas terras.


Após a construção da Ponte sobre o Tejo e a expansão industrial na margem sul , Fernão Ferro recebeu novamente mais famílias que ali fixaram residência. Muitas delas eram oriundas da serra do Açor, sendo actualmente vulgar cruzarmo-nos na rua com caras que nos são familiares, dando-nos a sensação de estarmos a viver numa das aldeias da nossa serra.
São desta localidade da margem Sul do Tejo, as fotografias que se seguem.
Duas ruas de Fernão Ferro:










Ruas ornamentadas com "Recordações do Passado"








Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Incêndios Florestais


Arde o fogo segundo a lenha do bosque.
(Ditado Popular)




Durante os últimos dias, a região onde resido, em Fernão Ferro, tem sido assolada por um incêndio, que tem posto em perigo algumas habitações. Já por várias vezes foi dado como extinto mas, de vez em quando reacende-se, provocando o alarme da população.
Este incêndio, trouxe-me à lembrança o último que assolou a freguesia de Pomares, em que algumas casas se incendiaram e que reduziu a extensa mancha florestal da região a um enorme manto de cinzas negras. Faz hoje quatro anos, algumas povoações estiveram em risco e algumas pessoas tiveram mesmo que ser evacuadas de suas casas. Entre outras foram os casos do Porto Silvado, Vale do Torno, Sobral Magro, Soito da Ruiva,...

São do rescaldo desse triste acontecimento as próximas fotografias , fazendo votos para que cenas dantescas como as que se viveram na altura, não se voltem a repetir.




Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sábado, 18 de julho de 2009

Fernão Ferro

A Arte nasce sempre de alguma paixão.
( Fernando Pessoa)





No primeiro dia da festa de Fernão Ferro, passei pelo recinto um pouco antes da sua abertura. davam-se os últimos retoques e ultimavam-se os preparativos para tudo estar em ordem à hora programada para a inauguração dos festejos.







- A entrada do Recinto das Festas -



Aproveitei o facto de ainda não haver público e tirei algumas fotografias do pavilhão onde funciona a Exposição de artesanato, nomeadamente a alguns trabalhos dos cursos de bordados e ponto de Arraiolos.



















Numa próxima postagem mostrarei fotografias dos cursos de pintura em tela e de artes decorativas, assim como da animação da festa.

Para terminar, recordem um bonito soneto de Florbela Espanca.


O Que Alguém Disse


"Refugia-te na Arte" diz-me Alguém "

Eleva-te num vôo espiritual,

Esquece o teu amor, ri do teu mal,

Olhando-te a ti própria com desdém.


Só é grande e perfeito o que nos vem

Do que em nós é Divino e imortal!

Cega de luz e tonta de ideal

Busca em ti a Verdade e em mais ninguém!"


No poente doirado como a chama

Estas palavras morrem...

E n'Aquele Que é triste, como eu, fico a pensar...


O poente tem alma: sente e ama!

E, porque o sol é cor dos olhos d'Ele,

Eu fico olhando o sol, a soluçar...


Florbela Espanca





Obrigada pela sua visita. Volte sempre.